Posso dizer que, jogar com os amigos de Thomas não foi uma experiência tão ruim. Não! Eles não são superlegais, mas admito, foi muito divertido ganhar deles quatro vezes seguidas.
— Você é muito boa nisso, gata. — Um garoto alto e moreno fala, com um sorriso "engraçado" nos lábios, como se fosse um rei ou algo do gênero.
— Eu tenho um nome, e ele não é gata, — dou mais um gole na minha bebida gelada e pisco para ele, irritada. — Você pode me chamar de Katherine. — Odeio esse tipo de cara, sem um pingo de respeito.
— Desculpa. — Pede, demostrando arrependimento, ou pelo menos é o que parece.
— Pois é, garotinhos, — me recosto na cadeira fofa. — Deixei vocês no chinelo — eles riem, tendo em mente que são péssimos.
— Tenho que admitir, você é muito boa. — Thomas admite, passando as mãos entre os cabelos negros.
— Oh, o gatinho perdeu três vezes, é? — Faço bico e uma voz de bebê. Dou umas batidinhas em seu ombro e gargalho, juntos com seus amigos.
Neste momento um garoto bêbado passa correndo por nós, derrubando um líquido amarelo em minha blusa. Cerveja, pelo cheiro ruim e forte.
— Qual o seu problema? — Questiono, para um garoto imaginário, já que o mesmo que derrubou álcool em mim, saiu cambaleante pela sala, sem ao menos um pedido de desculpas. Babaca. — Vou embora. — Anuncio, já cansada de estar ali. Quero minha casa.
— Qual é Kathe, calma, — Thomas me tira do centro da sala e de perto de seus amigos. — Tenho certeza que quando este cara estiver sóbrio, vai se desculpar. — Diz, apontando seu copo na direção do garoto, que agora, está desmaiado no chão.
— Ah, mas é claro que vai. — Reviro os olhos, sabendo que aquilo não aconteceria.
— Vem, vou te emprestar uma camisa. — Anuncia, me pegando pelo braço, mas eu o puxo de volta.
— Não, não quero sua blusa, eu vou para casa.
Se bem que... Se eu chegar com esse odor em casa, nem tempo de explicar vou ter! Meus pais são meio paranoicos com esse lance de drogas e bebidas alcoólicas.
— Tudo bem, mas depois eu vou. — Ele concorda, me levando escadas acima.
Chegamos até uma porta branca, envernizada e com um T grande e em preto, pendurado nada mesma. Nesse momento um luzinha acende em meu cérebro.
— Espera um pouquinho, — peço, desgrudando nossas mãos com delicadeza. — Esta casa é sua, Thomas?
— Sim. — Confirma rindo e um pouco desconcertado, fazendo com que uma pequena covinha isolada apareça.
— Então esta festa é sua?
— Meio que sim.
— Espero que isso não seja algo ruim. — Eu abro um sorriso simples. A casa é bonita, mas a festa... a festa não. — Kathe, eu te emprestaria uma roupa da minha irmã, mas ela tem seis meses. — Avisa, abrindo a porta do quarto e me dando passagem
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Será AMOR? | (EM REVISÃO)
RomanceTudo acontece tão de repente, assim como para Katherine Mavis, uma garota um pouco imperativa, nascida em uma pequena cidade, chamada Porto Estrela, pouco conhecida e movimentada. Uma garota que nem sabia o que era amor direito, nem sabia o impacto...