4° Capítulo

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Acordo às onze horas da manhã, saio do quarto e depois de fazer minha higiene matinal vou para onde Dean e Sam estão, sentados em frente a mesa e mexendo no notebook.

-O que temos para hoje? -Pergunto me sentando e colocando um pouco de café na caneca.

-Nada no momento, nenhum caso para ser mais exato. -Sam diz e olho para Dean que me ignora, olho para a sua tela vendo uma notícia, ele passa para frente.

-Volta. -Peço o fazendo me olhar. -Anda, tem alguma coisa lá. -Esclareço e ele volta para a antiga notícia, leio e me levanto. -Vamos para Oklahoma.

-Vamos não, sabe a quantas milhas fica essa cidade? -Dean me olha e eu dou de ombros não sabendo.

-Já andaram mais por menos. -Pisco o fazendo revirar os olhos. -Saímos em meia hora.

Vou para meu quarto e arrumo uma mala com minhas roupas e outra com minhas armas que não irei deixar no carro de Dean. Coloco uma calça jeans e uma camiseta regata vermelha, coloco a minha de flanela xadrez azul, uma jeans por cima e uma outra jaqueta, aqui faz muito frio.

-Vamos Grazy! -Sam grita e eu pego minhas bolsas saindo do quarto e seguindo para fora.

-Vai ser uma longa viagem. -Dean diz e eu me deito no banco de trás.

-Sam, sobre o caso. -Peço e ele olha para o seu tablete.

-Uma família se mudou a pouco tempo para uma casa antiga, eles falaram que sempre escutavam vozes e ouviam coisas se quebrando e até mesmo sussurros, no dia seguinte todos foram encontrados mortos. -Fala e eu o olho.

-Tá e a outra família, aconteceu a mesma coisa?

-Sim, isso foi a algumas milhas de distância da onde estamos indo. Não se sabe o que aconteceu e o porquê aconteceu, sendo que não tem nenhum parentesco ou até mesmo coisas em comum.

-Se é um fantasma alguma coisa tem que estar o prendendo. -Dean nota e eu vejo a foto das duas famílias no meu celular.

-Espelho. -Falo vendo o mesmo espelho nas duas fotos. -Quer dizer que o espelho está sendo vendido e esse fantasma vai para cada família que o compra.

-Para onde ele está indo? -Dean pergunta.

-Não está a venda, ainda não venderam. -Sam diz. -Espera, atualizaram a página, tem uma sobrevivente.

-Então é com ela que iremos conversar. -Dean diz e pisa no acelerador.

***

Chegamos em frente a casa onde a mulher mora, ela é do primeiro caso que aconteceu a algum tempo atrás, ela deveria ter uns nove a dez anos. Ela foi a única que sobreviveu e hoje está com trinta e dois anos, quer dizer que esse fantasma vem matando milhares de famílias durante anos.

Aperto a campainha e a mulher com o nome Meredith Andrews atende, me olha e em seguida para os rapazes parando um bom tempo em Dean, deveria sentir alguma coisa?

-O que desejam? -Pergunta voltando o seu olhar para mim.

-Saber como sua irmã e sua família morreram, o estranho é que você não estava no dia e nem na hora em que tudo aconteceu. -Acuso e ela tenta fechar a porta falhando já que eu coloco metade do meu corpo. -Isso não vai funcionar, porque está fugindo?

-Grazy, para. -Sam me impede de entrar e a porta se fecha. -O que está fazendo?

-Querendo resolver esse caso ou me ajuda ou não atrapalhe! -Falo me livrando de seu aperto e chutando a porta que se abre brutalmente. -E então? Vai parar de tentar fugir?

-Eu não sei de nada, ela apenas não quis me matar. -A mulher está chorando. -Ela estava apaixonada por mim.

-Tá, o que? -Dean pergunta não entendendo. -Vai nos contar?

-Vou, eu vou contar tudo a vocês. -Fala respirando fundo e se sentando em uma poltrona, me sento entre Dean e Sam de frente para ela.

-Estamos esperando. -Falo e ela me olha desviando em seguida para suas mãos.

-Quando minha irmã e eu éramos pequenas, começamos a ver a mesma mulher dentro de casa, loira, dos cabelos longos e sempre com um vestido antigo. Quase sempre víamos no mesmo horário, entre duas e quatro da manhã, sempre sentada na minha cama e sempre víamos pelo espelho. Quando eu não via, minha irmã via, nunca acontecia de as duas verem. Durante o dia, eu ficava sozinha em casa e o som e a tv sempre desligavam, eu via vultos, era um verdadeiro inferno, isso aconteceu durante cinco meses.

-E porque disse que ela se apaixonou por você? -Dean pergunta.

-Quando completei onze anos ela voltou a parecer depois de um longo tempo, ela se insinuava para mim e foi quando eu a vi completamente nua em minha cama, fiquei apavorada com o que ela me falou, disse que se eu não a satisfazesse ela iria matar todos de minha família.

-Você a satisfez? -Sam a pergunta e ela o olha.

-Não! Eu neguei na mesma hora, não acreditei que ela iria matar toda a minha família, mas foi quando eu acordei no outro dia que encontrei minha irmã esquartejada e meus pais ensanguentados em seus quartos.

-O espelho, porque não o quebrou? -Pergunto e ela dá risada.

-É impossível quebrar, eu tentei três vezes e ele voltou ao normal. -Fala e olho para os rapazes.

-Agora fodeu. -Falo e eles respiram fundo. -Tem mais alguma coisa que devemos saber?

-Não que eu me lembre, se acontecer de me lembrar eu ligo. -Fala e eu lhe entrego um cartão com o nosso número.

Seguimos para o motel mais perto, depois de claro passar em uma lanchonete para comprar alguma coisa pois estou faminta. Assim que entro no quarto eu como tudo que tenho direito.

-Parece que não come a dias. -Sam dá risada.

-Faz anos que eu não como lanche, é a melhor coisa do mundo. -Falo e bebo minha coca. -E isso, pode acabar comigo aos poucos, mas oh coisa gostosa!

Falo me deliciando e eles apenas começam as pesquisas, eu é que não vou ficar atrás de uma tela procurando defuntos.

Casosssss

Supernatural - O retorno de Grazy NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora