8° Capítulo

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Acordo e vejo Dean em um canto, me levanto e sinto minhas presas, começam a atirar em mim e arranco o coração dos três capangas, então chega o tal de Cat, me aproximo dele e o mesmo se afasta.

-É a rainha do inferno. -Fala baixo e eu dou um sorriso.

-E você é um britânico sem cabeça. -Digo e arranco sua cabeça com a maior facilidade, me viro e vejo o olhar de Dean e Mary em mim.

-Você não está bem. -Dean fala e eu reviro os olhos.

-Vocês quem não estão bem e de nada. -Falo e Sam aparece.

-Eu perdi alguma coisa? -Olha em volta.

-Apenas o lado demoníaco da Grazy. -Dean diz e eu respiro fundo.

-Vou tomar um banho para tirar esse sangue do meu corpo.

Sigo para meu quarto e pego uma roupa, vou para o banheiro onde fico sentada debaixo da água morna, choro por sentir isso dentro de mim.

Respiro fundo e me levanto, temos que resolver tudo isso, depois posso me esconder em algum lugar até tudo acabar.

Coloco minha calça, camiseta regata, uma xadrez por cima e minha jaqueta, coloco minhas botas e depois de pronta sigo para fora vendo os três em um abraço apertado.

-Vamos. -Chamo seguindo para o carro.

Sinto os olhos de Dean em mim a viagem inteira, estamos indo para a casa da Jody onde Sam pediu para os caçadores sobreviventes aparecerem.

Fico quieta durante o trajeto, tento não pensar em meu lado demoníaco, sinto arder dentro de meu corpo e fecho os olhos respirando fundo.

-Grazy? Está tudo bem? -Mary me pergunta e eu a olho.

-Para o carro. -Peço sentindo a dor de cabeça, Sam para o carro e eu saio seguindo para uma árvore onde me apoio e respiro fundo.

-O que está acontecendo? -Dean fala atrás de mim e a dor começa.

-Saem daqui. -Peço sentindo as presas. -Por favor, não quero machucar ninguém. -Peço me virando e ele olha para meus olhos que sinto estar vermelhos e minhas presas.

-Eu não vou te deixar, sei que não vai me machucar. -Diz e eu nego.

-Dean, estou sem beber sangue, por isso estou assim.

-Sangue? Crowley te dava sangue? -Pergunta e eu aceno. -De humanos?

-Sim, alguns eram de humanos, mas me acostumei com os de demônios, parei de beber a alguns meses e desde então eu sinto algo queimar dentro de mim, sinto essa dor e a vontade de matar e beber sangue. Sou uma aberração.

-Iremos passar por isso juntos, não vou te abandonar. -Diz e me puxa para seus braços, me abraça e sinto seu cheiro, estou próxima de seu pescoço e quando abro a boca para o morder, flashes invadem minha mente, todos com ele e com Sam. -Eu te amo.

-Eu te amo. -Digo não sentindo mais minhas presas.

-Amo seus olhos e não quero que eles mudem de cor. -Diz me olhando e eu aceno, me dá um beijo e me puxa para o carro, assim que entro voltamos para a estrada.

***

Assim que chegamos e entramos Alex faz Dean se sentar para cuidar de sua perna.

Esperamos por todos os caçadores chegarem, Jody da ordens para alguns e eu fico apenas em um canto de braços cruzados e olhando para eles que me encaram com desconfiança. Dois caras entram e percebo o olhar de Dean neles.

-Quem são? -Pergunto a Jody que passa por mim.

-Os caçadores que mataram Dean e Sam a um tempo. -Responde e tento me acalmar, estive atrás deles por muito tempo. Ando na direção deles e eles me olham, apontam as armas e quando vou pular no pescoço deles alguém me tira do chão.

-Vocês não servem para ser caçadores, ser caçador é salvar vidas e não tirá-las, ainda mais de caçadores.

-Diz a rainha do inferno, você quem mata a maioria.

-Estou com uma vontade de te matar! -Falo tentando me livrar dos braços de Sam.

-Nem é caçadora para estar aqui. -Diz e eu juro que quero arrancar esse sorriso na unha. -Esta aqui porque está transando com Dean.

-Pois é, ao contrário de vocês que matam por causa de dinheiro.

-Ok, chega Graziele. -Dean fala e Sam me encurrala na parede onde Dean fica em minha frente.

-Se controla, seus olhos voltaram a ser vermelhos.

-Desculpe, foram eles que mataram vocês, quem deveria estar assim é você.

-Sim, estou furioso com eles. Mas Sam acredita que eles tiveram um motivo e agora precisamos de todos. -Suspiro me acalmando. -Tenta se controlar.

-Por você e pelo Sam. -Digo e ele me beija, me solta indo se sentar no braço da poltrona, vou para trás dele o abraçando e passando minhas mãos por seu peito.

Sam conversa com todos que concordam em ir para o banker dos britânicos, a dor de cabeça volta quando um se corta com a latinha de cerveja, tento me acalmar e Dean entrelaça nossos dedos.

-Você vai? -Sam me olha e eu paro de pensar em sugar o sangue de cada um, estou parecendo uma vampira.

-Não, se não irei acabar com todos sozinha e não deixarei ninguém para vocês. Tenho uma coisa para fazer. -Falo e sinto o olhar do cara que esqueci o nome. -Pode esquecer, nunca ficarei com você.

Ele revira os olhos e sai da casa, deixo Dean e Sam conversarem e vou para a cozinha, pego um copo de água.

-Esta tudo bem? -Alex entra e eu a olho.

-Não, mas vai ficar. -Falo e ela sai, logo Dean aparece. -Ela quem chamou?

-Esta preocupada assim como eu, seus olhos voltaram a ficar vermelhos.

-Vou ver Aidan. -Falo subindo na ilha. -Ele pode me ajudar a controlar.

-Acha que pode? Precisamos de você. -Diz ficando entre minhas pernas.

-Então vou quando tudo se resolver. -Falo e ele me beija.

***

O tempo passa e decidimos seguir para onde Castiel está, está um verdadeiro silêncio.

-Vou ver se está tudo bem. -Digo e entro na casa com a minha arma na mão, acendo a lanterna e vasculho tudo.

Entro no quarto vendo na parede algumas coisas de bebê, tem um nome escrito, Jack. Olho para o canto do quarto vendo dois olhos amarelos, guardo minha arma.

-Meu pai, onde está meu pai?

-Jack? Oi, sou Graziele... Sua prima. -Digo e ele se levanta, está nú.

-Sabe onde está meu pai? -Pergunta e eu respiro fundo.

-Não sei onde está Lúcifer. -Falo e ele nega.

-Não, Castiel. -Diz e eu tento me aproximar. -Não se aproxime.

-Se acalme, irei cuidar de você.

Dean entra junto com Sam, ele aponta a arma e então atira, tudo foi rápido demais e então desmaio.

Jack, amo esse menino...

Supernatural - O retorno de Grazy NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora