Todo meu chão tinha sido abalado.
Eu não conseguia engolir que o Marcus tinha sofrido esse acidente, nunca desejei tanto que isso fosse algum tipo de mentira. Que nada disso aconteceu. Eu não parei de chorar desde o momento que o Luigi me disse aquelas palavras. Meu corpo todo doía em uma intensidade quase inexplicável. Minha cabeça parecia que partiria em duas. A Carol me abraçou, mas não queria ser abraçada eu queria o Marcus, e tudo veio como uma corrente em minha cabeça as lembranças os nossos momentos, o nosso primeiro beijo, a nossa primeira vez, a primeira briga e a primeira vez que ele disse que me amava. E isso doía extremamente. Tiraram o meu chão. Olhei para o Luigi que estava conversando no celular, mas isso ele já estava fazendo a um bom tempo o que fez com que deixasse de chorar foi quando o Barone exclamou que tinha encontrado o meu Sullivan. Levantei do sofá indo em sua direção.
- Estão levando todas as vitimas para o hospital. – Contou. Se estavam o levando para o hospital é por que ele estava vivo.
- Vamos pra lá! – Exclamei quase sem voz.
Seguimos para o hospital, o caminho nunca pareceu tão longo. Eu tinha noção que precisava estar calma, mas não conseguia, minha ansiedade de vê-lo. Olhei o caminho traçado e minha noite mudou de uma hora pra outra, nossos planos de um jantar de noivado. A linda surpresa pela manhã e os nossos momentos na viagem para Indonésia. Sentia que tinha dito tão pouco que o amava, sentia que demonstrei tão pouco. Lágrimas começaram a escorrer por meu rosto. Eu não posso perdê-lo, como vou seguir sem ter o meu apoio? Já tinha perdido todo o meu mundo em um acidente de avião, agora estou perdendo a única pessoa que viu em mim algo que eu não tinha visto. Veio de imediato a imagem do Marcus sorrindo. Olhei para minha mão onde o anel que ele tinha me dado e aquelas palavras que ele disse fizeram com que tivesse certeza que não estou preparada para essa situação. O carro parou, respirei fundo e quase corri pra dentro. Seguimos para recepção onde tinha alguns familiares chorando e pelo que se podia entender teriam que tratar de um enterro. Engoli o novo nó que se formava tinha absoluta certeza que o Marcus estava vivo, ele não me abandonaria. Foi quando a enfermeira que estava por perto se aproximou avisando que o homem a qual a gente procurava tinha entrado em cirurgia e que era uma situação complicada. Prevendo que eu iria desabar a Carol me abraçou e mais uma vez fui ao choro.
Passamos toda a noite ali sem que ninguém viesse nos dá uma noticia. Não sabia o que estava acontecendo e a espera é a pior parte. Sentia que já não tinha mais lágrimas, meu corpo não tinha forças. O Luigi veio com dois cafés me entregou, mas não conseguia ingerir nada por mais que soubesse que precisava, mas não sentia vontade de nada. E algo em mim sabia que se o Marcus tivesse aqui ele me olharia e me faria tomar o remédio, mas ele não está aqui.
- Amiga você precisa comer alguma coisa. – Falou a Smith passando a mão por meus cabelos.
- Eu não estou com fome. – Respondi automaticamente.
- O Marcus vai odiar saber que você não quis comer nada! – Exclamou. Eu entendia que a Carol só quer cuidar de mim. E que eu devia comer. Mas nada parecia comestível. Eu queria alguma noticia, dizendo que tudo ficaria bem.
- Desculpa, mas não dá. – Murmurei. Ela me abraçou mais forte. E dei uma olhada para o Luigi. Ele parecia tão cansado. Seu semblante transparecia sofrimento.
As horas pareciam uma eternidade e ficar ali naquela pequena sala esperando uma única resposta nunca pareceu tão difícil, Já se passavam das três da tarde e meus sentimentos estavam misturados pelo medo, ansiedade e nervosismo, Estava respirando nervosismo. Já eram pra ter vindo alguém nos da alguma noticia.
- Boa tarde! – Exclamou, devia ser o medico por suas roupas.
-Boa tarde. – Respondemos em uníssono.
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Meu Chefe Odiável.
RomanceO que fazer quando se tem um chefe extremamente irritante e prepotente? Simples o odeie.