Toda garota sonha em fazer quinze anos, ter uma festa ou uma viagem, mas com Laís era diferente ela não sentia nenhuma felicidade, a dor de ter sido abandonada por sua mãe lhe consumia, seu pai não lhe ajudava a superar isso, pelo contrário ele a colocava mais para baixo ainda. As únicas pessoas que ela achava que gostava dela era a avó Nicota e a amiga Susy.
Sua vó Nicota havia feito uma viagem para a capital a fim de fazer uns exames fazia já uns bons dias e não tinha retornado ainda, ela havia prometido fazer bolo de chocolate para Laís nos quinze anos e o fato de lembrar que não veria a vó a deixou mais triste ainda. Sentindo compaixão por si mesma e sem poder se ajudar, se obrigou a sair da cama e ir para a escola. Se arrumou, pegou seu patinete e foi junto com sua amiga para a escola. Susy era filha do médico da cidade e nem sempre podia dar atenção a amiga, pois o pai lhe colocava para ajudar no consultório, mas as duas iam juntas para a escola.
Vamos deixar Laís indo para a escola com sua amiga e vamos ver o pai dela onde está?
Olhe só ele está entrando no bar Bebum a essa hora da manhã! Espera aí, ele não tinha que estar no trabalho? Isso mesmo, ele deveria estar se tivesse um trabalho, foi demitido a uma semana e por isso passa os dias bebendo e jogando.
Não se assustem! Ele foi demitido por chegar embriagado e tem gastado todos o dinheiro que recebeu na bebida e no jogo de baralho. Ai para! Vou olhar para Laís e esquecer um pouco o pai dela, vamos?
- Obrigada Susy. - ela diz olhando a amiga, estavam sentadas no gramado da praça que tinha perto da escola. - Eu não aguentaria entrar na escola hoje.
- Não tem de que me agradecer, acordei com vontade de matar aula mesmo. - a amiga diz remexendo na bolsa.
- O que você tanto mexe aí? - Laís pergunta achando estranho o tempo que faz que a amiga mexe para lá e para cá na bolsa.
- Estou procurando uma carta que te fiz, mas parece que se escondeu. Acredito que tenha que fazer uma geral na minha mochila. - isso fez Laís sorrir.
- Me avise quando for fazer, quero estar bem longe pois vai sair de tudo um pouco daí. - disse rindo e fazendo a amiga fazer uma careta.
- Ei! Eu sou organizada, eu acho. - falou fingindo ressentimento com a mão no peito. - Você me magoou.
- Hunrum... - Laís fala ainda rindo.
- Vem sua falsa vamos para a Mix lanchar estou varada de fome. - Olhou para ela com espanto e disse: - O quê não me olha com surpresa não nós merecemos.
Enquanto isso no bar...
- Homem vá para casa, já bebeu demais e perdeu muito dinheiro. - dizia Pascoal pela milésima vez a ele.
- Deixa de abuso, você devia ficar feliz estou te pondo rico hoje. - disse olhando em volta. - Quem é aquele gorducho?
- É um estrangeiro sei o nome não. Chegou por aqui ontem metido a ganhador, desafiando tudo e todos.
- Hum, então ele achou um que vai lhe ganhar.
- Não Luiz. - o homem tentou o impedir segurando no seu braço.
Ele não deu ouvidos se soltou do amigo e foi em direção ao homem no fundo do bar.
- Uma rodada valendo muito? - perguntou já sentando e mostrando o baralho.
o homem o olhou de cima a baixo, fez um ar de riso e disse por fim:
- Já estou ganho.
Iniciaram o jogo. No começo até que Luiz vinha ganhando, mas sua sorte mudou e ele começou a perder, o homem o incitava a apostar de tudo até a casa, o fusca e as alianças de seus pais. Quando Luiz viu que não tinha mais nada para apostar fez menção de levantar e o homem o interrompeu dizendo:
- Estou procurando uma esposa pelas bandas de cá. Que tal apostar sua esposa?
Luiz o olhou com um ar de riso e não disse nada.
- Se eu perder lhe devolvo tudo que tenho e ainda lhe dou mil libras, mas se eu ganhar fico com sua esposa e lhe deixo com a casa e o fusca.
- Não tenho esposa companheiro.
- Poxa vida, minha fazenda está precisando de uma mão feminina. Nem uma filha com idade para se casar?
- Não. Ele não tem. - se meteu o dono do bar.
- Eu tenho uma filha que está fazendo quinze anos.
- Eu topo, vamos jogar essa então? - o homem o incitava.
- Mil libras? - Luiz perguntou.
- Mil libras por sua filha.
- Eu topo, não precisa jogar me passe as mil libras que a menina é sua.
- Luiz o que está fazendo? - Pascoal dizia aperreado.
- Venha vamos logo pegar a garota antes que eles o façam mudar de ideia. - saíram dali em direção a casa de Luiz.
Nossa e agora?
O que vai ser de nossa protagonista?
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Vida Transformada
SpiritualLivro 10 Laís Torquato é uma jovem cristã que foi criada por seu pai, após a mãe ter os abandonado. Com quinze anos foi vendida por seu pai e teve sua juventude roubada pelo bêbado que a comprou. Seus únicos momentos de sossego era quando lia a Bíbl...