Diretora Elizabeth

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Shawn On:

A luz do dia deixava o quarto bem claro e os raios de sol queimavam as minhas costas e meus ombros que estavam expostos, abri os olhos piscando várias vezes e os esfregando com movimentos circulares me espreguiçando, esticando até ficar no comprimento da cama.

– Não acredito que esqueci a cortina aberta de novo. – Reclamei enquanto calçava o chinelo na beira da cama, peguei o celular no criado-mudo ao lado da cama e olhei as horas, eu ainda teria algumas horas de descanso e já me sentia muito renovado.

Desci as escadas com os pés arrastados e encontrei Cameron com uma xícara com café preto nas mãos.

– Bom dia, bela adormecida. – Com deu um gole em seu café. – Vem comer.

– Bom dia Cam. – Dei de ombros e me servi um pouco de chocolate quente que estava em cima do fogão. – Cadê o nosso menino? – Sentei na cadeira de frente a ele.

– Ele saiu com um pessoal do filme. – Cameron deu de ombros mordiscando uma torrada com requeijão.

– Você não quis ir junto? – Peguei alguns pães de queijo que tenho certeza que Cameron que havia comprado.

– Eu vejo aquelas pessoas quase sempre, quero um descanso e o Nash... – Cam parou um instante e riu de lado. – Bom, é o Nash né? Não dispensa uma farrinha!

– Eu só preciso dar aula hoje à tarde, depois estou livre. – Dei de ombros parando para mastigar e beber do meu chocolate.

Quer me chamar para sair, cara? – Cam abaixou a cabeça rindo olhando para os seus pés que estavam embaixo da mesa cruzados balançando para frente e para trás. – Que papo de menininha!

– Vai se foder, Cameron! – Revirei os olhos. – Só quero saber se você curte pegar um cinema mais tarde, chama a Dinah. – Dei de ombros. – Te vira. – Tomei um gole maior do meu chocolate quente e terminei de comer o meu pão de queijo que estava em minhas mãos.

– Eu vou encontrar com ela daqui a pouco e aí eu dou a ideia e se ela gostar, nós vamos. – Cameron levantou e afastou a cadeira com a parte de trás das pernas e foi em direção a porta. – Fica de olho nesse celular que eu mando mensagem. – Eu me limitei a concordar com a cabeça e ele girou pelo calcanhar e saiu batendo a porta atrás de si.

Eu dei de ombros e subir me jogando em cima da cama e cochilando mais um pouco sem perceber.

...

Acordei assustado olhando as horas no relógio, tomei um banho rápido e vesti uma bermuda jeans preta, uma blusa amarela com uma jaqueta jeans preta por cima. Passei meu perfume e calcei um tênis, peguei minha carteira, meu celular e a minha pasta, as chaves do carro e do apartamento e dirigir em direção a faculdade.

Assim que estacionei o carro, peguei a minha pasta no banco do passageiro e segui a passos largos para dentro da faculdade, por ser quase o horário de almoço quase não haviam pessoas naquele corredor, apenas funcionários de limpeza, professores e coordenadores.

Alguns alunos aleatórios passavam indo em rumo da cantina e acenavam para mim, alguns mantinham sorrisos tortos no rosto, – mais meninas do que os meninos. – Cheguei ao meu destino final, – sala dos professores. – Caminhei a passos largos até a bancada mais próxima que tinham vários copos descartáveis, marquinha de café expresso, algumas besteiras para beliscar quando a fome apertasse ou uma ida rápida a cantina se houvesse necessidade resolveria.

– Alguém me acompanha até a cantina? Ainda faltam algum tempo para os horários da tarde começarem. – A Elizabeth, diretora da faculdade se pronunciou colocando uma de suas mãos a barriga e fazendo uma espécie de massagem circular no local.

We Got A Love That Is HopelessOnde histórias criam vida. Descubra agora