"É Com Você Que Eu Quero Estar"

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Pov Perth

Certo, eu não estava tendo ilusões. Ele estava realmente aqui. Mil coisas passavam na minha cabeça, mas nenhuma estava realmente acreditando na sua presença. Ele havia me enganado? O diretor sabia disso? Minha mãe tinha conhecimento de que ele viria para cá? As roupas no closet eram dele? Sim, olhando pela sua vestimenta agora, com certeza eram.

Ele vinha carregando um pequeno bolo, com três velas em cima. Sua forma ordenada e calma de caminhar, era engraçada. Havia tantas coisas para observar, enquanto minha mente só era capaz de ver esse detalhe. Ele cantava “Feliz aniversário” juntamente com as fãs, enquanto vinha em minha direção. Ao chegar em mim, seu sorriso era largo e brilhante, como todas as vezes na qual ele estava muito feliz.

—  Faça um pedido. —  Ele olhou para meu rosto rapidamente, abaixando sua cabeça para os lumes que brilhavam acima de suas mãos.

Eu desejo ser, daqui para frente, mais feliz do que estou sendo hoje.

Eu apaguei as velas e minha mãe correu para retirar o bolo do P’. Ela me abraçou e eu não tinha palavras para descrever o que estava sentindo naquele momento. Apesar de meu pai não poder estar aqui por causa da empresa, eu tinha minha mãe, as meninas que gostam de mim e do meu trabalho, o diretor que me deu a chance de atuar e, claro, P’Saint, que realmente foi uma surpresa inesperada. Eu estava extremamente eufórico hoje. Realmente, agora, não queria sair dos braços da minha mãe.

P’New fez sinal para abrirem as cortinas e, a partir de então, eu pude ver tudo mais claramente. Eu agradeci a todos, incluindo meu P’. Obviamente eu teria tempo com ele depois disso. Por isso, estava ponderando muito bem antes de qualquer ação. Sei que, provavelmente, logo as fãs irão pedir por alguma interação entre nós e eu terei a chance de me aproximar dele, nem que seja para agradecê-lo.

Mas antes de agirmos como nossos personagens, o diretor lembrou que as garotas poderiam fazer algumas perguntas, tanto para mim quanto para o P’. Eu já esperava por isso e, antes, achava que seria o pior momento, visto que eu estaria sozinho. Mas agora, eu estava tranquilo por saber que P’Saint estava ao meu lado e que, com certeza, ele me ajudaria com elas. Quando o diretor assentiu que se iniciassem as questões, ele mesmo foi responsável por escolher quem falaria.

—  Meninos… eu ouvi que vocês não se conheciam antes, certo? —  Nós concordamos. — E como foi que fizeram para se tornarem tão próximos? —  Ouch. Meu ponto fraco. Eu já iria iniciar essa conversa passando a palavra para P’Saint. Eu olhei para ele e vi que o homem parado ao meu lado já havia entendido.

—  Na verdade, não foi uma tarefa fácil. E nem está concluída. Nong e eu tivemos árduos dias juntos. No começo, nós achávamos que não tínhamos nada em comum, inclusive brigamos algumas vezes. Atualmente, ainda temos muitas barreiras pessoais para superar, mas seguimos constantemente melhorando.

—  Sim. Isso é verdade. —  Eu só conseguia concordar. As meninas gritavam como doidas. As vezes, eu achava que não seríamos capazes de continuar a falar.

—  Mas vocês brigaram por quê? —  A curiosidade matou o gato. Mas nesse caso, quem vai morrer sou eu. Como eu vou responder sobre isso?

—  Eu estava estressado, não é P’? A culpa foi minha. —  Eu logo me pronunciei. Certo, eu confesso que o remorso tenha sido meu. Nunca neguei isso e nem deixei meu colega falar sobre. Era somente porque eu não queria deixar que ele remoesse esse assunto.

—  Uau… Isso aconteceu há quase dois meses e só agora eu posso falar sobre isso. —  Meu colega riu. As garotas sentadas no chão também, mas elas não entenderam muito, pelas suas caras. —  Parte da culpa foi minha. Eu sempre sou muito bobo e brincalhão. Mas em algumas das vezes, eu posso irritar as pessoas com esse costume. Talvez eu tenha me passado nas brincadeiras. Talvez eu tenha te magoado, Nong. E, na verdade… Desde aquele dia, eu tenho tido vontade de me desculpar. Na verdade, de agradecer também. Obrigado por ter tentado me entender.

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