╭✿ Capítulo 21

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LILI - NARRANDO

- Você deveria falar com ela. - Digo ao Filipe pela milésima vez, quando saio do banheiro, secando meus cabelos loiros, que já estão quase na altura da bunda.

- Eu vim para ficar de olho nela, mas de que adianta? Ela ficou no mesmo quarto que ele, ela é uma criança. - Reviro os olhos, ele não esquece isso, Kathe sabe cuidar do próprio nariz, e acho que é disso que ele tem medo, da maturidade que ela está construindo, de como ela está crescendo rápido.

- Você devia aceitar logo que ela está crescendo, e não vai ser mais sua bebê, talvez aqui sim. - digo tocando seu peito nu, onde pousa o coração. - Li você tem que se acostumar e apoia-lá e não ser sarcástico e gritar, a propósito, se você fizer comigo, aquele papelão na frente dos outros, igual hoje, não vou ser calma como a Kathe não, te dou um tapa na cara e isso que nos temos. - Disparo, apontando para mim e para ele. - Acaba.

- Como você é brava. - Ele conclui, mais para ele do que para mim, rio imensamente.

- Disso você já sabia, quando resolveu se envolver comigo. - Ele sorri maliciosamente.

- Sabia! Por isso que te adoro, sua personalidade é única, assim como você. - Odeio admitir, esse garoto mexe comigo, fora que esse tanquinho dele, UIIII, me causa arrepios. - Quer uma foto? - Ele pergunta, ao perceber meu olhar sobre seu abdômen, taco de imediato uma almofada nele.

- Sabe que não seria má ideia. - Ele se surpreende com minhas palavras. - Você não achou que eu recusaria né? Você definitivamente não me conhece. - Gargalho alto, pego o celular e bato a foto.

- Você é maluca.

- Sou. - Faço minha melhor carinha de anjo e ele me puxa pela cintura, me sentando em seu colo, ele me beija devagar, explorando cada espacinho da minha boca, eu me afasto um pouco, o deixando confuso. - O assunto aqui não era a Kathe? - Ele me beija de novo e se afasta.

- Era. - Ele me se inclina novamente e me beija, um pouco mais desesperado dessa vez, como se tivesse passado anos desde nosso último beijo, eu retribuo com a mesma intensidade, arranhando suas costas brancas, ele suspira em meio ao beijo, isso ficará marcado depois, desculpa, peço mentalmente, mas ele devolve com a mesma moeda, mordendo delicadamente meu pescoço e voltamos a nos beijar, eu puxo cada vez mais forte seus cabelos.

Nos afastamos por causa do ar, ou melhor a falta dele:

- Boa garotão. - Dou tapinhas em seu peito. - Agora vai lá.

- Ir onde? - O que eu faço com esse garoto? Ele parece meio perdido com o beijo, rio mentalmente por isso.

- Falar com a sua irmã. - Disparo, como se fosse óbvio.

- Ah, depois Lili, fica comigo. - Ele pede, fazendo cara de cachorro pidão.

- Li é sério, vai falar com ela, depois a gente continua. - Ele afirma, mas antes de sair, o babaca me prensa na parede e me beija, com um fogo absurdo, apertando minha cintura, com uma das mãos e a outra massageando meu cabelo, ele desce para o meu pescoço e para minha clavícula, me desvencilho dele e aponto para a porta, como uma ordem, ainda ofegante por causa daquele beijo, GENTE, COMO ELE BEIJA.

- Ta, sua chata. - Gargalho alto.

- Feioso.

- Ei, feioso não, gostoso.

Será AMOR? | (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora