Laís saiu do banheiro com os olhos marejados e abraçou a mãe que lhe afagava carinhosamente as costas.
- Sinto muito toda essa confusão. - A mãe lhe disse.
- Ninguém tem culpa mamãe. Mas eu creio que Deus sabe o que está fazendo.
- Tenho certeza que sabe querida. Mas me diga o que vai fazer hoje com as meninas?
- Não combinamos ainda, porque?
- Pensei de irmos as compras, passar na cooperativa e a noite uma festa do pijama que acha?
- Aí amei a idéia. Vou correndo dizer as meninas.
- Daqui uma hora sairemos.
Laís não disse nada apenas fechou a porta atrás de si. Antes de chegar na porta do seu quarto viu Henrique saindo do dele e baixou a cabeça.
- Oi. - Disse ele parando na porta.
- Oi. - Ela respondeu olhando pra os pés.
- Saiba que estou feliz por finalmente ter encontrado sua mãe e estar livre de sofrimento.
- Devia ter me dito antes que éramos parentes. - Ela disse um pouco magoada.
- Mas eu só soube depois que você estava aqui no castelo. - ele se justifica.
Ela o olhou e sorriu pois soube ali que antes tinha lhe protegido por gostar dela.
- Obrigada Henrique.
- O que foi? - ele perguntou sem saber o porquê.
- Não foi acordar às outras ainda? - A rainha atrapalha saindo do quarto.
- V-vou agora. - Laís diz olhando tímida pra Henrique e sai entrando no seu quarto.
- Henry, liguei pra Rodolfo e ele disse que acredita que nós conseguiremos convencer o conselho a tirar o edito sobre casamento. Sempre nos ligue pra que venha assim que eu conseguir.
Henrique olhou para a porta onde sua amada entrou e disse:
- Se eu conseguir ficar longe mais que dois dias não precisa tentar nada. - entrou então no quarto.
Após a partida do rei e sua caravana, a rainha foi com as três mocinhas animadas fazer compras, almoçaram no shopping, entraram no cinema e tomaram sorvete.
- Nunca me diverti tanto. - Magnolia diz se jogando no sofá.
- Nem eu. - Susy diz. - Sua mãe é demais Lala!
Laís apenas rir das duas, não havia contado tudo. Omitiu a festa de pijama.
- Seu e seu. - por fim jogando duas sacolas nas amigas. Havia recebido de Rodolfo um cartão dourado ilimitado com seu nome escrito e só o usou pra comprar pijama pras amigas.
- Quê? Está insinuando o que estou pensando? - Susy pergunta.
- Acho que sim. Vamos fazer festa do pijama! - ela diz levantando os braços.
No escritório...
- Mandou me chamar senhora?
- Sim Rodolfo, temos uma criada doente na ala médica, no dia que passei mal a vi e ela pediu pra falar comigo pode ver quem é e trazer até mim?
O servo saí e ela fica olhando para a porta por onde ele passou e ficou pensando até quando guardaria o segredo?
- Não sei se devo Senhor lhe pedi que se for de tua vontade o que sinto que eu seja correspondida. - ora alto olhando o céu azul pela janela.
Rodolfo chega na ala médica e fica sabendo que a ex criada privada da rainha Luana é quem está doente, não consegue levar ela até a rainha pois a mesma está em coma devido um AVC. (Acidente vascular cerebral) Ele pede que seja avisado imediatamente quando ela acordar.
Volta para perto de sua amada pensando em se agora depois de ter encontrado a filha se seria o momento dele se declarar, mas perde a coragem ao pensar que ela o rejeitaria e resolve não falar nada.
A festa...
Após o jantar todo mundo vai colocar os pijamas e puxar os colchões pra sala, Laís tem a ideia de fazer um escorrego na escada com os colchões. Quase todo mundo do castelo entre moradores, visitas e funcionários estão envolvidos nessa festa, tem gente com patins, balões e fantasias. Elas então passam horas escorregando na escada com os colchões e até a rainha que foi lá reclamar acaba escorregando também.
Rodolfo ficava pelos cantos olhando, maravilhado como sua amada estava feliz o que a tornava mais linda ainda.
- Gosta dela não é? - Laís o surpreende chegando perto.
- N-não como pensou tal coisa alteza.
- Por favor não minta, e não me chame de alteza. Eu sei que gosta vejo como a olha, fico feliz que ela tenha alguém que cuide dela.
- Por favor não diga a ninguém. - ele suplica vendo que a rainha se aproximava.
- Pode deixar. - disse e piscou para ele.
- Cansou? - ela pergunta a Laís.
- Não, só que está na hora de Rodolfo escorregar. - ela diz empurrando o homem em direção ao escorredor improvisado.
- Majestade! - ele suplica pelo olhar piedade.
- Nada disso não se desacata a ordem de uma princesa. - a rainha diz piscando para a filha.
O homem olha assustado e a rainha acha graça mas o faz ir e ele vai e se empolga e arranca gritos e aplausos de todos quando começa a escorregar fazendo pose.
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Vida Transformada
SpiritualLivro 10 Laís Torquato é uma jovem cristã que foi criada por seu pai, após a mãe ter os abandonado. Com quinze anos foi vendida por seu pai e teve sua juventude roubada pelo bêbado que a comprou. Seus únicos momentos de sossego era quando lia a Bíbl...