não precisa explicar

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Stiles

Depois daquele momento que eu tive com Lydia no hospital, me senti diferente. É como se agora eu finalmente tivesse aceitado que eu seria pai, e é uma boa sensação.

Indo para o estacionamento, Lydia andava rapidamente até o carro, me ultrpassando, resolvi falar algo com ela, desde que saímos do hospital não falamos nada, basicamente estávamos "tensos".

- Ei... - chamei sua atenção, ela parou há alguns centímetros de mim. - Obrigada. Por ter me apoiado.

Ela não se mexeu, não se virou, por algum motivo não conseguia me encarar e continuou observando o carro que estava logo em sua frente.

- De nada. - sussurrou.

Suas palavras foram ditas tão rapidamente, assim como ela voltou a andar em direção ao carro, aproveitei para andar mais rápido e puxá-la. O impulso da força acabou sendo grande e puxou-a para perto de mim, muito perto. Nós literalmente estávamos compartilhando ar, nossos corpos grudados, narizes tocando e olhares vidrados uns nos outros.

Percebi que ela estava na ponta dos pés, ao perder a força, voltou ao seu tamanho normal e seu nariz desgrudou-se do meu, mas seus olhos continuam encarando os meus. Deu um suspiro e se afastou um pouco, mas eu me aproximei.

Ela já estava cansada de resistir.

E tocou seus lábios aos meus, com suas mãos em meu pescoço, minhas mãos em sua cintura.

Ao terminar o beijo ela deu um longo suspiro, completando seu desejo, eu ansiei por mais e tentei colar nossos lábios novamente mas ela virou sua face de olhos fechados para o lado, desci minha boca para seu pescoço gelado e arrepiado. A noite era fria, alguns flocos de neve começaram a cair sobre seu cabelo ruivo brilhante, sua face esfriava assim como sua respiração.

Ela sussurou com um gemido.

- Está nevando. Não devo ficar em lugares com essa temperatura, se lembra?

Ela me lembrou de uma dica que Melissa me deu há alguns meses atrás. Logo abri meus olhos e tirei meu casaco, colocando em Lydia. Abri a porta do carro e a ajudei a subir, ela agradeceu e fechou a porta. Logo entrei no carro também e liguei-o.

O caminho - que não era longo - foi totalmente silencioso, digo, não totalmente, pois havia o som do rádio. Tocava "Nitesky" do Robot, a música era calma e confortante. Chegamos e ao sair do carro senti como se minha pele estivesse congelada, as neves estavam caindo mais rápida. Avistei a bicicleta de Malia e o carro de Scott, logo pensei que Noah poderia ter chamado todos eles, já era um pouco tarde, mas isso não importava muito já que eles costumavam vir há essa hora sempre.

- Ei! - Allison gritou, sentada no braço do sofá, ao seu Malia e Scott.

- Como foi a consulta pessoal? - Noah perguntou descendo as escadas.

- Bom... você... quer dizer ou...? - Lydia perguntou se eu queria dizer, dei um breve suspiro e fechei a porta.

- Falem logo! Estamos morrendo de curiosidade! - Scott apressou.

- É um menino! - disse.

- NÃO ACREDITO?! AH MEU DEUS UM GAROTINHO! - Allison gritou.

Ela veio na rapidez e abraçou Lydia, que deu um sorriso enorme com a risada de Allison, inclusive Caroline e Malia se juntaram ao abraço, todas dando risadas contagiantes.

- Parabéns Pessoal! - Malia disse.

- Seremos tia de um garotinho, mal posso acreditar! - Caroline gritou e bagunçou o cabelo de Lydia.

The MiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora