CAPÍTULO: 66 ✓

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SANTA BÁRBARA - CALIFÓRNIA




Dinah entrou em sua casa em Santa Bárbara de cabeça baixa sem nada a dizer. Olhou para George e kaena que a esperavam na sala e depois de uma troca de olhares subiu para seu quarto. John havia ligado do Brasil informando tudo o que acontecera durante a curta estadia no país e a declaração de Normani.

Ainda custavam a acreditar que a jornalista tinha agido de tal forma ignorando os sentimentos da cantora que estava desolada, mas naquele momento não tinham nada a fazer a não ser tentar e todas as formas confortar a garota. O quarto estava imaculado, arrumado com aprumo.

Andando de um lado para o outro, Dinah não sabia o que fazer para tentar acalmar a turbulência que passava por sua mente e seu coração. Amava Normani com todas as forças e não suportava a ideia de tê-la perdido, mas tivera seu orgulho ferido e demoraria a ser cicatrizado.

Se jogou na cama em posição fetal deixando uma lagrima escapar enquanto jurava a si mesma que não iria sofrer por ela, se a jornalista já tinha feito sua escolha também estava pronta para fazer a sua. Acordou com John que batia na porta trazendo uma bandeja com alguma comida e só então notou que a noite já havia caído.
Se arrastou até a porta para ver o amigo que a olhava com uma ruga de preocupação.

 - Você está melhor? – Perguntou depositando a bandeja encima da mesa de café.

 - Eu vou ficar bem, John. Só preciso me acostumar com a ideia. – Respondeu se jogando em uma poltrona.

 - Dinah ela vai te procurar… Vai te explicar o que está acontecendo…

 - Eu sei o que esta acontecendo. Ela não teve coragem de assumir um relacionamento em publico. Não teve coragem de se assumir…

 - Mas ela tem uma filha adolescente e você viu como a menina estava com ela…

- Não explica John. Nada explica. Eu jamais pedi pra ela se afastar da filha ou de qualquer outra coisa. Só do Afonso…  

 - Só que a Angel não quer que vocês fiquem juntas.

- Até que ponto pode se sacrificar a própria vida pela felicidade de um filho? Se ela não tivesse voltado atrás, a menina teria que se acostumar com a ideia de que a mãe dela namora comigo, mas a mimadinha não pode sofrer nem por um segundo… Não pode ser contrariada…

- Você faria a mesma coisa por um filho.

 - Não faria por que eu estaria o tornando um fraco. Eu não tenho filhos John, mas se um dia eu tiver eles vão ter de tudo o que eles imaginarem, mas pra isso vão aprender a dar valor primeiro. Vão ter que aprender que sempre se conquista uma coisa positiva e não se impõe na base do grito.

 - É diferente na pratica.

 - Não. Não é… Não quando você tem uma opinião formada.

- O que você está pensando em fazer?

 - Eu ainda estou meio confusa com tudo isso. Eu estou decepcionada pela forma como ela agiu. Pensei que significasse mais pra ela. O George ainda está aqui?

 - Sim. Vai passar a noite no quarto de hospedes…

- Daqui a dez minutos eu vou descer. Pede pra ele e a kaena me encontrarem no salão de jogos.

 - ok. Dinah viu John desaparecer do quarto e entrou no banheiro para lavar o rosto.

As olheiras eram bem profundas e seu estado deplorável. Não queria chorar por alguém que não tinha lutado por ela, estava acostumada com o fato de que nunca poderia amar sem medo de se entregar por ser quem era, mas Normani  havia dissipado esse seu medo, tinha mostrado que alguém ainda era capaz de ver a Jane por baixo da Dinah, mas de uma maneira brusca tinha arrancado todas essas certezas do seu coração.

Não iria se sacrificar por mais ninguém. Saiu do quarto em direção ao salão de jogos e o silencio que reinava na casa era mórbido. Entrou no lugar e encontrou o trio sentado no balcão do pequeno bar e se servindo de uma dose de scoth Arrumou a mesa de bilhar para uma partida com George.

•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸• ✓ ᘜᒪᗩᗰOᑌᖇ  📷Onde histórias criam vida. Descubra agora