Capítulo 16

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- O que você está fazendo aqui? - perguntei.

- Oi. Como você me ignorou naquele restaurante, achei que seria melhor fazer uma visita aqui e...

- Não acredito que você deixou essa mulher entrar aqui! - disse olhando para meu pai que só observava a situação.

- S/N veja como fala, ela é sua mãe. Você gostando ou não, merece tratá-la com respeito.

- Ok. Ela quer meu respeito? Então que conquiste, mas não pense que vou te perdoar - disse olhando para ela -  Agora com licença, pois meu dia foi muito bom até você aparecer e estragar tudo.

- S/N! Por favor me escuta! - ela disse enquanto me seguia até a escada. 

Apenas parei de andar, encarei os degraus e deixei que ela começasse a falar.

- Olha, sei que cometi muitos erros e que não devia ter deixado você para trás. Não fui uma boa mãe e sei disso, mas estou aqui para concertar todos os meus erros!

- E por que agora? Depois de todos esses anos, só agora você quer concertar as coisas? Não me venha com essa conversa afiada, dizendo que se arrepende. Acontece que você esqueceu de uma coisa: escolhas possuem consequências e as suas escolhas trouxeram isso, meu desprezo por você  - sibilei e subi as escadas sem olhar pra trás.

Entrei no quarto e chorei, mas de raiva. Aquela mulher realmente conseguia me tirar do sério! 

Me abandonou, me largou, foi embora com outro homem e deixou meu pai e eu passar por dificuldades! Nunca vou perdoá-la por isso, nunca

Quando era mais nova e via as outras crianças com suas mães, me sentia triste e achava que tinha algum problema, na verdade achava que eu era o problema, mas depois de um tempo percebi que a situação era o contrário. Aquela pessoa, cujo o nome  não deve ser citado, acabou comigo. 

Na verdade tenho medo de deixá-la entrar na minha vida e ela ir embora como fez da outra vez. Por isso tenho que saber o quanto ela quer o meu perdão.

Saí das minhas distrações ao ouvir meu celular tocar. O puxei do bolso e atendi sem olhar quem era.

- Alô? 

- Oi S/N está tudo bem? - Tae perguntou. 

- Está sim, só tive uma surpresa desagradável.

- É que ouvimos você dar uns gritos - comentou Jungkook.

Eles ainda estavam juntos? Que fofo! Espero que o Jungkook seja forte e aguente as brincadeiras do Taehyung, sei como meu amigo pode ser inconveniente às vezes. 

- É, foi quando vi aquela coisa.

- Ai meu Deus o palhaço do IT apareceu na sua casa? Segura ele aí... vou tirar aquela maquiagem horrível dele e levar pra minha casa e depois...

- Taehyung sem detalhes o interrompi, pois já sabia o que aquela figura tinha em mente. 

- Como você atura ele? - Jungkook me perguntou.

- Hey! Me respeita, senhor Jeon Jungkook - Taehyung falou, sua voz estava mais distante do celular - Se não fosse por mim...

- Eu e a S/N não estaríamos juntos, tá bom já sei - Jungkook completou com tédio absoluto na voz - Será que seu pai deixa eu te roubar por algumas horas? 

- Oba! Aonde vamos Kook ? - Taehyung gritou e sua voz continuava distante.

- É, aonde vamos? - perguntei.

- Você não está incluso Taehyung! Fora que você tem que estudar, pois darei atividade na segunda... - Jungkook disse afastando-se um pouco do telefone. 

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