CAPÍTULO VIII

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 - Amigos!

- Amigos! - ele aceitou meu aperto de mãos com o sorriso ainda maior do que antes, senti meu estomago se revirar como se tivessem borboletas dentro dele, senti uma coisa boa, que me aqueceu por dentro.

Meu medo de que ele passasse a me perseguir assim que eu desse um fora nele, mas isso não se concretizou. Na verdade, Arthur, como ele me pediu para chamá-lo, se tornou uma companhia agradável em meio aos alunos que ele orientava, todos o tratavam pelo primeiro nome e sempre que estávamos em um momento mais leve dentro do hospital ele era irreverente e amigável com todos, principalmente comigo.

Passei a gostar da sua companhia nas horas em que eu passava no estágio do hospital, era reconfortante estar em sua presença e aprender com ele, ao contrário de muitos professores que são arrogantes e se sentem superiores aos alunos, ele é fácil de lidar, gentil e educado. Gostava cada vez mais de ser amiga dele.

Quanto ao Marcelo, estávamos cada dia mais próximos, às vezes rolava uns olhares e uns beijinhos, mas não estávamos indo além de alguns amassos, por mais que gostasse muito dele, não queria me sentir o lixo que eu me senti logo depois que transamos naquele dia da festa, ficava assombrada só de pensar que isso poderia acontecer e novamente ele me dizer aquelas palavras que me atormentaram por dias.

Ele não tocava na palavra namoro e eu não deixava ele me tocar tão intimamente mais, na hora certa voltaríamos a fazer amor, mas neste momento, em que estamos nos redescobrindo, é melhor manter isso apenas na maneira mais namoro do colegial possível. O engraçado é que estou gostando disso, de me sentir a menina que era ao seu lado logo que começamos a namorar, me sentir aquela menina livre, mesmo que a sombra da tal Isabella Müller ainda pairasse sobre nós dois. É... Eu tinha descobrido até o nome da fulana.

- Você está me deixando doido! - Marcelo disse contra o meu pescoço enquanto mordia a minha orelha. - Tão linda e cheirosa...

- Eu preciso ir pra casa, Celo... - gemi quando suas mãos tentaram adentrar a minha blusa, mas neste momento o meu celular tocou.

 - gemi quando suas mãos tentaram adentrar a minha blusa, mas neste momento o meu celular tocou

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- Droga! - ele choramingou então beijou o meu ombro.

- É a minha mãe... - falei assim que vi o nome dela no visor. - Olá mamãe!

- Olá querida! - ela disse com a voz abafada pelo fone do celular. - Você vai demorar muito a vir para casa?

- Eu chego em menos de quinze minutos, mamãe! - falei quando Marcelo tirou as mãos de mim e apoiou sua cabeça no volante. - Algum problema?

- Não! - ela disse com uma nota de sorriso na voz. - Seu pai que fechou um negócio bom e está querendo comemorar com um jantar em família.

- Sendo assim, daqui a pouco eu chego em casa - falei já ajeitando a minha blusa de volta no lugar. - Tchau!

- Tchau, minha princesa! - ela desligou.

- Não acredito! - Marcelo sussurrou pra mim me olhando com um olhar maroto. - Sei que posso te convencer a faltar a esse jantar... - beijou meu ombro.

Esmeralda - Série Preciosas - Livro 01Onde histórias criam vida. Descubra agora