CAPÍTULO: 22 √

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31.1.19 Hoje



LOS ANGELES


A cidade parecia um grande caldeirão fervente recebendo os vários artistas nacionais e internacionais que chegavam para a premiação do Grammy, junto deles uma orla de incontáveis assessores, empresários repórteres fãs e curiosos. O
Staples Center estava reservado para quinze mil pessoas e todo um esquema dentro do local fora feito como se o próprio presidente americano estivesse ali.

O tapete vermelho estendido por quase vinte metros seria palco do desfile de moda que aconteceria ali naquela noite; Alguns artistas mais contidos outros mais extravagantes, mas todos com o mesmo propósito: Se exibir para as mais de duzentas câmeras que estariam voltadas a eles disputando um lugar ao lado do cordão de segurança.

Todos queriam tirar uma foto exclusiva ou arrancar algumas palavras das pessoas que realmente importavam naquela noite: Quem sabia fazer musica e quem sabia dar vida a elas com suas interpretações. Normani já havia se reunido com os outros jornalistas desde as quatro da tarde.

Diferente dos outros repórteres sua função era anunciar quem estava chegando, o que estava usando e com quem estava acompanhado e quantas indicações possuía. A lista em suas mãos parecia um bíblia e no alto do novo testamento estava Dinah com oito indicações e chances reais de levar todos os prêmios.

Não teria como evitar vê-la já que ela era a celebridade mais aguardada da noite. Além de apresentar uma categoria Dinah faria o show principal que girava em torno de muito mistério: A produção da sua turnê dizia que era um show retirado das suas apresentações e os assessores diziam que era algo totalmente novo.

As sete da noite Limusines, Lamborginis e Ferraris começaram a desfilar pela entrada do prédio e dentro deles vários artistas ostentando diamantes, esmeraldas, Valentinos e Galeanos: Esse era o mundo do glamour, um grupo de menos de mil pessoas com a receita de um pais sub-desenvolvido.

Por mais que não gostasse desse tipo de evento, Normani tinha que admitir que estava se divertindo. Como não teria que entrevistar ninguém ria da forma como seus colegas de profissão tentavam de todas as maneiras arrancar alguma palavra de algum cantor ou produtor. Tentavam gritar mais alto que os fãs histéricos que fechavam a avenida de principal acesso do estádio.

A maioria no meio da noite já estaria sem voz. Normani foi chamada pelo seu diretor que acompanhava a equipe para fazer uma entrada ao vivo no programa: Seria justamente para anunciar a chegada de Dinah. Enquanto falava exibindo sorrisos e simpatia viu quando a limusine branca parou no meio-fio da rua e o motorista desceu dando a volta por detrás do carro se posicionando para abrir a porta.

Dinah olhava através do vidro escuro as pessoas que esperavam para vê-la. Dentre as dezenas de repórteres presentes sabia que Anahí estava entre eles, mas seria difícil encontrá-la. Mesmo com a porta ainda fechada os flashes estouravam. Colocou o chapéu Coco, ensaiou um sorriso e se adiantou para a saída do carro.

Dinah Jane parecia uma visão: A nova diva da musica, apontada por todos como a sucessora da coroa do pop não deixava a desejar: Tudo o que se referia a ela era grandioso, brilhante e inalcançável.

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