Esmeralda Carvalho e Castro vem de uma das famílias mais importantes do Rio de Janeiro, herdeira de uma Construtora, é a quarta filha de cinco irmãs, todas mulheres, com as mais diferentes personalidades e características, mas ainda sim uma família...
Estava em um congresso importante em Portugal quando a vi pela primeira vez. A mulher mais linda que já pus os meus olhos, ela tinha uma pele clarinha, cabelos dourados levemente ondulados, era alta e longilínea, tinha enormes olhos verdes e um rostinho de boneca, parecia mais que era uma miragem, um holograma de computador planejado para ser perfeita, um verdadeiro anjo, inalcançável.
Avistei-a no primeiro dia do evento, mas ela não percebeu a minha presença, tampouco olhava pra qualquer pessoa que não estivesse palestrando. Ela era séria e compenetrada, fiquei intrigado com o fato de que ela aparenta ser bem nova, talvez uns dezessete ou dezoito, e mesmo assim acompanhava tudo como se fosse da área a anos. Provavelmente era uma das estudantes da instituição onde estava ocorrendo o evento, provavelmente uma caloura.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu não cheguei nem perto dela, mas não conseguia me concentrar muito no que estava sendo dito, tudo o que eu conseguia pensar era nessa mulher com rosto de boneca, olhar doce e compenetrado. Aparentemente ela era o tipo de menina que pouco olhava pros lados, prestava a sua atenção apenas ao que realmente lhe interessava e isso só atiçou mais o meu desejo.
Ela tinha a face de um anjo, mas meus pensamentos nela não eram os mais puros, eu sempre tinha sido um homem controlado, que não deixa o seu corpo ou o seu pau comandar a sua vida, mas ali o meu tesão por ela me fez eu ficar duro pra ela e cego pela sua beleza. Não estava gostando nem um pouco dos rumos que as coisas estavam tomando, sempre fui um homem controlado e pela primeira vez algo me tirava dos prumos. Algo não, alguém!
Na tarde do terceiro dia o anjo finalmente me surpreendeu lhe admirando, sustentei seu olhar desorientado, ela parecia frágil e quebradiça, como se tivesse perdida. Vi que assim que ela se deu conta de mim a observando ela corou de uma maneira adorável, nunca tinha imaginado que uma mulher, em pleno século vinte e um, ainda corasse daquele jeito, e ela o fez, o que a tornou ainda mais desejável aos meus olhos já hipnotizados.
Ao final do evento eu pensei em chegar junto dela e finalmente me apresentar, ela já tinha me visto mesmo. Contudo, ao procurar por ela entre os participantes que tinham ido pro coquetel, percebi que ela não estava em lugar nenhum, meu anjo tinha sumido da mesma forma que apareceu, sem mais e nem menos.
No dia seguinte eu voltei pro brasil, minhas férias estavam chegando ao fim e eu deveria voltar pro trabalho, então assim o fiz. Dez dias se passaram desde aquela tarde, mas as suas lembranças em minha memória ainda eram vivas, como pode uma garota que mal me viu de longe ter deixado tal impressão em mim? Como pode eu, um homem de quase trinta anos me encantar por uma menina assim, desse jeito?
Eu não tinha nenhuma explicação plausível para isso!
A minha rotina do hospital voltou ao normal dois dias depois que cheguei no Brasil, estava me sentindo meio entediado, mas aquilo muda sempre que as turmas de orientação passam a vir pro hospital. Esse será o terceiro período em que eu trabalho com ele e gosto muito desse ambiente acadêmico, quem sabe no futuro eu não venha a encarar uma sala de aula.
