╭✿ Capítulo 8

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— Mãe, — começo, já me explicando

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— Mãe, — começo, já me explicando. — Prometo que digo, eu posso explicar. 

— É bom mesmo, mocinha. — Ela cruza os braços, enquanto todos atrás dela me analisam, incluindo meu irmão, que movimenta os lábios em uma mensagem silenciosa, de como quem diz "se ferrou". Nem parece estar na faculdade, crianção.

— Pega mais leve, Ariel — pede minha tia, colocando o braço de forma delicada em seu ombro. — Ela apenas se atrasou, sabe como são os adolescentes, e é muito bom saber que Kathe está saindo mais, não é? — Olho de soslaio para minha dinda, rapidamente, e sorrio, agradecida e mais aliviada. A mesma me lança uma piscadela, sentando-se novamente.

— Vocês ainda vão me deixar maluca, — conclui, jogando as mãos ao céu e sentando-se novamente. Meu pai apenas cobre a boca com a toalha, de forma para que mamãe não o veja sorrir. — Agora senta Katherine, mas não pensa que você escapou, mais tarde conversaremos melhor. — Balanço afirmativamente com a cabeça, já sabendo que ela vai se esquecer.

Corro para mesa e me sento ao lado dos meus primos. Com Luquinhas a minha direita e Nico a minha esquerda, onde minha tia lha dá pequenas colheradas, de o que parece, uma papinha verde, amaçada e nojenta.

— Colu, pima! — Suplica, estendendo os bracinhos para mim, no momento em que eu levava outra garfada de macarrão à boca.

— Vem com a prima, fofinho. — Tiro ele da sua cadeira de refeição para bebês, que vem com uma mini mesa acoplada e o pego em meus braços.

— Coma Kathe, — pede minha tia. — Eu seguro ele, não tem problema. Esse garotinho anda muito folgado.

— Não dinda, está tudo bem! Estava com saudade do meu bebê. — Constato, enquanto Nico mexia no meu colar, tentando e falhando, colocá-lo na boca.

— E então, irmã... — Vou dar um soco no meu irmão, "alguém segura esse bebê". — Acho que todos estamos curiosos quanto ao seu... pequeno atraso, digamos assim. — Vejo um sorriso zombeteiro nascer em seus lábios. Ele vai me pagar.

Lucas se engasga ao meu lado, no instante em que todos os adultos da mesa se viram para mim.

— Nada demais, — replico, sem interesse algum na conversa. — Fui na Tia Maria, junto com o novato da escola, estamos fazendo o trabalho de Química juntos.

— Mas, eu achei que vocês já tinham terminado o trabalho. — Nesse momento sinto que posso incinerar meu irmão vivo. Todos os olhares da mesa migram de mim para ele. Curiosos.

— Pois é, filha. Você me disse outra coisa ontem! — Minha mãe se pronuncia, desconfiada. Quero morrer.

— Quem é este rapaz, Kathe? — Papai pousa os talheres sob o prato e me analisa, um pouco bravo, ou sei lá, o que quer que esteja em sua cabecinha de pai.

Será AMOR? | (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora