Escolhida para Amar - Ruggarol

Capítulo 29

Kah estava prestes a responder quando ouviu alguém gritando seu nome.

- Karol! - Valentina chamou novamente chegando mais perto - Ainda bem que você ta aqui… O Gary quer você na sala dele agora e ta que nem louco te chamando!

- Mas eu ainda to no meu horário de almoço! O que ele quer? - Perguntou Karol.

- Eu não sei mas ele não ta com uma cara boa…

- Ta... diz pra ele que já vou…

- Eu não vou dizer nada, vamos logo depois vocês se falam! - Valu foi puxando Karol pela mão

- Espera! - Disse Rugge abrindo o carro e pegando as flores que tinha ficado la dentro - Você esqueceu isso

- Obrigada! - Disse Kah pegando o que lhe era alcançado.

Rugge aproveitou e deu beijo no rosto dela pra se despedir.

- Te espero a noite na minha casa pra saber a resposta - Falou no ouvido de Karol.

Ela apenas deu um sorriso como resposta e entrou correndo atrá de valentina.

Pra não causar mais complicações foi até a sala de Gary ver o que de tão urgente ele queria. Como a porta ja estava aberta ele mal a viu e já mandou que ela entrasse e se sentasse.

- O que você esta tendo com o Sr. Pasquarelli? - Garry foi direto.

- Do que você esta falando? - Karol perguntou confusa.

- Você acha mesmo que eu não fiquei sabendo do circo aí fora? Aliás belas flores! - apontou para o buquê em seus braços.

- Eu não to entendendo onde você quer chegar com isso Gary! Não sei desde quando minha vida particular lhe diz respeito!

- Me diz respeito desde que você esteja se envolvendo com um cliente cujo contrato existe uma clausula onde é expressamente proíbido qualquer relacionamento além do profissional. Exigida aliás pelo próprio cliente, onde fala que caso não seja cumprida a agência devera para multa recisória.

- Eu e o senhor Pasquarelli não temos nada além do profissional Gary! - Falou Karol com os olhos marejados - Ele apenas me trouxe flores como forma de gentileza e o resto não foi nada além de atuação, porque ele ficou com medo que o pai o estivesse vigiando - Mentiu - Se me der licença eu tenho alguns contratos que você me deu pra assinar.

- Claro! Apenas lembre-se Sevilla... Se a agência perder dinheiro por causa da sua falta de profissionalismo, você esta na rua!

Karol apenas concordou com a cabeça e saiu dalí. Foi rapidamente para uma sala onde sabia que não teria ninguém. Jogou as flores em uma lixeira e chorou silenciosamente. Não podia acreditar que tinha se deixado levar por alguém que só estava a usando para tirar dinheiro da agência.

- Eu sou uma estúpida mesmo!- Falou, deixando as lágtimas rolarem livremente.

                           ***

Ao final do dia, Rugge chegou em casa cansado e por sorte não viu rastros de Candelária. Subiu direto para o quarto, tomou um banho demorado e se arrumou todo esperando que Karol Chegasse. Era impossível negar que em pouco tempo ela havia conseguido o que nenhuma outra garota foi capaz, fazer ele se apaixonar. Mas aquilo não era surpresa nenhuma, afinal Karol também não era igual as outras garotas. Aquele seu jeito de impor opniões e não aceitar desaforo de ninguém o deixava louco! Como podia uma pessoa tão pequena ter tanta personalidade acumulada? Deu um sorriso bobo ao pensar nela e voltou a se arrumar.

Já passava da onze da noite e Karol não havia chegado ainda. Rugge tentou ligar varias vezes mas ela não atendia e também não respondeu nenhuma de suas mensagens. Quando falou com Michael pelo telefone o mesmo disse que Valentina estava com ele e que até onde ela sabia Karol tinha ido pra casa. Não aguentando mais de preocupação, Ruggero pegou as chaves do carro e saiu porta a fora  pra ir atrás dela. Sabia que alguma coisa havia acontecido para ela não ter ido até a casa dele, mas não ia ficar ali parado esperando por notícias.

Durante todo o caminho ficou repassando em sua cabeça todos os ultimos acontecimentos, tentando se lembrar o que poderia ter feito para ela o tratar desse jeito. Não que eles tivessem alguma coisa concreta, mas dele praticamente ter se declarado pra ela e ter pedido ela em namoro, o mínimo que ela poderia ter feito era ter lhe avisado que não iria.

Estacionou o carro do outro lado da rua na frente do prédio em que ela morava e desceu apressado. O porteiro não queria o deixar subir sem avisa-la, e ele foi obrigado a molhar a mão do mesmo para conseguir entrar. Não queria correr o risco dela não o deixar subir.

Quando Karol abriu a porta ele pode perceber a cara de surpresa dela ao vê-lo ali parado, assim como também reparou nos olhos vermelhos dela, expondo que ela havia chorado recentemente.