Capítulo 5

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     Caminha rio acima era deveras exaustiva. Não sabia quantas vezes já tinha parado pra beber água já que o Sol não dava tregua.
  
     Subi o rio mais alguns metros até ouvir o chão estralar sobre meus pés. Olhei pra baixo e tentei correr mas antes te dar o primeiro passo tudo desabou. Caí de aproximadamente uns 4 a 5 metro torcendo meu tornozelo esquerdo na queda.
   
    Olhei para cima e vi que não conseguiria subir lá encima de novo, não com a perna daquele jeito pelomenos. Teria de seguir em frente e torcer para que a caverna tivesse alguma saida.
   
   Podia seguir para frente ou para trás. Ambos os lados em breu absoluto.

-venite ad me iuvenes veneficus

    Houvi uma vós ao longe dizer. Era velia e parecia cançada. Mas eu sabia o que significava. Ela estava me chamando. O Latin a linguagem usada em nossos feitiços era nos encinadas desde criança, embora feitiços em si só eram encinados depois da invocação. Eu até podia tertar criar algum feitiço mas sempre foi nos encinado a não fazê-lo. Feitiços já exisstentes seguiam uma ordem complexa pre-existente. Era tão difícil um feitiço novo dar certoque era mais seguro apenas aprender os que já existem.
  
    Segui em direção a voz. Não sabia exatamente quem ou o que era, mas eu não tinha pra onde ir e se ele tentasse me matar não faria tanta diferença de vagar por aqui por dias até morrer desidratado ou de fome.
  
    Caminhei por cerca de 2 horas até avistar uma luz. De início achei que fosse a saida, mas quando cheguei mais perto pude perseber que era uma tocha acesa. Parei em uma bifurcação onde vi dois caminhos um de onde a pessoa estava vindo e o outro para onde ia. Segui a direita já que a o óleo das tochas esva menos queimado nelas. Estava determinado a achar quem quer que seja, talvez me ajudasse ou me matasse, mas algo em mim sentia que valia o risco. Talvez depois de tudo eu tenha ficado mais corajoso ou impulsivo, talvez louco.
  
   Segui uns 500 metros pra frente até houvir vozes, pareciam dois homens discutindo.

- Pegue logo a porcaria do livro e vamos embora.

- Não vou tocar em um grimorio das sombras, principalmente um amaldiçoado.

- Não seja idiota esse livro esta aí a séculos, que quer que tenha lançado a maldição não esta mais vivo para sustentar o feitiço. Se houver algo, será apenas um resquício do antigo feitiço. Lance um contra feitiço pegue essa merda e vamos embora logo.

- Tudo bem. Mas se eu morrer eu juro que saio do inferno pra te matar.

     Me aproximei mais um poucopodendo ver direito que acontecia. Um deles era alto cabelos negros curto, pele alva, não conseguia ver seu rosto daqui para poder ver os olhos. Já o outro era um pouco mais baixo, pele morena, seu cabelo era um pouco longo e podia se ver um enorme cicatriz que começava na bochecha indo até um pouco acima do olho.

- omnis qui ceciderit defensiones cum daemonibus inita potentiae et auferes spell

    Disse o homem negro apontando para um livro que estava cravado em um pedestal de pedra entre eles. Uma luz braca saiu de suas mãos indo até o livro que parecia absorver todo o feitiço.

- Deu certo?- Perguntou o homem alvo.

- Acho que sim.

- Então pegue logo!

- Não quero toca-lo, grimorios negris só podem ser tocados por bruxos negros e além do mais esse tem uma maldição que nem sei se consegui retirar.

- Quer achar um bruxo negro pra pegar idiota? Não existem mais bruxos desse tipo a um século. São todos mortos assim que despertão sua magia. Além do mais você sabe que feitiços negros são bem mais poderosos, os feitiços nesse livro vão nos dar poder pra dominar o mundo.

- Tudo bem eu pego.

    O moreno se aproximou do pedestal e tentou arracar o livro de lá. De inicio nada aconteceu, até que um olho se abriu na capa do livro. As mãos do homem começaram a apodrecer até que seu corpo inteiro virasse um cadáver potridudo. Olhar aquilo revirou me estômago. O cheiro estava horrível.

- Merda! Ele não fez a porcaria do feitiço direito! Vou mostrar como se faz um feitiço.

- omnis qui ceciderit defensiones cum daemonibus inita potentiae et auferes spell- Gritou ele.

    Uma luz marrom saiu de sua mão. Ele era um geom(magia da terra). A luz se dirigiu ao livro que de novo absorveu tudo. Ele analisou seu trabalho por menos de 1 minuto e tocou o livro, fazendo com que aconteça o mesmo da outra vez.
  
    Assim que ele estava morto me aproximei do grimorio que quase que automaticamente se abriu. Suas paginas estam todas em branco. Ele começa a se folhiar sozinho até que para em uma pagina escrito:

sanguinem signacula paciscor

     Siguinifica: O sangue sela o pacto. Logo entendi o que tinha de fazer. Peguei uma pedra no chão forçando ela contra minha mão criando um corte doloroso. Me aproximei mais r deixei o sangue cair. Papai sempre dizia que pare se pegar o grimorio de uma pessoa era preciso duas coisas

1. O dono tem de estar morto.
2. O grimorio tem de querer ser seu.

    Assim que o livro absorveu meu sangue entendi que havia sido aceito. Mamãe me disse um vez que era bom quando eu tivesse meu próprio grimorio que eu lhe desse um nome para poder evocalo mesmo que esteja longe de mim.

- Nomino eclipsis et respondit ad me et non ad me.

     As palavras saltaram da minha boca sem que eu perceber. Então o livro se fecho e como se sua capa de couro fosse arranhado, o nome que lhe dei a apreceu:  eclipsim(eclipse).

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