"Seja minha calmaria outra vez"

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(Capítulo final, desculpem o tamanho... Espero que gostem e não me matem.)

Pov Saint

— Por favor, me deixe falar com você antes de sair. — O garoto que havia causado toda a confusão estava parado em frente a minha porta com um boné preto sobre seus olhos. Seu rosto demonstrava claramente que não estava se sentindo bem.

— N'Mark eu... eu não sei nem o que te dizer. Primeiro, como você entrou aqui? Bom, enfim, agora não posso te dar atenção. Eu preciso sair. — É óbvio que eu estava irritado com ele, mas agora eu precisava resolver algo mais importante.

— Espere. Só vou te dizer uma coisa e vou embora. — Mark segurou firmemente meu braço. Sei que não foi para machucar, mas pela pressão, com certeza eu estaria marcado em seguida.

— Faça isso rápido. Sua voz não era exatamente o que eu queria ouvir agora. — Eu puxei meu braço, me desvencilhando dele.

— Primeiro, eu passei por que não tinha ninguém lá na portaria. E sim, eu imagino que você não queira me ouvir. É perfeitamente compreensível.

— E como você sabe em qual apartamento eu moro? — Eu pensei por um segundo e entendi. Havia algo que ele não soubesse agora? — Claro que você sabe.

— Então você já ouviu sobre isso? — Eu só assenti, não tinha tempo a perder e o relógio continuava girando. — Me desculpe, Pi. Tentei falar com Ai'Perth, mas ele não me ouviu. Não vou julgá-lo, eu entendo. Fiz tudo errado e sei disso. Apenas quero me redimir.

— Você acha que isso é possível? — Seu olhar foi disparado para o chão.

— Talvez não agora. Mas ainda farei. E Pi... prometo que isso não irá se repetir. Na verdade, eu só vim pedir desculpas. E dizer que estou realmente arrependido. Tentei sair disso mas quando notei, já era tarde demais, ele já tinha muito para usar contra mim. Eu comecei a apenas... esconder as coisas. — Comecei a sentir uma pequena dose de pena dele. Não que eu quisesse perdoá-lo, eu nem seria capaz disso tão rápido. Mas sair de algo que te prende, seja por gratidão, ameaças ou qualquer outra coisa que não me convinha, não era fácil, realmente.

— Certo. Eu entendo. Mas não quero que você pense que está tudo bem. E agora, eu realmente preciso ir. — Ele me cumprimentou com 'wai' e saiu em direção às escadas. Eu não queria descer com ele, então esperei alguns segundos. Percebi que não tinha pegado meu celular e voltei para dentro de casa.

Enquanto procurava meu telefone, pude ver das janelas que a chuva continuava intensa e as luzes causadas pelos raios iluminava completamente minha sala. Doía ver que assim como estava o clima, estava minha cabeça. Eu finalmente encontrei o que procurava e me dirigi a garagem para pegar o carro.

Eu corri o mais rápido que pude para onde não devia ir. O trânsito estava infernal, mas nada comparado ao que estaria para voltar para casa. O caminho para o centro sempre congestionava nesse horário, ainda mais com toda essa chuva. Mas meu pensamento era, com certeza, trazer o Nong comigo, nem que eu precisasse implorar por suas desculpas.

Eu achei que não chegaria, mas finalmente me vi frente ao prédio da agência. Eu seguia tentando ligar para o número de Perth e nenhuma das chamadas dava certo. Por que raios ele precisava desligar seu celular agora? Droga, Nong!

Eu não fazia ideia de onde procurá-lo se eu sequer tentasse entrar nesse prédio. Nessa hora, P'Plan nem se dava mais ao trabalho de rejeitar minhas ligações, ele apenas não as atendia mais. Será que ele não estava cansado das minhas chamadas? Por Buda, não me importa. Apenas me atenda!!

It's Probably LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora