Mãe e filha

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No dia seguinte, Laís acordou cedo havia dormido no quarto com as suas amigas, fizeram brigadeiro e pipoca,  assistiram filme até tarde, então ela deixou as meninas dormindo e foi a procura de sua mãe

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No dia seguinte, Laís acordou cedo havia dormido no quarto com as suas amigas, fizeram brigadeiro e pipoca,  assistiram filme até tarde, então ela deixou as meninas dormindo e foi a procura de sua mãe. Ao sair do quarto ela se deu conta que não saberia onde a procurar até que viu uma criada com uma bandeja nas mãos.

- Bom dia. - ela disse para a mulher. - Pode me dizer onde está a rainha?

- Bom dia alteza. - a mulher fez um leve gesto de reverência por causa das mãos ocupadas deixando claro que todo castelo já sabia quem ela era. - Estou indo levar o café dela naquela porta ali.

- Pode deixar eu entrego. - disse tomando a bandeja das mãos da criada. - E outra coisa se me chamar de alteza novamente eu corto sua língua. - disse séria e a empregada colocou a mão na boca como para proteger.

- D-desculpa. - balbuciou ainda com a mão na boca.

- Estou exagerando eu não cortaria, mas por favor não gosto de formalidades. - ela explica.

- Tudo bem como quiser. - ela se apressa em sair de perto de Laís.

Laís equilibra a bandeja para poder bater na porta de sua mãe. Abre ao ouvir um entre vindo de uma voz doce e suave lá de dentro. Encontra a rainha sentada vestida muito elegante num pequeno sofá de uma das sala que tem nos quartos do palácio.

- Laís? - ela se surpreende ao ver a filha entrar com o café da manhã.

- Oi, precisamos conversar não é? - ela diz apoiando a bandeja na mesinha ali perto.

- Oh minha querida não precisava ter trazido.

- Eu quis. - ela diz sentando ao seu lado. - Coma todo para agente conversar.

- E você me acompanha?

- Aceito. - ela diz se servindo e juntas ficam tomando café, porém um súbito silêncio paira entre elas até que Laís resolve quebrar.

- Como foi que virou rainha?

- O pai de Henry estava procurando a irmã da esposa que era gêmea, então quando me achou não cansava de dizer que eu era idêntica a ela que não conseguiria viver se deixasse de olhar para ela, na época ele já estava com câncer e eu tinha pena dele que fazia tanta força para que os súditos não descobrissem sua doença, que passei a responder as perguntas que ele me fazia como se eu fosse Luana. Acredita que ele me chamava assim? Foi quando Rodolfo chegou de Paris com um tratamento novo e ele voltou a ficar lúcido. Viu que eu estava cuidando dele com carinho e dedicação e me  perguntou se eu queria ser a rainha dele para quando ele morrer eu não ficar desamparada e ainda ter recursos para cuidar de você a distância.

- O que fazia mesmo para cuidar de mim?

- Eu pagava a sua escola, os presentes de Nicoleta, as cortesias nas lojas que você ganhava, a única coisa que você tinha e eu não comprei foi seu patinete, esse realmente foi um presente de sua amiga.

- Vó Nicota mentiu para mim o tempo todo. - ela diz triste baixando a cabeça. - Mas sempre me incentivou a te perdoar.

- Não veja como mentiras dela, nós precisávamos dela para que pudesse de alguma forma cuidar de você. - a rainha diz depositando uma mão na perna dela. - Se ela falasse a verdade seu pai iria descobri e vir atrás de mim, ou lhe machucar.

- Está certa, ela foi um agente de Deus nas nossas vidas, assim como minhas amigas e meu primo. - disse lembrando do rei e sorriu.

- Vejo que tem uma grande fé. - a rainha diz.

- Se não fosse Deus e minha Bíblia eu não teria suportado nem um minuto perto de meu pai e muito menos perto de Quintino. Por falar nele já foi enterrado?

- Sim, Rodolfo providenciou tudo e os empregados já estão como donos da propriedade que virou uma cooperativa.

- Quer maravilha. - Laís começava a se sentir a vontade perto da mãe. - Eu os estimo muito.

- Laís posso perguntar algo?
Ela confirma balançando a cabeça enquanto come uma maçã.

- Você me perdoa? - a rainha diz baixando a vista para as mãos.

- Por isso estou aqui. É difícil digerir que sua mãe desaparecida é da realeza.

- Você também é sabe disso?

- Nem me diga o que as meninas vivem jogando na minha cara. - ela diz fazendo careta e a mãe rir. De repente as duas ficam sérias e a rainha cai no choro abraça a filha dizendo:

- Sempre sonhei com esse momento, nunca pensei ser possível.

- Estamos juntas e agora para sempre.

Ouvem batidas na porta e antes de falar entre ouviram:

- Mãe tá acordada? Posso entrar?

- É Henrique não o quero ver agora. - Laís diz e a mãe aponta o banheiro.

- Entre querido. - Ela diz após se certificar de que ela fechou a porta.

- Não queria incomodar mas preciso falar com a senhora.

- Pois não, pode dizer só estava terminando meu café.

- Eu preciso que fique no trono por um tempo.

- O quê? Mas como? O que houve?

- Vou fazer as visitas anual do reino e ir em reinos vizinhos visitar aliados e amigos.

- Henry está fugindo?

- Não consigo esconder nada da senhora não é? Eu estou indo para longe, não suporto estar no mesmo ambiente que ela e saber que tenho que aprender a gostar dela como irmã ou prima. Ontem vendo ela na chuva com as amigas imaginei tendo que a levar ao altar. Não da mãe ainda não. Por isso vou dar um tempo.

Laís ouvia do banheiro e ficou emocionada por saber que é correspondida e aflita por perceber que não podem ficar juntos, são praticamente irmãos.

- Filho eu no momento não sei como lhe ajudar mas eu vou tentar fazer algo. Não suporto ver o sofrimento nos seus olhos.

- Não se preocupe, seria pior se eu fosse correspondido. Ontem houve um momento que até pensei ser quando fui no quarto dela ver se tava bem e ouvi ela comentar algo com a amiga, mas depois a amiga dela pediu pra ela ser cupido entre nós e ela riu. Ela não me ama. - disse e saiu do quarto para a mãe não o ver chorar.

Laís estava paralisada ele ouviu as conversas delas e entendeu tudo errado, mas melhor assim pensou, pelo menos era um motivo para ele desistir.

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