Acordo contra minha vontade, com o despertador gritando ao meu lado:
- Droga - Sussuro para mim mesma, tentado achá-lo, tateando por tudo com a mão, quando finalmente encontro, eu o taco na parede e volto a deitar. - AAAA. - Grito com raiva, quando aquele barulho ensurdecedor volta, como ele não quebrou com a pancada? Uiiii. - AAAA. - Grito de raiva agora, por não conseguir desligá-lo.
Quando alguém abre com tudo a porta do quarto:
- Tudo bem? O que aconteceu? Tem alguém aqui? - Pergunta Thomas, aparentemente assustado, ele está no vão da porta, só com a calça do pijama, sem camisa, mas o que, que é isso, provocação? Só pode.
- Está tudo bem. - Eu digo, o acalmando e me concentrando em seu rosto, não em seu abdômen. - É só essa droga de despertador, que não desliga. - Ele relaxa os músculos, ao perceber que não havia ninguém no quarto e que estava tudo bem.
- Sério isso Kathe? - Ele abre um lindo sorriso sonolento e caminha lentamente até mim, pega o despertador de minhas mãos. - Já experimentou apertar o botão de desligar? - Questiona ele, apertando o botão vermelho, escrito em preto desligar. - Às vezes só socar o pobrezinho não ajuda. - Rimos do tamanho da minha burrice.
- Sabe...é que eu não penso direito de manhã, não antes do café. - Ele se aproxima e eu desvio. - Preciso de um banho, agora sai, e obrigada. - Digo, já intimando ele e rindo descontralavelmente, enquanto eu o empurrava porta a fora, detalhe, na sua própria casa.
- Mas... - Fecho a porta no mesmo momento em que ele abre a boca, aquela boca, concentra Kathe, banho, isso banho.
O pessoal combinou ontem, durante o jantar de ir na praia, mas eu estava tão aérea, que ficou tudo no ar, mas agora que o idiota voltou, decidi ir.
Meu banho é rápido, seco os cabelos, enrolo as pontas e me visto, e estou prontinha:
Coloquei o biquíni e uma camiseta branca, por baixo da minha jardineira, um chinelo e prontinha.
Eu amo nadar, estar em contato com a água, desde que me conheço por gente, seja praia ou piscina, me acalma, me sinto renovada, por isso nunca nego quando me convidam.
Meus pensamentos são interrompidos pelos gritos histéricos de Lili:
- CARAMBA, KATHE. - Ela entra no quarto, sem nem bater. - Como você dorme, estamos atrasados para a praia, graças a você e o príncipe encantado! - Diz ela, mais baixo dessa vez, graças a Deus, seus gritos me causam enxaqueca. - Ficaram fazendo o que ontem? Algo muito bom pelo visto. - Questiona rindo, com uma das sobrancelhas arqueadas.
- Se fosse pra acordar cedo, Deus tinha me feito um Galo. - Ela faz uma careta, diante à minha frase. - E outra, não fizemos nada. - Digo com a voz meio embargada, fazendo-a desconfiar.
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Será AMOR? | (EM REVISÃO)
RomanceTudo acontece tão de repente, assim como para Katherine Mavis, uma garota um pouco imperativa, nascida em uma pequena cidade, chamada Porto Estrela, pouco conhecida e movimentada. Uma garota que nem sabia o que era amor direito, nem sabia o impacto...