You Are With Me?

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                     Anastasia Steele

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                     Anastasia Steele

Acordo às cinco da manhã para vomitar outra vez, a madrugada foi intensa e os enjoos não me permitiram dormir por muito tempo, acho que também tem a ver com todos os chocolates que eu comi por conta da ansiedade e da pressão que eu estou sentindo, eles não foram uma boa escolha então coloquei tudo para fora, o pequeno alien mal se formou e já está me dando esse trabalho todo. Aproveitando que não irei mais dormir, tomo um banho para tirar todo o cansaço que eu sentia, agora eu teria que lidar com um obstáculo mais difícil, voltar para casa e enfrentar toda ira da minha família por conta do meu desaparecimento, não foi bem um desaparecimento, mas parece que é, saio do banheiro enrolada em uma toalha e me jogo na cama pegando o meu celular e ligo o mesmo. No mesmo instante milhões de chamadas e mensagens dos meus pais aparecem na tela, também ligações e mensagens de Angel e Josh, até mesmo Christian, ah Christian! Por quê você sempre tem que estar em cena quando algo acontece comigo? Eu quero negar, eu quero resistir mas a verdade é que somos ligados, e sempre seremos ligados não dá para lutar contra isso, mesmo que eu tente me manter afastada, eu simplesmente não consigo, é como se uma força magnética nos atraísse um para o outro, eu o amo, sei disso, mas estou cansada desse mesmo ciclo, ele se irrita com algo que eu fiz, me magoa propositalmente e depois se arrepende querendo que eu o perdoe, quando penso que as coisas podem ficar boas entre nós, tudo desmorona como em um piscar de olhos. E mesmo sabendo de todas essas coisas, mesmo dizendo a mim mesma que estou cansada de todo o sofrimento que claramente podemos provocar um ao outro, eu me pego discando o seu número esperando que ele atenda, o que Christian faz em um tempo recorde: — Ana? Onde você está? Você está bem? Estão todos loucos a sua procura.

— Eu provavelmente vou me arrepender disso.— Sussurro levando uma das mãos até a testa. Meus olhos enchem de lágrimas e minha voz se torna embargada.— Olha, eu estou bem. Mas...— Minha voz engasga com um soluço.— Eu preciso de você, Christian.

— Okay, onde você está? — Ele pergunta preocupado e mordo meus lábios para controlar o choro.— Ana? Onde você está?

— Eu estou em Portland, no hotel Heathman, preciso que você venha me encontrar, agora.— Digo desesperadamente.— Mas não fala para ninguém, venha sozinho.

— Está bem, eu estou indo até você.— Christian diz e parece que está correndo.— Apenas tente ficar calma, okay?

— Tudo bem, eu vou tentar.— Digo tentando controlar o choro.— Seja rápido.

Nos despedimos e encerramos a chamada, levo minhas mãos ao rosto me perguntando que merda eu acabei de fazer? Que porra eu fiz? Eu prometi a mim mesma que nunca mais o deixaria se aproximar de mim novamente e aqui estou eu, o chamando como uma perfeita idiota, bom eu realmente preciso dele, mas ele não precisa saber! Onde foi parar a minha dignidade e o meu respeito próprio? Eu definitivamente não sei. O cara me traiu! E mesmo assim continuo a correr atrás dele como sua cadelinha particular? Eu sou uma bela piada. Mas a verdade é que eu estou desesperada, desde que descobri sobre a gravidez eu tenho estado assim, eu preciso de alguém que provavelmente vai entender o que eu estou passando, eu preciso do pai do meu filho. Me levanto me vestindo com o vestido da noite anterior e meu cardigan aconchegante, volto para a cama e me enfio debaixo das cobertas, peço café da manhã pelo serviço de quarto e meus olhos voltam para a TV, não que eu esteja prestando alguma atenção ao que estava passando, mas eu precisava de algo para me distrair da burrada que fiz ao chamar por Christian, o que foi a escolha mais estúpida, inconsequente, e idiota que eu poderia tomar, mas nós precisamos mesmo fazer isso juntos e quanto antes ele souber, melhor para nós dois. Agora, o que Christian fará com essa informação, eu realmente não sei, ele tende a tomar algumas atitudes extremas quando fica com raiva, esse é o meu maior medo, a campainha toca minutos mais tarde anunciando meu café da manhã, me levanto rapidamente me sentindo tonta de repente mas logo me estabilizo, caminho até a porta abrindo e deixando o carrinho entrar, entrego uma gorjeta ao funcionário e ele logo se retira após o meu agradecimento, levo tudo o que eu pedi para a cama, o que foi muita coisa e começo a comer enquanto assisto mais alguns episódios de Lucifer.

Like a HellOnde histórias criam vida. Descubra agora