Depois do fatídico acidente, Anastasia lutava para se manter viva, ela tinha muitos motivos para permanecer neste mundo, não poderia se entregar agora. Ao lado de fora, no mundo real, Christian também estava lutando por ela com todas as suas forças...
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Anastasia Steele
Depois do nosso momento na praia e o Sol já iluminando cada canto do lugar, Christian e eu voltamos para nossos quartos. Quer dizer, ele me acompanhou até a minha suíte, quando estávamos em frente a porta, ele se despede de mim com um beijo na testa e a promessa que mais tarde nos veríamos, fico na ponta dos pés e o abraço. Logo Christian desaparece no corredor e entro na suíte em seguida, fecho a porta sem fazer barulho, caminho a passos cautelosos até o quarto, chegando lá vejo Angel e Josh dormindo abraçados, tiro os tênis e logo depois o short, deixo meu celular e a chave da suíte no criado mudo, conecto meu celular ao carregador. Entro embaixo das cobertas atrás de Angel, pouso minha cabeça no travesseiro e fecho os olhos me preparando para dormir durante algumas horas, desde que cheguei não tive tempo algum para descansar, mas parece que meus desejos não seriam atendidos tão cedo.
— Onde você estava? — ouço a voz de Angel e abro meus olhos de repente.— Nós voltamos da festa e você não estava aqui.
— Caramba Angel! — sussurro assustada.— Você me assustou.
— Eu sei e sinto muito por isso.— Angel sussurra de volta por conta do Josh que estava dormindo.— Mas você não me respondeu, onde você estava?
— Na praia.— sussurro lentamente olhando para ela que estava virada para mim.— Com o Christian.
— Como é? — me olha sem acreditar e em seguida ri baixinho.— E você não o afogou no mar?
— Não.— rio baixo.— Ele ficou enchendo o meu saco para conversar comigo ontem. Até usou Reflections contra mim.
— Uh essa música tem tudo a ver com vocês.— Angel diz baixo e concordo em silêncio.— E então você aceitou conversar com ele. Sobre o que vocês conversaram?
— Sobre tudo. Absolutamente tudo que vem acontecendo conosco.— deito meu rosto nas costas das mãos.— Ele falou as coisas que sentia. Eu também. Desfizemos alguns mal entendidos e ficamos conversando até o Sol nascer.
— E então...— me incentiva a contar mais e eu a olho sem entender.— O que, só isso? Não rolou mais nada? Vocês não resolveram voltar?
— Ah sim.— digo abrindo um sorriso fraco.— Concordamos em ser amigos. Dessa vez para valer.
— Não acredito nisso.— sussurra incrédula.— Então vocês decidiram fazer as pazes e serem amigos?
— Sim.— digo rindo baixo.— Eu sei que parece louco e inacreditável, mas nós vamos tentar ficar bem um com o outro.
— Entendo.— diz e então me olha de maneira curiosa.— E você não ficou nem um pouco balançada com essa conversa?
— Se eu disser que não fiquei, provavelmente eu estaria mentindo.— digo olhando em seus olhos.— Mas não existem chances de volta. Eu não quero passar por tudo aquilo de novo, tenho que olhar para dentro de mim e arrumar muitas coisas mal resolvidas. Christian adicionado a essa equação só bagunçaria ainda mais as coisas.
