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Chegou na fazenda sem seu uniforme habitual que se resumia a usar terno e gravata sempre, se aproximou dos empregados que estavam limpando uma parte do campo e começou puxar assunto se fazendo de que era novo na cidade e estava a procura de emprego

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Chegou na fazenda sem seu uniforme habitual que se resumia a usar terno e gravata sempre, se aproximou dos empregados que estavam limpando uma parte do campo e começou puxar assunto se fazendo de que era novo na cidade e estava a procura de emprego. Após passar quase a manhã toda conversando com os operários ali, ele viu um jovem garoto vestido com uma roupa diferente dos demais vindo trazer o almoço e então se dirigiu ao rapaz:

- Olá com licença posso lhe perguntar algo?

- Claro se eu souber dizer. - disse Simão prestativo.

- É possível ter uma vaga de emprego por aqui?

- Bom isso eu não sei o patrão sempre trás os trabalhadores de fora, por exemplo eu sou italiano e outros africanos, por aí vai.

- Eu sou de fora, sou do norte da França e estou a procura de emprego pois pretendo começar nova vida aqui. - ele não mentiu realmente era francês.

- Olha o patrão não está viajou para ir levar uns vinhos, mas a patroa está que falar com ela? Embora... - o rapaz ia falar e se calou.

- Deixa eu te ajudar primeiro e depois vamos até ela que acha? - Rodolfo ficou mais aliviado ao ver que Quintino não estava.

- Tudo certo.

Então eles terminaram de distribuir o almoço entre os peões e já estavam voltando para fazenda quando Rodolfo perguntou.

- Sua patroa tem quantos filhos?

- Ela não tem filho não. É bastante jovem e bonita e todos nós a amamos muito eu precisamente aprendi orar ao Deus dela para pedir a ela que a tire, é... deixa pra lá. - Simão sentiu que ia falar demais.

- Não pode falar eu não conheço ninguém por cá então não teria por que fazer inferno de você ou dela.

- Tem razão, senta aí vou te contar pelo menos eu desabafo. - falou apontando um tronco saliente da árvore perto deles.

- É tão ruim assim? - Rodolfo falou se acomodando ao tronco.

- Eu sou novo aqui entende? Mas Ana a cozinheira conta que ele trouxe a patroa de uma outra cidade, aparentemente a contra gosto e que a patroa chegou muito assustada e chorava muito, Ana com pena do estado dela começou a tentar se aproximar sem o patrão ver pois ele não gosta que nós temo amizade com os patrões não num sabe?

- Então é como se ele tivesse sequestrado ela?

- Bom o boato por aqui é que ela foi vendida a ele. - Rodolfo se incomodou com aquela informação, sentia muita pena da moça.

- Mas me diga uma coisa Simão, eles vivem bem hoje em dia? Tipo ele a trouxe mas ela já se adaptou a vida com ele?

- A patroa é pura de coração, ama os empregados trata bem e já até ficou de castigo no quarto por defender um de nós. Ele é bruto, grosso e mal educado com todo mundo, quando chega bêbado grita todos até ela e ainda dormem em quartos separados. Ana acha que ela ainda é moça.

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