Capítulo Trinta e sete: Crescendo.

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Nunca fiquei tão preguiçosa em minha vida, não sei qual era o horário, mas tinha certeza que não passavam das quatro da manhã. Tudo ainda estava escuro e o vento fresco que entrava pelas cortinas fazia com que a cama fosse o lugar mais confortável do mundo e já era a sexta vez que eu levantava dela para ir no banheiro fazer xixi, ninguém merecia e olha que eu nem tinha ingerido tanto liquido assim. Podia culpar a gravidez também por isso. Mesmo com toda relutância levantei da cama escapando dos braços do Marcus e indo novamente para o banheiro, eu sabia que não ia sair quase nada, mas mesmo assim eu não conseguiria voltar a dormir tranqüila.

Voltei para cama, decidida a dormir e desejando realmente que essa vontade maluca não me atrapalhasse. Quando voltasse iria fazer todas as minhas consultas com o obstetra. Antes que eu deitasse fui puxada para um peito forte, amava essa possessividade do Marcus, é algo bem vindo, na verdade mais que bem vindo. E eu gostava de sentir o seu cheiro e cá pra nós o sono até parecia melhor.

- Pode me dizer por que acordamos tão cedo? – Perguntei. O meu marido tinha acabado de me acordar, o sol ainda não tinha nascido e parecia que ele tinha se esquecido que não dormi nada bem, tendo que levantar a toda hora.

- Vamos fazer um passeio. – Respondeu todo misterioso beijando o meu pescoço. Se ele queria realmente fazer esse passeio não deveria beijar o meu pescoço, já que estava me derretendo muito mais rápido que o normal.

- Tem que ser assim tão cedo? – Indaguei. Queria continuar mais uma hora na cama e nem estava pedindo muito.

- Você vai gostar e acredite vai valer a pena. – Comentou. Eu não duvidava que iria gostar, mas a vontade de continuar na cama estava gritante. – E vamos ter muito tempo para ficarmos na cama. – Completou. O encarei procurando algum vestígio de brincadeira, mas era sério.

- Tudo bem Sullivan, eu vou. – Concordei levantando da cama com a sua ajuda. Ele me puxou pela cintura, e me beijou. As vezes eu esquecia desses beijos matinais. Suas mãos entram por meu cabelo o prendendo em um rabo de cavalo, levando-me para a parede seu corpo pressionava o meu enquanto sentia sua língua lamber avidamente a minha, eu tinha que me arrumar e ele estava aqui me beijando desse jeito com que foco eu iria para o banheiro?

Ele se afastou como se nada tivesse acontecido e realmente parecia, se não fosse pela boca vermelha e o seu pau muito evidente pela bermuda de algodão que usava. Passou as mãos pelo cabelo quando me viu o analisando, mas a culpa não era minha e tinha que admitir que o Marcus é lindo e um perigo deixá-lo ele solto por aí sozinho. E por mais que ele ficasse um arraso de terno, gostava desse estilo mais prático, a camiseta mostrando seus braços e parecia mais jovem também, só que nada superava ele nu.

- Quer ajuda no banho? – Perguntou cruzando os braços em cima do peito. Eu sabia que se ele entrasse naquele banheiro comigo não tinha passeio certo e uma parte de mim queria muito descobrir que passeio é esse, até por que eu levantei da cama abrindo mão do meu sono.

- Por mais que você esteja uma delícia eu consigo tomar banho sozinha. – Retruquei. Ele levantou a sobrancelha me olhando com uma carinha de mau que não sei como não tive um orgasmo.

- Não estou duvidando de suas habilidades no banho, mas admite que eu te dou um banho muito melhor. – Falou. Precisei segurar o riso por que as lembranças de ontem ainda estavam todas frescas. E por mais que ele tivesse razão jamais admitiria isso em voz alta, vou aumentar o ego de quem sabe o quanto é bom em qualquer coisa que faça.

- Sério? Quando foi que eu dei entender isso? – Perguntei fingindo estar pensativa, até por que eu sabia muito bem como eu tinha dado a entender, ele mal tinha me tocado e eu já fui montando nele, imagina se ele continua me torturando só com preliminares.

Meu Chefe Odiável.Onde histórias criam vida. Descubra agora