Esmeralda Carvalho e Castro vem de uma das famílias mais importantes do Rio de Janeiro, herdeira de uma Construtora, é a quarta filha de cinco irmãs, todas mulheres, com as mais diferentes personalidades e características, mas ainda sim uma família...
Já fazia mais de um mês que saímos juntos, Esmeralda era a luz dos meus dias, a mais meiga e especial. A única coisa que me incomodava era o fato de que escondíamos que estamos juntos no HUGG. Sei que lá é meu local de trabalho, mas mesmo assim me deixa tenso todos aqueles estagiários e os residentes a observando como lobos atrás da caça.
Apesar de ser linda e tudo mais, minha menina não percebe muito todos aqueles olhares que tem sobre ela, não percebe o quanto encanta com seu corpo lindo, seu rosto angelical e seu jeitinho doce. Um verdadeiro anjo.
A verdade é que eu queria pedi-la em namoro como se deve, pois até então nunca tocamos no assunto, além do mais, queria que minha mãe a conhecesse de vez e que todos tanto no Hospital quanto na faculdade soubesse que ela é minha. Eu sei que parece meio possessivo dizer isso, mas essa situação de esconder que temos algo enquanto estamos aqui é incomoda, ficar nos escondendo entre os corredores quando queremos nos ver é algo chato.
E ainda tinha a sombra do ex-namorado dela, não sabia se ela ainda sentia algo por ele, nunca mais tínhamos conversado sobre isso, mas a verdade é que tenho receio de que em meio aos seus olhos verdes ela me esconda que por mais que esteja bem ao meu lado, ainda o ame. É estranho sentir esse medo, nunca tinha gostado de nenhuma outra mulher quanto eu gosto do meu anjo, e pensar que poderia perder ela me dava um medo dos infernos.
Estava terminando uns relatórios quando a minha secretária me interfonou dizendo que a minha mãe estava me chamando na direção do hospital, então apenas fechei minhas pastas e fui até a sua sala. Minha mãe era a diretora do hospital há sete anos, cuidava de tudo com mãos de ferro, aqui dentro ela nem parecia a minha amorosa mãe. Nunca pensei que seria assim.
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- Mandou me chamar, dra. Botelho? - perguntei assim que a sua secretária me deixou entrar na sua sala.
- Entre - minha mãe tinha a expressão dura em seu rosto. - O que diabos você está pensando que está fazendo? - ela perguntou séria.
- Eu estava fazendo relatórios - dei de ombros, não entendendo a que a minha mãe estava se referindo.
- Ao que estou me referindo? - ela levantou-se rapidamente e vi que ela estava com uma raiva grande. - Ao fato de você estar se relacionando com uma das alunas em troca de notas!
- Quem lhe disse isso? - fiquei gelado com sua declaração.
- Alguém que se preocupa com você e com o bom nome deste hospital! - ela disse escondendo a identidade da pessoa que me delatou. - Em um primeiro momento eu achei que era mentira, não podia ser verdade que meu próprio filho estivesse fazendo algo desse tipo embaixo dos meus olhos, mas pela sua reação isso realmente é verdade!
- A senhora quer a verdade, pois bem... - olhei em seus olhos, sempre tive uma conexão grande com a minha mãe, nunca menti pra ela e olhar seriamente em seus olhos era como demonstrar que não começaria agora. - Eu estou namorando com uma moça, que coincidentemente é uma das estagiárias.
