Tudo acontece tão de repente, assim como para Katherine Mavis, uma garota um pouco imperativa, nascida em uma pequena cidade, chamada Porto Estrela, pouco conhecida e movimentada. Uma garota que nem sabia o que era amor direito, nem sabia o impacto...
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Eu sabia que havia me perdido por completo quando suas mãos pousaram em minha cintura, me arrancando arrepios pelo corpo todo. Eu o sentia, eu estava louca, sem o controle e eu sempre tinha o controle!
Em um único movimento o puxei para mim e o abracei forte, inalando seu aroma de balas de menta e flores do campo. Thomas acariciava os fios de meu cabelo e eu beijava seu pescoço, torcendo para que ele colasse de uma vez nossos lábios.
Eu estava totalmente fora de mim, e o mais estranho era que eu não dava a miníma. Ele descolou nossos corpos e me encarou fundo nos olhos, como se com aquele único olhar pudesse despir minha alma, meus pensamentos e sentimentos.
Naquele momento meu coração parecia ter parado de bater, o que não fazia muito sentido pois eu ainda continuava em pé. No exato instante, ele finalmente roça nossos lábios, em um movimento que não poderia ser descrito.
Nos analisávamos, respirávamos e dividíamos o mesmo ar, o mesmo desejo e espaço. Thomas apertava com mais força minha cintura e eu puxava seus cabelos negros e grandes, como um ato silencioso de "eu te quero". É quando, ele, finalmente, me tira do chão e me prensa na parede, aproximando seus lábios dos...
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Levanto em um solavanco, caindo de cara no chão, quando meu adorável despertador me tira de um tremendo pesadelo. Como isso pode acontecer comigo?
Sonho, seu malandrinho! Você não vai conseguir o que quer.
Uma garota que nunca beijou na vida, sonhar com um cara que ela, por acaso, odeia e ainda por cima ser uma cena "quente" dessas, eu definitivamente estou perdendo minha dignidade interna.
Vergonha.
Corro para um banho para ver se consigo lavar os toques imaginários de Thomas do meu corpo, que parecem, apesar de um sonho, reais.
Credo.
Em menos de segundos me sinto renovada, mas ainda atormentada. Corro até minha escrivaninha e começo a despejar as palavras que vem como furacão na minha cabeça:
