Nunca fui boa em fazer escolhas. Certo ou errado, em cima ou embaixo, calor ou frio... Tudo sempre me pareceu absoluto demais. Prefiro o dia quente com o vento frio.
Não me peça para decidir se vou ou se fico, porque talvez eu vá, ou talvez eu fique. Nunca sei bem.
Nunca me peça para ceder a um lado ou a outro, porque provavelmente não o farei. Ou os dois ou nenhum. Não sei decidir para tanto.
Não me diga que não avisei que não sei qual caminho seguir. Todos são tortuosos, então prefiro apenas ir. Se eu não gostar, eu voltarei e sei que haverá outra estrada a me esperar.
Não me peça para ser racional, ou pensar apenas com o coração, pois desconfio que esses dois trabalhem em conjunto, quase um time. Nada passa por um sem experimentar os argumentos do outro.
Não me diga para ser zen, pois minha mente é feita de fragmentos de um eu que ainda não conseguiu se organizar. Minha paz se encontra em algum lugar nesse meio, fique à vontade para procurar.
Nunca venha me dizer o que fazer, porque, por mais que eu não tenha ideia de quem sou ou de quem são eles, sei como agir. Sei sentir e intervir também. Sou desastrosamente ativa nessa coisa que chamam de "vida". Não me venha pedir para ser preto ou branco, pois, em meio ao meu caos, sou por inteira tons vivos e coloridos de cinza.
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Deixe-me lhe contar...
Short StoryVocê já imaginou enxergar o mundo pelos olhos de outra pessoa? Saber quais são suas expectativas, seus sonhos, suas dores e seus dilemas? Imagine, por apenas um minuto, como é ver o dia, a noite, o azul ou o branco por outra perspectiva... Quando pe...