Capítulo 48

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RUGGERO

Por mais que a morte do meu pai tenha sido culpa dele mesmo, ele ainda era meu pai, e doeu ver ele ser baleado na minha frente. Mas naquele momento o mais importante era a vida da Karol e do meu filho.

Peguei ela em meus braços e desci as escadas o mais rápido pude indo em direção ao estacionamento. No caminho consegui ver os olhares assustados de todos presentes.

Valu e Carolina vieram atrás de mim ver o que havia acontecido.

- Por favor, alguém precisa ir no apartamento e buscar as malas da Karol e do bebê, vou pro Hospital Otamendi, me encontrem lá!

Entreguei as chaves de casa para elas e ajeitei Karol no banco do carona. Entrei em seguida e fui a caminho do hospital. Ela ainda estava inconciente, o que me deixava cada vez mais nervoso.

Estacionei o carro na frente da maternidade e gritei por ajuda. Logo dois enfermeiro vieram até mim.

- Qual o nome dela?

- É Karol, Karol Cisneros... - Respondi enquanto a colocavam na maca.

- Sabe dizer o tempo gestacional?

- 36 semanas completa... por favor ajudem ela...

- Faremos o possível senhor!

Entraram com ela e me pediram para esperar do lado de fora. Me sentei na sala de espera e me pus a chorar.

Depois de algum tempo, chegaram Mike, Lina , Valen, a mãe e a tia da Karol. Minha mãe, precisou ficar para resolver a questão do corpo do meu pai e Agus ficou também para prestar depoimento já que tudo infelizmente aconteceu na casa dele.

Horas se passaram sem que tivessemos notícias do que estava acontecendo la dentro. O silencio reinava onde estavamos. Era como se cada palavra pudesse afetar os dois de alguma forma. Mais meia hora se passou até que um médico apareceu e nos chamou para conversar.

- A senhorita Cisneros esta estável agora e já esta consciente. Apesar dela estar apenas com 36 semanas, o bebê de vocês esta pronto pra vir ao mundo, o saco gestacional já rompeu e ela já está com dilatação, mas devido ao stresse ela esta com a pressão alta e com risco de pré-eclâmpsia, então não poderá ser feito o parto normal. Estamos aprontando-a para a cesárea. Ela pediu que o Ruggero a acompanhasse, preciso apenas saber quem é.

- Sou eu! Sou o pai do bebê...

- Certo, a enfermeira vai lhe acompanhar para trocar de roupa. Lhe aguardamos no centro cirurgico.

Acompanhei a moça onde ela me indicou e troquei roupa que esta por uma esterelizada própria para o ambiente que iríamos entrar.

Segui novamente ela até o centro cirurgico e quando passamos pela porta, Karol já estava lá, ligada A diversos aparelhos. Me aproximei dela e assim que me viu abriu um sorriso.

- Oi - Ela disse com a voz fraca.

- Oi meu amor.

Sentei ao lado dela e segurei sua mão, levanto até meus lábios e a beijando.

- Como você esta?

- Preocupado - Respondi - Vocês estando bem, eu também vou ficar bem.

- Prontos? - Perguntou o médico entrando na sala.

Assentimos, e ele deu início ao procedimento. A anestesia era local então a Karol permaneceu acordada todo o tempo. Durante os 40 minutos fiquei segurando sua mão e demonstrando todo o apoio que ela precisava.

O primeiro choro do bebê foi escutado. Karol e eu nos olhamos e começamos a chorar juntos. Uma enfermeira colocou ele nos braços da mãe ainda sujo para que desse a primeira mamada. Ele era lindo. Nasceu com 49cm e 2,840kg. Segurei a pequena mãozinha enquanto ele sugava com vontade o leite materno.

- Ele é tão pequenino - Falei ainda emocionado.

- Nosso pequeno e lindo Lucca - Falou Karol.

A olhei incrédulo com o que acabara de ouvir.

- Ta falando sério? Tem certeza disso? - Perguntei.

- Sim! Certeza absoluta!

- Eu amo vocês!

Dei um beijo no topo da cabeça dela e Lucca apertou o meu dedo. Tão novo e já com ciúme da mãe.

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Aaaah chorem comigo!
Só falta um capítulo para o final 😭😭

Escolhida para Amar  - RuggarolOnde histórias criam vida. Descubra agora