Depois do fatídico acidente, Anastasia lutava para se manter viva, ela tinha muitos motivos para permanecer neste mundo, não poderia se entregar agora. Ao lado de fora, no mundo real, Christian também estava lutando por ela com todas as suas forças...
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Christian Grey
Alguns minutos depois de respirar fundo algumas vezes, andar de um lado para o outro esperando que a coragem surja, jogo o medo para longe e saio da cantina indo em direção a UTI. Caminhando pelos corredores, eu não deixava de pensar no que encontraria no momento em que a visse, não queria vê - la cheia de hematomas , indefesa em uma cama. Temia também que ela não conseguisse ficar bem, sei que precisava ser otimista, mas eu não conseguia, minha mente me levava para cenários, e nenhum deles era bom, eu estava apavorado com a possibilidade de Ana perder essa batalha, mesmo que eu não conseguisse expor o medo em voz alta, falar tornaria a possibilidade bem mais real. Chegando na UTI, uma enfermeira me deu uma capa, máscara para o rosto e uma touca para os cabelos, ela me explicou que Anastasia estava em isolamento e eu precisava vestir isso para ela não contrair uma infecção. Passo álcool gel nas mãos e vou até a ala onde Ana estava.
A avisto deitada imóvel em seus leito, Ana respirava com a ajuda de aparelhos e dava para ouvir o barulho quando ela inspirava e expirava, calmamente. Em seu rosto era possível ver todas as escoriações, alguns arranhões por toda a face e pontos em sua bochecha esquerda, seus lábios estavam inchados e um pouco roxos, assim como seu olho direito. Olho para as suas pernas que estavam cobertas com um cobertor, levanto o mesmo com cuidado e vejo o gesso que as envolviam. A cubro novamente e me aproximo de Ana olhando o seu rosto com atenção, ela parecia tão serena e tão impenetrável, como se estivesse tendo o melhor dos sonhos. Noto que uma faixa envolvia sua cabeça, ouvi dizer que tiram que costurar pontos em sua cabeça porque ela tinha um corte profundo. Dou um beijo suave em sua testa e seguro sua mão com cuidado por conta da agulha em que ela recebia o soro.
— Oi Ana.— digo baixinho e solto um sorriso fraco.— Eu não sei se você pode realmente me ouvir, mas vamos lá.— respiro fundo. — Você me deu um susto e tanto, só Deus sabe a forma que eu reagi ao descobrir que você tinha se acidentado. Parecia que uma parte de mim havia sido arrancada, eu fiquei apavorado. Eu estou apavorado.— algumas lágrimas começam a cair.— Não consigo nem imaginar o que pode acontecer daqui para frente, estou com tanto medo, Ana. Por favor, não deixe de lutar, existem pessoas aqui fora que amam você e querem vê - la bem, volte para nós, nada é a mesma coisa sem você. E quer saber de uma coisa? Eu estou sentindo saudades de você me enlouquecendo.— rio entre as lágrimas.— Eu sinto muitas saudades. Escute, não se preocupe, está bem? Não vou sair desse hospital enquanto você não acordar. Você não está sozinha, eu vou permanecer ao seu lado. Meu tempo acabou, não esqueça que eu amo você.— dou um beijo em sua testa.— Volto no próximo horário de visitas. Fique bem.
Me livro daquelas coisas que usava e saio da UTI, no corredor vejo que Mia me esperava, Damien entra por onde eu tinha acabado de sair, parece que era a vez dele. Não fico feliz com isso, a presença desse cara me deixava maluco e dava para perceber que ele também não gostava nada que eu estivesse ali, pois estávamos em um impasse, porque eu não vou sair daqui, quer ele goste ou não, sair do lado de Anastasia está fora de cogitação. Mia me abraça e não penso duas vezes ao retribuir, ter o apoio de pelo menos uma pessoa estava sendo fundamental para eu não desmoronar, eu nunca me senti tão perdido na minha vida.
