Tudo acontece tão de repente, assim como para Katherine Mavis, uma garota um pouco imperativa, nascida em uma pequena cidade, chamada Porto Estrela, pouco conhecida e movimentada. Uma garota que nem sabia o que era amor direito, nem sabia o impacto...
Thomy passaria às 13hrs aqui em casa, já estava quase tudo pronto, mas por quê eu sentia que ainda estava esquecendo de algo?......AH, meus tênis, como poderia pensar em esquecê-los? Corro para pegá-los ao lado de minha cama, onde os deixei jogados pela última vez, como sempre. Bom, eu opto por uma roupinha simples e leve, bem, é a praia, então eu não iria toda coberta, mas também não iria toda a mostra, por fim coloco uma coroa de flores azul e minha rasteirinha, fico satisfeita com o resultado final, vou confessar, que tenho me interessado em montar looks atualmente, em moda, não é tão ruim assim, acredite:
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Ouço a campanhia tocar, mas já? AAAAA, esqueci de colocar o desodorante na mala, algo que não pode de jeito nenhum faltar, pensa o cheiro de asa? ECA! E a vergonha? Ui pior ainda, passo mais duas vezes, de precaução, porquê né, ta calor, a suadeira é grande. Não da para ficar fedida, até porquê Thomy sempre está cheiroso, ele cheira a flores do campo, o melhor perfume do mundo, balanço a cabeça, me repreendendo pelo pensamento tolo e me apresso para descer. Eu o vejo, sentado ao lado de meu pai, assim que alcanço a escada, ele parece....Nervoso? Thomy? O cara mais convencido da face da terra, nervoso? Ele me nota no topo da escada e se levanta imediatamente, abrindo um sorriso tímido, ele está lindo, com uma bermuda jeans, uma camiseta bem praia de botões, com estampa floresta, tênis branco e um óculos preto, que agora pousa em sua cabeça, amassando um pouco seus cabelos negros, o deixando ainda mais atraente:
- Você está linda! - Declara, me fazendo corar e minha mãe soltar um gritinho, do outro lado da sala.
- Você também, gatinho! - Digo, arrancando-lhe uma gargalhada gostosa, eu odeio quando ele me chama de gatinha, ai eu passei a chamá-lo também, para ver se ele se cansa e para, mas acho que só estou alimentado mais seu ego.
Desço as escadas com dificuldade, por causa das malas, Thomy não demora muito para me ajudar, mas antes de tudo ele pousa um beijo em minha bochecha, percebo os olhos de mamãe se arregalarem atrás dele, eu rio mentalmente, não quero nem saber o que está se passando em sua cabeça nesse momento, nem na de papai, que está mais sério que o tio Caleb nas reuniões de família:
- Bom, a gente já vai indo, não podemos nos atrasar. - Afirmo, puxando Thomas o mais rápido que posso, antes de meus pais começarem com perguntas constrangedoras.
- Se cuidem. - Pede mamãe. - Kathe, colocou protetor na mala? Escova de dentes? Fio dental?
- Mãe relaxa, já coloquei tudo. - Beijo sua bochecha, depois vou até papai, e o abraço forte, ele sussurra em meu ouvido, rápido, antes que qualquer um percebesse.
- Coloquei um spray de pimenta na sua bolsa. - MEU DEUS, meu pai endoidou de vez?
- Pai! - Sussuro de volta, em tom de repreensão.
Meus pais ajudam a descer as malas, e lá nós nos despedimos. Pera, me lembro de repente que meu irmão existe, pôr que ele não veio se despedir?
