30- Soraia

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OIN

Curiosidade de hoje é para quem já entrou em um floresta de pinheiro, por exemplo, e ficou de cara por não ter nenhuma outra plantinha ali, além da sombra que dificulta o crescimento. Existe um mecanismo chamado alelopatia.

Alelopatia meus amigos, é a capacidade que uma planta tem de produzir substâncias que vão interferir no desenvolvimento de outras plantas. Os pinheiros, por exemplo, produzem esses metabólitos para inibir o crescimento de outros vegetais e evitar a competição por nutrientes.

A alelopatia também pode ser usada para controle de pragas e coisas do tipo. Eu sei, muito legal.

A dinâmica das florestas é linda amigos, aproveitem enquanto elas ainda existem.

É isso por hoje, boa leitura. Beijos.

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Na vida existem um milhão de coisas comuns que assustam as pessoas. Comuns no sentido de acontecerem o tempo todo, não de serem simples. Normalmente, são coisas que não conseguimos entender. E aquilo que não entendemos, assusta. Quando não entendemos, não controlamos. Quando não controlamos, temos medo.

O amor é uma delas.

Talvez alguém pense que não, o amor não assusta. Mas dê de cara com o amor, o questione, procure entendê-lo e tente manter as pernas firmes. Impossível.

Trata-se de algo tão bom, que assusta.

Uma mulher sabe por outras o quanto amará um filho se um dia o tiver. Dizem as línguas mais sábias que a intensidade desse amor não se explica, só existe. Às vezes a mãe nem se dá conta, ela nem chega a refletir sobre isso, apenas ama.

É isso o que a maioria das pessoas faz, elas apenas amam. Todos parecem entrar em um consenso de não se ater demais a rotular o amor, justamente por não saber como fazê-lo.

A verdade é que ninguém sabe ao certo como o definir. Só sabe que ele existe. Só sabe que ama. Existem várias tentativas de descrever o amor, mas nenhuma parece acertar o ponto exato. Ao mesmo tempo que quase todas parecem acertar em algum ponto.

N'as sem-razões do amor, Carlos Drumond de Andrade diz que "Amor foge a dicionários e a regulamentos vários". Com Fernando Pessoa lemos que "O amor quando se revela, não se sabe revelar. Sabe bem olhar p'ra ela, mas não lhe sabe falar."

A bíblia dá ao amor o posto de maior dom. Segundo suas palavras o amor é paciente, benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana e não se ensorbebece. Não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade.

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor jamais acaba.

Assustador.

Não é necessário concordar com toda essa definição, dificilmente se chegará a um consenso quando se trata de amor. Mas pelo menos em uma dessas características você achará verdade sobre ele. E é assustador.

As pessoas estão acostumadas com sentimentos intensos. Com coisas bem definidas. Quando se sente raiva, se sabe pelo acelerar dos batimentos, a temperatura do corpo. Quando se tem medo, a barriga esfria e roda. Quando se está alegre o sorriso brilha.

Quando se está apaixonado tudo isso acontece.

Mas e quando se ama?

O amor é muito constante, muito sóbrio. Ele não está em extremos. Se a paixão é um mar revolto no coração, o amor é um lago de águas calmas. O amor é sóbrio demais para ser um sentimento.

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