"Que Sentimento é Esse?"

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Pov Perth

Quando eu acordei, P’ já não estava mais na cama. Eu farejei um cheiro vindo de fora do quarto e senti meu estômago roncar. Oh, eu precisava comer. Eu levantei e fui até a cozinha, onde Khun Nuk estava. Era ela que estava cozinhando e, eu realmente gosto da sua comida. Essa visão me fez sorrir levemente.

—  Bom dia, querido. Ah, Saint foi comprar algumas coisas para mim, ele já estará de volta. —  Se na série meu personagem acordava cedo, na realidade é P’Saint quem levanta com o sol. —  Você gosta de omeletes?

—  Adoro. —  Eu respondi entusiasmado. —  Aliás, as frutas estavam boas?

—  Estavam ótimas. Digo, não que eu tenha tido a chance de comer muitas, se é que você me entende. —  Eu sabia o que ela estava querendo dizer. O P’ deve ter comido a maioria delas.

—  Fico feliz. Na verdade, em nossa casa tem alguns pés de frutas que minha mãe cuida, na estufa. Não são completamente iguais às cultivadas a céu aberto, mas costumam ser muito boas.

—  Eu sempre quis plantar algumas árvores mas, infelizmente, sempre tive medo do Saint. Ele sempre foi um menino muito travesso e agitado. Ter galhos altos em casa seria sinônimo de muitos acidentes. Por isso, optei por me manter longe delas. —  Eu assenti e a mesma me devolveu um riso frouxo.

Eu até pretendia conversar mais com ela, porém logo vi que P’Saint já estava em casa. Então, preferi me manter em silêncio. Ele quase não olhava para mim, o que era engraçado, visto que isso significava que provavelmente ainda estava envergonhado. Apesar de conversar normalmente comigo e com sua mãe, ele me parecia levemente retraído. Isso era algo que eu não estava acostumado a ver no P’.

Depois do café, ele me levou na escola e foi estranho. Era como se, depois de entender meus próprios sentimentos, eu estivesse nervoso para que ele compreendesse os próprios, quaisquer que fossem. Por isso, estava com medo de que minha presença o sufocasse, visto que passávamos muito tempo juntos. Mas, por agora, resolvi não pensar muito nisso. Não quero apressar as coisas.

A aula foi estranhamente lenta e cansativa, parecia que nunca ia acabar. No fim, eu só conseguia pensar que estava morrendo de fome novamente. Eu poderia comer um animal inteiro agora. Será que o P’Big ou algum dos meninos trariam algo que eu pudesse roubar para me alimentar?

Quando eles chegaram para me buscar, o P’ estava de carro ao invés da van. Reparei que apenas P’Earth e Ai’Mark  haviam vindo. Por um lado, isso era bom, a bagunça seria um pouco menor. Mas por outro, eu teria menos chances de arrumar algo para comer.

—  P’Big, estou morrendo de fome.

—  Você não comeu nada hoje? Estava com a boca muito ocupada? —  Ai’Mark, que até então estava em silêncio, lendo em seu celular, me perguntou. Ele sabia onde eu estava, mas eu esperava que não começasse a falar. Eu fui rápido em encará-lo.

—  Fica quieto, idiota. —  Ele riu para mim levemente e voltou a ler.

—  Do que ele está falando?

—  Não é nada, P’Big. Eu só queria saber da comida, huh? —  Eu não preciso que eles saibam absolutamente tudo que faço. Além disso, não tenho motivos para envolver o P’ nesse assunto.

—  Eu tenho barras de cereal aqui, serve pra você? Pelo menos até chegarmos na universidade para as gravações. —  P’Earth é sempre muito desligado.

—  Você não podia ter falado antes, P’? —  Eu o cobrei imediatamente.

—  Desculpe, eu estava vendo a ordem das cenas de hoje. —  Realmente, eu havia até me esquecido que hoje gravaríamos a cena do hotel…

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