Black magician

Capítulo 14

Jacob on:

     Estávamos na estrada a dois dias. Ninguém havia se aproximado de até agora, no inicio fiquei chateado, depois fiquei com raiva e sinceramente? Agora me sinto patético por querer a atenção de um dos pulguentos. Um "amigo" agora apenas atrapalharia meus planos, Luc é meu familiar e não concorda nem um pouco com que eu quero fazer, imagine só uma pessoa normal?

     Eu estava embaixo de uma árvore um pouco longe de todos, sinceramente eu esperava mais dos lobos, sempre achei que eles eram super enérgicos, porém eles tem se mostrado bastante preguiçosos. 

    Olhei em direção ao acampamento e vi Luc deitado com a cabeça no colo do príncipe enquanto recebia um cafune na cabeça. Aquela cena com certeza era fofa, mas não estava completa, ou melhor dizendo, certa. Luc ainda era uma raposa, eu vinha tentando vários feitiços desde que deixamos a caverna. Já havia perdido a conta de quantos animais tinham simplesmente explodido na minha cara ou virado coisas tão bisonhas que eu nem sonhava em saber o que eram.

    Parecia simplesmente impossível! Criar um corpo do zero é fácil, dar vida a ele é fácil, mas transformar esse corpo enquanto o mesmo está vivo tem sido um grande problema. Como manter a vida de algo enquanto eu o transformo em outra coisa? Talvez se eu criasse outro corpo para Luc e somente transferisse sua alma? Não, não queria que meu familiar perdesse as habilidades que tem. O ideal seria se ele em um momento fosse humano e em outro fosse raposa, talvez se ...

- Han, oi?- Fui interrompido de meus pensamentos por um dos pulguentos, ele parecia nervoso por estar falando comigo, o que ele queria?

- Oi-Disse ríspido sondando seu rosto, algo me tentava a entrar em sua mente e descobrir suas ambições.

- Me chamo Gabriel- Disse me estendendo a mão. Me pus a avalia-lo, era alto e forte, tinha os cabelos loiros e os olhos em um tom meio amarelado, intrigante. Sua pele é levemente broziada e sua voz rouca parecia um tanto quanto exitante. 

- Jacob- Disse pegando em sua mão, o que o fez parecer um pouco aliviado.

- Sabe, estive pensado se, sei lá não quer dar uma volta?- Ok, para o mundo que eu preciso descer! Ele está mesmo flertando comigo?

- Bem, claro, quer dizer pode ser, se se você quiser- Deus! Por que eu estava gaguejando?

- Bom então vamos, conheço essa floresta e sei que tem um rio aqui por perto.- Ele estendeu a mão pra mim e eu a segurei. Era quente, mas algo ali me incomodava, sua feição ao me tocar foi estranha. Era como se fosse um misto de medo, nojo e surpresa ao mesmo tempo.

    Andamos por uns 15 minutos floresta a dentro em completo silencio. Ele de hora em hora olhava para todos os cantos, como se tivesse medo de ser visto. O que esse pulguento esconde. Quando chegamos em frente ao rio, ele olhou pra mim e sussurrou algumas palavras. Um simbolo magico surgiu no chão. Um sigilo de silencio? Como ele fez isso.

- Quem é você? Ou melhor o que é você- Disse já me preparando para um ataque.

- Eu sou um anjo.- Disse abrindo as enormes asas brancas e conjurando um espada de luz. Como quilo era possível? Afinal era um anjo eu devia sentir sua presença, a não ser que ...

- Você não é um anjo.- Bradei simplista.

- O que? Como ousa?- Disse empunhando a espada.

- Não, não é. Não passa de uma cópia barata, um genérico.

- Cale a boca, eu sou um anjo.- Se lançou contra mim

-Ingemisco et intus hostem aeterna gehennae manibus tenere 

    Assim que lancei o feitiço, braços negros e viscosos, feitos de um liquido negro, surgiram do chão e o agarraram em pleno ar. Me aproximei e segurei seu rosto, indo até seu ouvido para sussurrar.

- Neflim. Por isso não senti sua presença. Você tem as asas, provavelmente a força e a velocidade de um anjo. Mas não tem o poder de um. O que resta saber agora é, o que quer comigo?

- Não vou falar nada a você.

- Não espero que fale, não por vontade própria pelo menos.

- E o que vai fazer? Me deixar louco?

- Não, loucos não são uteis. Eu vou brincar com você. Quando eu acabar, vai implorar pra me contar tudo.