18° Capítulo

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Estamos a mais de não sei quanto tempo dentro do carro, depois de duas horas dirigindo mandei Dean dirigir para que eu me concentra-se apenas em mexer no rádio, Sam está dormindo no banco de trás e Mary não para de falar.

-Podemos parar em algum lugar? Eu estou com fome. -Imploro e ele me olha.

-Paramos a meia hora. -Eu suspiro.

-Não estava com fome aquela hora. -Desligo o rádio desistindo de achar alguma coisa.

-Hotdog? -Pergunta entrando em uma cidade, eu dou um sorriso e seguimos para um lugar que possa vender o que ele falou.

-Isso é a melhor coisa do mundo. -Digo em cima do capô do meu carro, paramos em uma barraquinha no meio de uma avenida movimentada. Só que agora não está tão movimentada.

-Não exagera, eu já comi melhores. -Dean fica na minha frente.

-Quando? Você vive de torta e comidas de microondas. -Debocho o fazendo me olhar.

-Não vivemos só disso. -Sam se aproxima com minha coca cola, Dean se encosta do meu lado e Mary fica em nossa frente.

-Vocês não sentem saudades? -Mary pergunta e eu a olho depois de dar uma boa mordida no meu cachorro quente. -De não serem caçadores.

-Não, nem me lembro o dia em que isso aconteceu. -Dean da de ombros voltando a comer.

-Foi quando eu morri e não disse que tinha voltado, você estava com a Lisa. -Sam lembra e eu olho para o cara ao meu lado.

-Quem é Lisa? -Estranho o nome e ele me olha. -Alguma prostituta?

-Não! -Diz em defesa e eu ergo a sobrancelha. -Apenas uma amiga.

-Bem íntima. -Sam fala e eu suspiro.

-Vou comprar mais dois. -Digo descendo e seguindo até o homem que sorri. -Me vê mais dois para viagem e mais duas latas de refrigerante.

-Ei, ela não é ninguém. -Dean me puxa para o canto.

-Realmente não me importo. -Cruzo os braços. -Não me deve satisfações, mas percebo que ela realmente tocou seu coração.

-O que? Não, a única que fez isso foi você. -Eu reviro os olhos.

-Vamos, antes que não dê tempo para chegarmos no horário combinado.

Pago o homem e entro no motorista, logo seguimos para Atlanta, parando apenas para abastecer.

***

Suspiro quando chegamos em frente ao necrotério, estamos vestidos como agentes e achamos melhor apenas eu, Dean e Sam entrarmos, Jack pegou no sono assim que entrou no carro.

-O que aconteceu com ela? -Pergunto enquanto o homem abre o saco preto.

-Atacada violentamente, mas não tenho certeza pelo o quê. -Diz e eu encaro a mulher, coração continua no corpo assim como ainda tem sangue, então não é vampiros e nem lobisomens.

-O que você acha que foi? -Sam pergunta olhando para a prancheta em suas mãos.

-Não faço ideia, mas não parece ser algum animal. A carne não foi comida, foi cortada.

-Foi um assassino? -Dean se aproxima olhando o corpo.

-Assassina, encontrei isso na vítima. -Diz mostrando um plástico, tem um pedaço de unha.

-Obrigada pelas informações, qualquer coisa iremos voltar. -Digo pegando o plástico.

-Humano, quer aparecer ou realmente se alimentou? -Sam pergunta enquanto andamos para fora.

-Não parece que se alimentou, não tem marcas de mordidas e qualquer outra coisa que comprove que comeu, tudo está no seu devido lugar.

-Menos o fígado. -Dean fala mais atrás e eu me viro o fazendo parar antes que bata em mim. -Vocês não viram?

-Não, porque diabos pegaram o fígado? -Pergunto voltando a andar e saímos do lugar, sou empurrada por uma policial que passa por mim puxando uma maca com um corpo em cima dentro de um saco. -Sem educação!

-O que disse? -Pergunta me olhando.

-É surda além de cega? -Pergunto me aproximando, ela me empeita.

-Sua...

-Policial, qual é o caso aqui? -Sam pergunta mostrando o seu distintivo para ela que me olha. -Queira perdoar minha parceira, ela não está em um bom dia. -Reviro os olhos.

-Mais um ataque, aconteceu a pouco tempo e do mesmo jeito que o antigo.

-Vamos ver isso. -Dean diz e ela volta a puxar a maca em direção a sala, esperamos durante um bom tempo até que o cara nos chame.

-Do mesmo jeito, achei isso. -Diz me mostrando um fio de cabelo loiro. -Possivelmente de uma mulher, o que está acontecendo?

-Não sabemos, mas iremos descobrir. -Digo e ele suspira. -Falta alguma coisa no corpo?

-Sim, o pâncreas esquerdo. -Diz apontando onde deveria estar, olho para os rapazes que não sabem o que dizer.

-Obrigada, novamente. -Digo e então saímos do lugar indo para um motel.

***

Nada, exatamente nada. Faz dois dias que estamos na cidade e mais cinco corpos foram encontrados, claro, faltando pedaços dos corpos e órgãos.

-Bruxa, como não pensamos nisso? -Sam se aproxima com um livro.

-Aqui diz que tem um feitiço que utiliza exatamente os órgãos que foram roubados. -Dean lê e eu vejo, o nome não me é estranho.

-Droga! Mil vezes droga! -Digo pegando minha bolsa e procurando pela folha.

-Do que ela está falando? -Mary pergunta para Castiel, ele se senta ao meu lado.

-Esse feitiço já foi feito antes, a muito tempo atrás, foi o feitiço que fez Cronos voltar dos mortos, fazendo assim o mal na terra contra os Deuses.

-Então essa bruxa quer trazer de volta o Cronos? -Pergunta Jack sem entender.

-Ou qualquer outro ser que morreu. -Digo olhando para eles. -Talvez o que possa realmente derrotar Lúcifer.

-Então ela está fazendo um favor para nós? Não devemos impedir já que vai derrotar Lúcifer. -Dean se levanta de onde estava sentado.

-Você não está entendendo... -Tento e ele nega.

-Não, porque devemos impedir alguém a fazer o que queremos fazer? Faz quanto tempo que estamos tentando acabar de vez com o Lúcifer? Se tem alguém mais poderoso que ele, que pode realmente acabar com ele devemos trazer de volta a vida. -Completa e eu suspiro.

-É Grazy, porque não podemos acabar de vez com Lúcifer apenas deixando que essa bruxa faça essa coisa renascer e acabar com ele. Assim nos poupamos. -Sam concorda e eu me levanto.

-Vocês não estão entendendo, Cronos é sim dez mil vezes pior que Lúcifer, se ele acabar com meu tio, em quem vocês acham que ele vai querer se divertir? Humanos, Cronos é perverso e comeu os próprios filhos, o que acham que ele vai fazer com as pessoas que nós protegemos? Temos que acabar de vez com essa bruxa ou além do apocalipse, a terra já não vai mais conseguir resistir.

Amo mitologia grega...

Supernatural - O retorno de Grazy NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora