(Estou de volta. Desde já, peço desculpas por esse capítulo. Acreditem, foi muito doloroso para mim escrevê-lo. Sem mais delongas, boa leitura!)
Pov Saint
Eu deveria ter suspeitado que havia algo extremamente errado quando o Nong começou a realmente se afastar de mim. Mesmo depois de conversarmos, ainda nos distanciamos mais e mais. Não havia explicações. Tudo que eu sabia era que o gerente dele estava nos impedindo de termos contato.
Houve diversos eventos que não podíamos nem mesmo nos mantermos próximos, e era motivo suficiente para que eu meramente pudesse vê-lo. Começamos a nos separar lentamente. Isso era doloroso, era um pedaço de mim que estava sendo arrancado com dificuldade. Mesmo que eu evitasse demonstrar meus sentimentos mais profundos, eles estavam ali, cortando minha garganta, prontos para sair.
Mas eu não deixaria isso acontecer. Não iria criticá-lo.
O maior problema foi as coisas que começaram a ficar bagunçadas. Depois do final das gravações, quando a série finalmente começou a ser exibida, foram nossos últimos contatos diretos. Eu sabia que o homem estava rastreando os passos de N’Perth, mas ele começou a passar dos limites. O final de semana que conseguimos nos falar acabou sendo decisivo.
— Pi? — Foi a ligação dele que me acordou em meio a madrugada.
— Oi. Como conseguiu me ligar? — Fazia tanto tempo que não falava com ele dessa forma, com sua voz tão serena que até me surpreendi com a ligação.
— Eu estou em casa. Há tantas coisas que eu queria te falar. Tem muita coisa acontecendo e eu realmente não sei como resolver isso. — Os seus suspiros do outro lado da linha se tornaram constantes. Em minha cabeça, não passava muito o que eu pudesse responder. É claro que eu queria ajudar. Mas eu não era capaz de entender.
— Você pode falar comigo. — O que mais eu poderia dizer? Minha mente estava em turbilhão, não era capaz de pensar direito.
— Eu quero te ver. — A frase soou como um soco no meu estômago.
— Bom, eu entendo. Mas nós nem conseguimos conversar por telefone. Isso é praticamente um pedido impossível. — Imagino que tenha saído um alto nível de apontamento nessa frase, como se eu estivesse reclamando por algo.
— Me desculpe, Pi. Eu sei que você não tem culpa disso. É como se eu tivesse te arrastando pra minha vida complicada. — Agora estou preocupado. O que ele quer dizer com isso?
— N’Perth… O que aconteceu? — Ele suspirava fortemente mas não falava nada. Cheguei a achar que ele estava prestes a chorar, mas duvidei. Eu jamais presenciei isso, por que aconteceria agora? A questão é que eu odeio sentir que não sei de algo.
— Eu… eu apenas não sei o que fazer. Pi, eu estou me sentindo perdido. Não sei como interferir em nada do que está acontecendo ou vai acontecer. Não tenho autonomia para decidir por mim, dizer que não quero, que não gosto. Simplesmente isso me desespera e me deixa totalmente desnorteado. — Suas palavras foram despejadas como chuva de verão, rápidas e violentas. A voz dele estava embargada e eu pude sentir que ele estava realmente desesperado.
— Escute. Você precisa me dizer o que está acontecendo. Eu quero te entender, poder te ajudar. Mas eu definitivamente não sei como. Você só me dá meias palavras, frases incompletas. Eu não consigo assimilar nada do que estás falando.
— Você tem razão. Apenas… não sei como explicar. E com certeza não tenho ideia do que vai acontecer a partir de amanhã. Mas eu sinto sua falta. E se qualquer coisa acontecer, quero que saiba que… eu… eu… eu te amo, Pi. E vou dar tudo de mim para proteger você. — De mil coisas que eu esperava ouvir, essa declaração era a última. — Você foi tanto para mim nos últimos meses. Eu nem sei o que teria feito se fosse outra pessoa em seu lugar.
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It's Probably Love
FanfictionVocê nunca sabe quando sua vida estará prestes a mudar, ou quanto alguém se tornará a mudança em sua vida. Dois homens com personalidades completamente distintas se encontram em uma situação que pode mudar todo o seu futuro, sendo obrigados a trabal...