FREDERICO POV
A música tocava bem alto quando entrei no apartamento de Mateus. Uma voz desafinada acompanhava, mas o barulho parecia meio abafado, como se ela estivesse em um ambiente fechado.
Antes mesmo de fechar a porta, Mateus e Bernardo se olharam e começaram a rir. O apartamento parecia completamente diferente do que eu sempre imaginei. Mateus era um cara muito básico, mas sua casa tinha um toque diferente.
Várias plantas espalhadas pelo ambiente da entrada, que levava até a sala. Um único, mas grande sofá num tom azul claro estava repleto de almofadas, das mais diferentes cores e parecia tão aconchegante que eu só queria deitar ali por uns minutos antes de sair de novo.
Ele ficava de frente para a TV, que estava fixa na parede. Logo abaixo, uma estante baixinha, cheia de livros, CDs e DVDs. No chão, um tapete meio peludo parecia ótimo para os dias frios que faziam no litoral e na parede, diversos quadros bem diferentes.
Caminhei por um pequeno corredor atrás dos dois, que entraram na cozinha. Mateus colocou a pizza na bancada que ficava no meio, na frente dos armários e do fogão e apontou para as banquetas altas para que eu me sentasse.
Me acomodei, enquanto outra música tocava. Essa eu conhecia, era meio sofrida mas tocava direto em todas as rádios que eu escutava no carro quando estava atrás de conhecer algo novo.
Conversamos um pouco e a música cessou. Estávamos tomando uma cerveja e conversando quando ela entrou na cozinha com o cabelo molhado e uma toalha enrolada no corpo que parecia úmido. Mateus e Bernardo riram, e ela corou assim que colocou os olhos em mim.
- Vocês só deviam chegar daqui a pouco. - Ela disse. Devia ser Catarina, a irmã do meu amigo.
- Eu sei. - Mateus respondeu. - Mas você tem alguém que te ama e disse que a gente deveria vir trazer pizza pra você também antes de irmos. - Ela sorriu e olhou para Bernardo, que deu de ombros. Enquanto isso, eu analisava cada pedaço dela.
Os olhos escuros, a sobrancelha era marcante, grande. Tinha algumas sardas, mas bem discretas. E a boca... nossa, era maravilhosa. Meio rosada, bem grande e carnuda. O cabelo parecia um castanho, mas não dava pra ver a cor direito porque estava molhado e descia por seus ombros, fazendo um pouco de água escorrer pelo seu corpo.
Desci o olhar discretamente, acompanhando o caminho que os pingos percorriam e não pude deixar de reparar no que a tolha tentava esconder. Os peitos pareciam grandes, e estavam levemente marcados. Tinha algumas tatuagens pequenas espalhadas pelo corpo, mas depois eu reparo melhor nelas, espero.
- Desculpa. - Disse, olhando pra mim. - Eu sou a Catarina. Prazer! - Ela ainda estava corada. Desci ainda mais o meu olho, chegando em suas pernas que pareciam grossas, mas um tanto torneadas.
- Imagina. Meu nome é Frederico. - Não pude evitar pensar que " prazer é todo meu" mas também não podia abusar, ainda mais na frente do seu irmão. Ela deu uma leve umedecida no lábio inferior, e sorriu.
- Eu volto em 15 minutos, conforme o combinado. - Franzi o cenho, duvidando que ela se arrumaria tão rápido. Mas tudo bem. Quem se importa se ela se atrasar? Eu só preciso ter uma pequena chance de poder aproveitar pra conhecer ela melhor mais tarde. Pegou uma garrafa de cerveja na geladeira e saiu, apressada.
Fiquei conversando com Bernardo e Mateus enquanto comíamos e bebíamos e 15 minutos depois senti um cheiro muito bom, meio fresco, suave e que lembrava hortelã e então ela estava de volta.
- Sempre tão pontual. - Comentou Bernardo, fazendo Mateus revirar os olhos. Ela entrou novamente na cozinha, agora com um rabo de cavalo que mostrava os cachos levemente úmidos, as bochechas um pouquinho vermelhas, o rosto bem iluminado e uma sombra marrom. Mal parecia que tinha se maquiado, talvez por isso os 15 minutos tenham funcionado.
No lugar da toalha, usava um vestido curto que parecia uma camiseta com uma blusa de manga longa e gola alta por baixo. Tinha um colar, e alguns diversos anéis nos dedos. Carregava uma pequena bolsa e usava um tênis bonito. Descolada, pensei.
- Só preciso comer, e aí podemos ir. Tudo bem? - Nós três concordamos enquanto ela pegava um pedaço de pizza, que já devia estar meio frio. Comeu com a mão mesmo, e parecia se deliciar a cada mordida. Era bom ver ela comendo. Conversamos e bebemos mais um pouco, até que Mateus pediu um Uber e fomos até a balada, nosso combinado inicial.
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CATARINA POV
Caí exausta na cama, sentindo o corpo de Bernardo sobre mim. Eu ri, um tanto bêbada, enquanto ele me enchia de beijos.
- Quer ajuda pra tomar banho? - Ele perguntou, sugestivo. Eu sorri, primeiro porque ele sabia que sim, eu ia tomar o meu costumeiro banho pós balada. Segundo porque ele sabia que eu o queria dentro de mim o quanto antes.
Bernardo começou a tirar meus anéis, depois foi levantando meu vestido lentamente enquanto beijava minhas coxas. E assim foi com todo o resto que eu usava. E enquanto me despia e me beijava, ele me olhava daquele jeito que me deixava louca e me derretia ao mesmo tempo.
Sempre fui muito mandona na cama, mas com Bernardo eu simplesmente me entregava e na maioria das vezes parecia uma boneca em suas mãos. Levantei com ele e fomos caminhando emaranhados, nos agarrando, apertando, beijando, esperando que o espaço entre nós fosse inexistente até chegarmos ao banheiro do meu quarto. Ele ligou o chuveiro, e me puxou para dentro do box assim que a água quente começou a cair.
Ele passava as mãos com sabonete por todo o meu corpo com uma pressão deliciosa, e eu senti que todos os meus banhos poderiam ser assim. A meia luz, com ele. Senti uma de suas mãos acariciando minha perna. Em seguida, apertou minha coxa, me causando arrepios.
Ele desceu, chegando com os lábios perto de onde suas mãos estavam. Me deu beijos na coxa, leves mordidas e me olhou, sorrindo.
Eu precisava daquele pau. As mordidinhas em minha coxa me deixaram louca e então eu finalmente cedi. Puxei ele pra perto de mim, o deixando em pé novamente e o beijei. Levei uma das minhas mãos até sua nuca enquanto a outra arranhava a parte interna da sua coxa. E que coxa. Fazia jus ao tempo que Bernardo gastava se exercitando. Ele me empurrou contra a parede do box, e o gelado em contraste com seu corpo quente me causou arrepios.
O puxei pelo quadril, tentando eliminar todo o espaço entre nós com meu corpo já clamando por mais proximidade. Desci os lábios pelo seu pescoço, distribuindo leves mordidas enquanto minhas unhas arranhavam a sua nuca e então impeli meu quadril para a frente, esperando sentir seu membro roçando em minha boceta.
Soltei um gemido quando ele encostou em mim, duro, e ele sorriu. Desci a mão pelo seu peitoral, mas continuamos com a dança dos nossos quadris, suspirando alto e já morrendo de tesão.
- Me fode, Bernardo. - Pedi, em seu ouvido. Ele suspirou, e puxou meu cabelo do jeito que eu adorava.
- Eu odeio dizer isso, mas você sabe que não podemos exagerar no barulho. - Disse, passando a mão pelo meu rosto. Meu irmão podia chegar em casa a qualquer momento e ainda não sabia das nossas escapadas, eu acho. Assenti, sabendo que eu não era a pessoa mais silenciosa do mundo, mas iria me esforçar.
Saímos do banho e Bernardo me enrolou em uma toalha, fazendo o mesmo com ele. Nos secamos rapidamente, e eu o puxei para o tapete no chão. Eu sabia que ele gostava, e nossos corpos ainda estavam um pouco úmidos, então seria o lugar ideal.
Ele voltou a beijar meu corpo, mas eu já não aguentava mais. Estava molhada, sedenta, e queria sentir o pau dele dentro de mim. A gente passou a noite toda se provocando enquanto dançava, e eu esperei demais por esse momento. Não precisávamos de muitas preliminares hoje, eu só queria ele logo.
- Bê... - Gemi, enquanto senti seus dedos no meio das minhas pernas. Ele enfiou um deles lentamente em minha boceta e depois o levou até a boca, chupando lentamente. Eu adorava ver ele fazendo isso. Aproveitei e o puxei pra mim. - Você sabe o que eu preciso agora.
Ele assentiu, com os olhos grudados nos meus enquanto se encaixava em cima de mim. De novo, começou a me provocar com seu pau, esfregando-o lentamente em minha boceta.
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Gravity
Любовные романыDepois de um trauma, Catarina percebeu que não conseguia mais se entregar a ninguém de verdade. Mas será que era pelo que aconteceu? Ou por seu coração pertencer a alguém? "Eu correria, se não fosse tão bom estar em seus braços" NÃO RECOMENDADO PA...