THOMY - NARRANDO
- Mãe?
- O quê está acontecendo aqui? - Pergunta ela, com a postura rígida e a voz séria, Kathe se levanta em um solavanco, ela parece tensa.
- Achei que você só chegaria amanhã. - Exclamo, ainda confuso, relembrando da nossa conversa por celular.
- Ah. - Ela bate palmas. - E você acha que isso te dá o direito de ficar com essa pouca vergonha na minha cozinha. - Ela falou minha, ela sempre diz nossa, essa não é minha mãe, ela está trollando Kathe, CARAMBA, ela pisca para mim discretamente e quase solto uma gargalhada, mas me controlo, só dou corda pro jogo dela.
- Mas mãe...
- Nada de mas, você está de castigo, sem dirigir e deu de futebol e violão. - Kathe parece paralisada, minha mãe está quase rindo também, mas mantém mesmo assim a postura firme.
- Senhora...Senhorita, desculpa...Não queria te causar constrangimento....Ér, não aconteceu nada demais...Somos apenas amigos. - Essa última frase foi como um soco no estômago, apenas amigos, se estivéssemos a sós, ficaria intrigado e eu falaria com ela sobre, mas agora com a presença da minha mãe fica meio complicado.
- Você...- Minha mãe começa se dirigindo a Kathe, séria e pisando forte em sua direção, ela para bem perto e Kathe a essa altura já está à morder firmemente seus lábios carnudos e rosados, completamente trêmula, sinto uma pontada de arrependimento. - Você.... É UMA GRACINHAAAAA. - Minha mãe grita estéricamente, dando pulinhos. - MINHA NORA, GENTE COM ESSA BELEZA, VOU TER NETINHOS LINDOS, NÃO AGORA, PELO AMOR DE DEUS, SOU NOVA DEMAIS. - Eu ccomeço a rir descontroladamente, enquanto Kathe permanecia ainda paralisada, sem saber o que dizer. - VEM VAMOS BATER UMA SELFIE, PRECISO COLOCAR NO GRUPO DA FAMÍLIA, MEU BEBÊ ESTÁ NA-MO-RAN-DO, COM ESSA PRINCESA. - Minha mãe continua gritando, acho que agora todos da casa já ouviram, ela se aproxima de Kathe e bate a foto, mas ela continua sem expressão. - Um sorrisão. - Kathe sorri, mas aquele sorriso constrangido.
- Senhorita Rebeca, bem...Eu e o Thomy não somos namorados. - Ela despeja.
- Por enquanto. - Minha mãe pisca para ela, Kathe olha para mim em súplica, enquanto minha mãe coloca a foto no grupo da "Família Edwards Reed", impedir a Dona Rebeca de fazer algo que ela apoia e está presa em sua cabeça, é a mesma coisa que tentar chegar no núcleo da terra, impossível e tenho até medo de tentar, faço então um movimenta silencioso com os lábios, para ela: "desculpa", Kathe revira os olhos e desvia sua atenção para a porta da cozinha, onde sua feição fica mais séria, meu pai está ali, no batente da porta, de braços cruzados:
- Oi pai. - Cumprimento, sem muita graça.
- Oi filho. - Ele vem em minha direção, faz um toque e me abraça, quando de repente percebe Kathe na cozinha. - Não vai me apresentar sua amiga?
- Ah, claro. Kathe esse é meu pai Charlie e pai está é Kathe, minha amiga. - Por enquanto, sigo às palavras de minha mãe.
- É um prazer Kathe. - Ele estende a mão à ela, que à aceita de bom grado.
- Prezer Senhor Charlie.
- Por favor, me chame só de Charlie ou como preferir. E então, me conte, onde vocês se conheceram?
- Bem..- Kathe começa, um pouco envergonhada olhando de soslaio para mim, quando ela estava prestes a abrir a boca para contar nossa história maluca de amor e ódio, o celular do meu pai toca.
- Me desculpem, é do trabalho, preciso atender, parece que o cara esqueceu de desligar as máquinas a noite, depois nos falamos, quero muito saber dessa história, foi um prazer te conhecer Kathe. - Ele se desculpa, atende o celular e some da cozinha, nada que eu não esteja acostumado.
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Será AMOR? | (EM REVISÃO)
RomanceTudo acontece tão de repente, assim como para Katherine Mavis, uma garota um pouco imperativa, nascida em uma pequena cidade, chamada Porto Estrela, pouco conhecida e movimentada. Uma garota que nem sabia o que era amor direito, nem sabia o impacto...