Depois do fatídico acidente, Anastasia lutava para se manter viva, ela tinha muitos motivos para permanecer neste mundo, não poderia se entregar agora. Ao lado de fora, no mundo real, Christian também estava lutando por ela com todas as suas forças...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Anastasia Steele
Pisco lentamente lutando para abrir os olhos, ouvindo uma série de barulhos repetitivos eu me pergunto o que está acontecendo, onde eu fui parar, mas minha cabeça não consegue juntar os espaços, minhas pálpebras pesadas lutam para serem abertas e depois de alguns minutos de esforço, consigo abri-los sentindo uma certa queimação por conta da lâmpada fluorescente brilhando no teto, pisco os meus tentando focar a visão e me acostumar com a claridade, finalmente obtenho êxito. Tento mexer meu corpo naquela cama em uma emergência de hospital mas a dor era tanta que restringiu meus movimentos, um gemido dolorido, quase inaudível escapou dos meus lábios, tento mexer também a cabeça mas meu pescoço estava imobilizado por um colar cervical, então me lembro do acidente que não me parecia algo aleatório, mas não sabia exatamente se eu estava certa disso ou não, aconteceu tudo tão rápido que não consegui nem me mexer antes de ser atropelada por um carro que o motorista não se dignou nem de prestar socorro. Levo uma das mãos a cabeça sentindo a mesma doer só de pensar a respeito do que aconteceu, em um dia tão especial como o aniversário de alguém, sofrer um acidente de carro não é nada agradável, com os olhos bem abertos eu tento vasculhar todo o local em busca de alguém conhecido, ou desconhecido não importa, qualquer pessoa que me desse alguma informação sobre o que aconteceu, se meus filhos estão bem. A cortina se abre revelando uma enfermeira que me nota a encarando e abre um sorriso reconfortante ao me ver dizendo: — Bem-vinda de volta, senhorita Steele. Eu vou conferir seus sinais vitais e depois vou chamar o doutor Alan.— Solto um suspiro concordando lentamente mesmo querendo fazer milhões de perguntas sobre milhões de coisas, minha voz não estava tão forte a ponto de sair desatando a falar. Enquanto a enfermeira verificava meus sinais vitais e anotava algo em uma prancheta, imagens confusas do acidente ou atentado passam em minha cabeça me deixando inquieta, eu quero chorar, eu quero gritar, eu quero o Christian. Christian! — Você pode me dizer quem está aqui comigo e quanto tempo eu fiquei fora do ar? — Pergunto baixinho a primeira coisa que vem à cabeça, tudo o que eu precisava agora era de alguém que eu confiasse ao meu lado, e saber o que tinha acontecido, levo minhas mãos até a barriga sentindo a mesma protuberância de sempre, solto um suspiro cheio de alívio.— Seu noivo não saiu do seu lado desde que você deu entrada nesse hospital. Você estava inconsciente há dois dias, o acidente foi um pouco sério mas graças a Deus, não foi fatal.
— Então eu posso ver o meu noivo? — Pergunto tossindo um pouco.— Eu preciso muito vê-lo.
— Claro.— Ela sorri para mim mas sinto um certo tipo de compaixão em seu olhar.— Volto já com ele e o doutor Alan.
Concordo voltando a fechar os olhos por um certo tempo. Sinto meu corpo tão dolorido que tenho certeza que estou cheia de machucados, em questão de minutos Christian aparece em meu campo de visão parecendo que não dormia há dias de tanto cansaço que emanava, olhos vermelhos e inchados, com olheiras embaixo dos mesmos, mas ao olhar para mim ele sorri, foi mínimo, quase imperceptível, mas ainda estava ali. Eu só desejava algo em seu comportamento que demonstrasse que tudo iria ficar bem, mas para o meu desespero, não encontrei, fecho os olhos sentindo meu corpo congelar em puro pânico pensando no que poderia ter acontecido, Christian se aproxima de mim beijando minha testa delicadamente, fecho os olhos segurando seu braço por mais algum tempo o querendo pertinho de mim para me proteger de qualquer coisa ruim que possa me atingir. Meu coração salta no meu peito em batidas descontroladas pedindo aos céus que tudo esteja bem, que nós possamos voltar logo para nossa casa, nosso lugar seguro, encaro o médico de meia idade que tinha acabado de entrar no leito e me encarou dizendo: — Vejam só quem acabou de despertar, espero que você esteja bem, Anastasia. Como está se sentindo neste momento?
— Meu corpo está muito dolorido, também sinto uma leve dor de cabeça.— Respondo a sua pergunta enquanto Christian segura minha mão com uma força fora do comum.— Eu sinto uma leve cólica também. Meus filhos estão bem? — Pergunto buscando o olhar de Christian que mesmo segurando minha mão, não me encarava de volta. Seus olhos estavam perdidos, desolados, vazios e eu não entendia porque. Ou simplesmente não queria acreditar.— Christian, está tudo bem com os nossos filhos, não é?
— Você sofreu um atropelamento sério, Anastasia, a boa notícia é que você foi socorrida a tempo, senão essa história poderia ter sido outra.— O médico diz me fazendo olhar para ele que parece ter muito mais a explicar.— Deu entrada com um sangramento muito forte, fizemos tudo que podíamos, mas um de seus bebês não sobreviveu ao trauma.
— O quê...— Eu sussurro em choque, meu olhar vai para Christian que chorava silenciosamente ainda apertando minha mão.— Christian?
— Nathan.— Ele sussurra fazendo meu coração se despedaçar completamente. Começo a negar repetidas vezes, me recusando a acreditar que aquilo esteja mesmo acontecendo. Isso não pode ser verdade, não pode ser verdade, não pode ser...— Ele se foi, Ana. Ele se juntou ao Nick.
— Fizemos a retirada do bebê, era tarde demais para salvá-lo.— O médico diz mas eu não o ouço realmente. Tudo o que eu penso é que o meu filho, meu bebê não está mais dentro de mim.— Mas sua filha está bem, você vai precisar de muito repouso a partir de agora. Porém ela está a salvo.
— Você está dizendo que... que o meu bebê...— Digo quando as lágrimas começam a cair de forma desenfreada.— Está... morto? — Pergunto engasgando com os meus soluços. Busco Christian com meus olhos de maneira desesperada e ele ainda não me encarava.— Christian, por favor, me diz que isso é mentira, por favor! Eu preciso que você diga que isso não é verdade! — Agarro sua camiseta com ambas as mãos e ele não diz nada, só chorar mais e mais. Entro em pânico gritando: — Diz! Diz que isso é mentira! Diga que o nosso bebê ainda está aqui! — Ele não diz nada, só nega com a cabeça. Solto um grito de dor seguido de muitos outros enquanto choro desolada, tento sair da cama mas meu corpo pesado não permite, então apenas me contorço na cama gritando nada e tudo ao mesmo tempo.— Não, não! Eu quero meu bebê! Onde está o meu bebê? Eu quero meu bebê aqui!
Christian segura meus ombros para me acalmar enquanto luto contra ele surtando completamente, gritando, chorando, chamando pelo meu bebê. Nathan. Era para eu ter descoberto o nome dele no dia de seu nascimento, não no dia de sua morte, meu bebezinho, choro mais não suportando toda a dor que eu estava sentindo, era como se meu coração houvesse sido cortado em mil pedaços, a dor era tanta que não sei como aguentei viva meu corpo implorava pela morte, meu bebê não estava aqui. Christian me abraça mas eu não me acalmo, nada era capaz de me acalmar agora, eu só queria gritar, eu só queria chorar, exorcizar todos aqueles demônios que residiam dentro de mim, luto contra o abraço de Christian mas ele me aperta mais forte dizendo que tudo vai ficar bem, não vai, não se nossa família não estiver completa, não se eu não tiver meu bebê aqui, não se eu estiver vazia como uma casa abandonada e fria. De repente sinto uma picada meu pescoço e meu corpo vai se tornando fraco, pesado, meus olhos piscam lentamente e minha visão embaça, e eu aos poucos fico inerte, sentindo uma falsa sensação de paz, era a droga, o tranquilizante, parei de chorar, os gritos se prenderem em minha garganta mas eu só tinha um só pensamento: — Meu amor, descobriram quem fez isso comigo? — Sinto mãos acariciando meus cabelos e seus lábios acariciando minha face enquanto sussurra.— Ainda não, mas não vai demorar até isso acontecer.— E minha última palavra foi:
— Quando descobrirem, me deixe acabar completamente com essa pessoa com minhas próprias mãos.
Continua...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Então chegamos ao fim do nosso segundo livro! Muito obrigada para todos que acompanharam a história até aqui, sou realmente muito grata por cada um dos meus leitores. Me perdoem pelo final mas eu precisei criar um grande gancho para o terceiro livro, espero que não estejam muito bravos kkkkk bom é isso. Até o próximo livro que ainda está sem data prevista de postagem pois tenho algumas coisas a acertar. Beijos 😘