Defendendo quem não merece

190 25 10
                                    

Os dias foram passando e em todo o reino havia comentários maldosos de que Quintino era o ladrão, como ele não voltara da sua viagem, Laís começou a pensar que ele estivesse fugindo, mandou então chamar o capataz da fazenda

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Os dias foram passando e em todo o reino havia comentários maldosos de que Quintino era o ladrão, como ele não voltara da sua viagem, Laís começou a pensar que ele estivesse fugindo, mandou então chamar o capataz da fazenda.

- Por favor eu preciso saber como anda a situação da fazenda com a viagem mais prolongada do meu marido.

- Senhora, não está nada bem, algumas pessoas se negam nos vender por pensar ser o patrão um ladrão e outros deixaram de nos comprar, venho ficando preocupado.

- Obrigada, pode ir vou resolver a situação em questão.

- Com licença senhora. - o homem saiu dali com a interrogação de como ela ia fazer isso, na verdade o patrão dele estava escondido na sua casa e ninguém sabia, ele foi correndo lá contar para o patrão o que a mulher disse e esse lhe mandou ficar de olho nele.

O que ninguém sabia nem mesmo Laís era que os guardas do rei estavam observando todo o movimento da fazenda e já haviam desconfiado de que Quintino estivesse escondido ali na própria fazenda, então a rainha mandou que fizessem uma busca e se ele fosse achado seria enforcado sem julgamento.

- Senhora, senhora! - gritava Simão entrando na casa grande.

- O que foi que houve?

- Os guardas estão voltando para fazer uma busca total na fazenda e se o patrão for achado ou o roubo, vão enforcar ele sem julgamento.

- Estão vindo onde?

- Acredito que estão a duas horas daqui senhora.

- Prepare-me um carro, pegue aquele nosso segredo e também todos os objetos de ouro daquele quarto e suprimentos para um grande piquenique e venha comigo, você e mais dois de sua confiança.

- Sim senhora, vou agora mesmo.

Laís subiu as escadas de dois em dois degraus e foi se arrumar para o encontro com a tropa real, ela não imaginava que o príncipe estivesse ali novamente, mas se vestiu formalmente e julgando estar adequada foi em direção ao carro que lhe esperava na porta.

Ao chegar em dado momento da estrada ela viu de longe a tropa e Simão identificando o cavalo do príncipe lhe avisou e ela sentiu um grande frio na barriga com medo do que viria pela frente. Mandou que o motorista fizesse com que parassem e ele obedecendo fez sinal para que a tropa que vinha de encontro esperasse o que era. Laís desceu só do carro, se dirigiu até o rei e se jogou em seus pés implorando para falar com ele.

O príncipe que desde a primeira vez sentira grande compaixão por tão bela jovem, se comoveu com seu ato e mandou que todos desmontassem.

- Diga senhora o que quer?

- Alteza se for do agrado do meu príncipe, deixe seus guardas sentados lanchando o lanche que lhes preparei e vamos conversar?

- Conversar? - ele não sabia como ela conseguia deixar ele mais encantado por ela. - Sobre seu marido presumo.

- Por favor príncipe Henrique. - ela suplicava sem lhe olhar o rosto.

- Tudo bem, venha sentar aqui no carro aberto, poderemos conversar e enquanto isso os seus homens alimentam os meus. - ele diz fazendo um aceno para o chefe da guarda ali presente.

Seguiram calados até o último carro da comitiva um cadilac vermelho que Laís achou lindo, passou a gostar de carros para tentar se aproximar de seu pai e foi uma tentativa frustrada.

- Pronto senhora o que quer me dizer.

- Alteza eu quero lhe pedir clemência para um homem que não sabe o que faz. Ele é inconsequente e não pensa em todos que estão ao seu redor. Tome eu encontrei isso no escritório que meu marido mantém escondido, ele nem sonha que o peguei, mas achei justo lhe devolver. Mas eu suplico que não lhe mate, se ele morrer e as terras passarem a ser do seu reino, eu e todos os empregados que vivem daquela fazenda passarão necessidades.

- Veio me pedir para perdoar um ladrão? - ele altera  a voz.

- Não senhor, vim lhe pedir para lhe punir de outras formas, só não tire de mim e dos empregados tudo que temos na vida senhor.

- Não poderia voltar para casa de sua família e casar-se de novo? Aliás casar-se com um homem de verdade?

- Eu não tenho ninguém senhor, por favor atenda o pedido de sua serva. - ela implorava, sabendo que o marido não merecia e que nem lhe agradeceria mais ela pensava em todos que se formaram a família dela.

- Como pensa em punir seu marido? - ele pergunta lhe tocando o queixo para que ela o olhasse e ficou maravilhado com grandiosa beleza vindo de olhos tão bem arredondados e doces. Secou com um dedo seu a lágrima que escorria de seu rosto e sentiu ela se recuar. - Me perdoe, só não suporto ver ninguém chorar.

- Vem do Senhor nosso Deus a sabedoria, eu sei que Ele já vos capacitou e que conseguirá punir o culpado sem prejudicar aos empregados.

- Volte para casa e finja que nunca tivemos essa conversa. Se aquele homem ousar lhe tocar para fazer mal mande me avisar imediatamente.

- Sim vossa alteza. - ela levantou dali, fez uma vênia para ele e se retirou entrando no carro e voltando para a fazenda.

- E aí senhora? - Simão lhe perguntou.

- Não sei Simão, devolvi o diário e lhe roguei por perdão, mas ele não me deixou saber o que faria não.

- Não sei Simão, devolvi o diário e lhe roguei por perdão, mas ele não me deixou saber o que faria não

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Vida TransformadaOnde histórias criam vida. Descubra agora