Vida Transformada

Prólogo

- Mamãe? Tá cholando?

- Não minha filha foi só um cisco que caiu no meu olho.

- Os cicos vivem caindo no seu olho mamãe.

- Vai passar amor. Que acha de fazer uma viagem com a mamãe? Conhecer sua vovó?

- Vivaaa viagem! - grita a garotinha e sai correndo em direção a cozinha.

- Qual o  motivo de tanta felicidade? - pergunta o pai entrando na cozinha onde a menina cantarola uma música enquanto toma água.

- Eu e a mamãe vamo viajar conhecer a vovó, pai o senho vai tabém?

- Hum, talvez amor agora vá no jardim um pouco que vou ver sobre a viagem com sua mãe.

Do jardim a garotinha ouve gritos e pancadas vindo de dentro do quarto e como sempre fazia quando ouvia aquele tipo de coisa que a mãe sempre explicava depois como sendo faxina, ela corria com medo para casa da vizinha a Dona Nicoleta Tudor era uma velha viúva que nunca teve filhos e amava a menininha de quatro anos como sendo sua, ao ponto de lhe permitir que lhe chamasse de Vó Nicota.

- Oi minha bonequinha!

- Oi vó. - diz a garota triste e senta no batente da escada que dá acesso a varanda da vizinha.

- Fiz bolo de chocolate minha bonequinha quer?

- Talvez. - responde mexendo numa folha caída no chão.

- Não foi você que eu ouvi cantarolando quase agora?

- Foi.

- O que houve com a alegria?

- Não goto quando meu pai e minha mãe faz faxina. - ela disse deixando uma lágrima escorrer.

- Eles estão fazendo faxina?

- Sim, logo agola que ia alumar a mala pala viajar. - ela diz secando a lágrima.

- Tudo vai passar bonequinha. - a velha diz sentando perto dela.

As duas ficam mais um tempo ali caladas, ainda se ouve os gritos vindos da casa, Laís odiava ouvir aqueles gritos e sabia que depois a mãe tinha se machucado na faxina.

- Laiiiissssssssss! - ouviram o grito vindo do jardim. - Onde você está menina?

- To aqui pai. - ela diz vindo correndo da casa da vizinha.

- Vem pega seu casaco nós vamos comprar algumas coisas para a viagem. - ele diz lhe entregando o casaco.

Laís calada colocou o casaco, segurou a mão de seu pai que era áspera mais que ela amava andar de mãos dadas com ele e foi seguindo o caminho calada, teve medo de perguntar pela mãe e se terminou a faxina.

Ele segue com a menina até o bar Bebum do senhor Pascoal. Ele sempre ia nesse bar e quase nunca lhe levava, a mãe já disse que não era lugar para uma princesinha, mas se o pai da princesa entrava ela também entraria.

- Vamos complar aqui? - ela pergunta lembrando que quando ele vai lá fica com um copo tomando um líquido branco e fedorento e depois sai de lá doente tombando.

- Não, vou só esfriar a cabeça um pouco. - diz entornando o líquido de uma vez no copo.

A garotinha pode até contar 1, 2, 3, ... 10 e ela só sabia contar até ali então todas as vezes que chegava no dez ela retornava e contava de novo do um somando um total de três vezes que ela contou de um a dez. Já estava com fome e com sono só tomando refrigerante que o senhor Pascoal dava a ela dizendo que era brinde, queria ver a mãe e ir no banheiro mas sabia que quando o pai tomava aquilo ficava bravo, então ela deitou a cabecinha em cima das mãos na mesa e adormeceu.

(Isso que acabamos de ver foi os pensamentos de Laís deitada no gramado da escola, ela queria entender o que se passou com a mãe que viajou sem ela. Será que ela demorou a voltar nas compras que nunca havia feito? Será que a mãe não gosta dela suficiente para ter ido só visitar a vó? Não se sabe dizer ao certo, só o futuro poderia responder a essas respostas.)

Oi meus amores!

Começando hoje, por favor leiam!!!!! kkkk

Só explicar uma coisa, esse livro é baseado na vida de Abigaíl mas não tratará da história nua e crua dela, será só uma doce lembrança da mulher sábia que ela foi.

Querem conhecer a verdadeira Abigail? Leiam o livro na Bíblia de  1 Samuel 25.

Beijocas e por favor deixem voto e comentários. kkkk