16° Capítulo

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Os dias se passaram, vinte para ser exata, Lúcifer mandou voltar uma semana depois, como eu havia prometido, mas quando eu disse que estava resolvendo o caso do coração perdido da mãe natureza ele simplesmente me mandou ficar o tempo que eu eu quisesse.

Eu achei estranho no minuto em que ele desligou na minha cara, estou suspeitando que ele esteja por trás desse roubo do coração.

-Não sabemos o que devemos procurar. -Dean fala com um livro em mãos.

-Talvez onde tem devastação? Acho que por onde o coração passa a destruição o persegue. -Dou de ombros e eles me olham. -Estou errada?

-Não sabemos, temos que conversar com ela, saber como esse coração é e como iremos saber onde ele está. -Sam sugere e eu respiro fundo.

-Eu vou, só vai falar comigo de qualquer jeito. -Digo pegando minhas botas e as colocando, pego minha jaqueta e a chave de meu carro. -Irei trazer o almoço.

-Quer que eu vá com você? -Olho para Dean e nego.

-Da última vez tomou alguma coisa que o fez ter desejo sexual, então para nos concentrarmos apenas no coração da mãe natureza, melhor eu ir sozinha.

Saio do quarto seguindo para meu carro, sigo em direção a floresta onde estávamos a dias atrás, assim que eu a encontro a vejo com a pele cinza.

-Voltou com o meu coração? -Pergunta e vejo a esperança em seus olhos.

-Não, vim para saber o que devo procurar, não sabemos o que procurar e onde procurar.

-Mandarei uma foto do meu coração para o seu celular, já o lugar, vá para onde não tem nada, nem tempestades, nem furacões, o coração faz tudo ficar calmo, sem nada fora do lugar.

-Sério? Eu achei que seria o contrário.

-Não, se ele estiver no lugar que deve estar, no caso meu peito, tudo vai voltar ao normal. Mas Grazy, tem que ser o mais rápido possível, eu estou morrendo.

-E se você morrer, o planeta morre. -Concluo e ela concorda. -Irei achar seu coração.

Prometo e corro para o carro, dirijo até um mercadinho e pego algumas coisas para comer e beber, logo estou de volta no motel.

-E então? O que descobriu? -Jack me pergunta quando entro no quarto.

-Esse é o coração. -Jogo meu celular para Sam, ele olha e passa para Dean que passa para Jack. -Parece uma pedra dourada que brilha. Já onde ela está, devemos procurar onde não está tendo nada, ela disse que a pedra deixa o lugar calmo e como deve ser, sem destruições.

-Então vamos procurar. -Sam diz pegando seu notebook.

***

Nebraska, Nova York e Dakota do sul. Esses três lugares estão com o clima bom, sem tsunamis, furacões ou outro tipo de devastação.

-O que iremos fazer? -Pergunto olhando para os três.

-Nos dividir. -Sam fala apoiado em seus joelhos.

-Posso ir para as coordenadas de Nova York e estar em Nebraska em seguida, com apenas dois estalares de dedos. Podem ir para Dakota, encontro vocês lá.

-Iremos demorar muito se seguirmos de carro. -Jack diz e eu respiro fundo.

-Levo vocês, depois vou para Nova York e Cas vai para Nebraska, encontro com ele e depois voltamos para onde vocês estarão.

-Não, vai ser muito cansativo. Você teria que estar alimentada e dormir depois durante dois dias. Vai ficar muito fraca.

-Esse é o único jeito, a mãe natureza está morrendo e não podemos deixar isso acontecer.

-Ok, nos leva para Dakota, depois segue para Nova York, se não encontrarmos iremos para um motel e mandaremos as coordenadas. -Sam fala e eu concordo.

-Toquem em mim. -Falo e seguro a mão de Dean, Sam fica com a mão em meu ombro esquerdo e Jack no direito e quanto Cas some.

Respiro fundo e fecho os olhos estalando os dedos e assim que estamos na onde as coordenadas manda eu abro os olhos novamente, vejo Dean e Sam correrem para lixeiras que tem mais ao lado e vomitando.

-Tudo bem? -Cas pergunta e eles levantam os polegares.

-Isso acontece com humanos. -Dou de ombros. -Deveria ter avisado. Cas vai e nos encontramos daqui a pouco. -Ele concorda e some. -Rapazes, não percam Jack de vista. Lúcifer ainda o quer mesmo me deixando resolver esse caso.

-Tudo bem, não vamos tirar os olhos dele. -Sam promete e entra em uma loja, logo sai com garrafas de água e de refrigerante.

-Toma cuidado. -Dean me pede depois de lavar a boca e tomar o refrigerante.

-Sempre tomo, daqui a pouco nos encontramos. -Digo por fim, antes de estalar os dedos ele segura meu rosto e me beija, sou pega de surpresa e seguro em seus pulsos. -O que foi isso?

-Despedida. -Pisca e se afasta, eu o olho durante alguns segundos e então estalo os dedos.

-Meu Deus! -Exclamo quando fico parada no alto da estátua da liberdade. -Porque diabos eu estou aqui?

Olho para baixo e vejo uma janela, respiro fundo e faço de tudo para não cair e morrer, entro pela janela e desço as longas escadas.

-Não pode estar aqui. -Vejo um homem que está subindo, parece segurança.

-Por isso que estou saindo. -Digo descendo as escadas. -Preciso voltar a fazer exercícios.

Reclamo e chego no fim saindo e olhando para cima, parece que aqui não está, suspiro e estalo os dedos indo parar onde Cas está, ele me olha.

-Como foi? -Eu o olho e me sento. -Não achou.

-Não, eu fui parar na cabeça da estátua da liberdade, quase caí lá de cima e descobri que preciso urgente fazer mais exercícios.

-Está cansada. -Fala e eu nego. -Eu te levo.

-Eu estou bem, vou aguentar. -Teimo e estalo os dedos quando o pego pela mão, paramos em frente a um motel que foi as coordenadas que Dean me enviou, abro a porta chamando a atenção dos três.

-O que aconteceu? Não acharam?

-Não, deve estar em outro lugar. -Falo com falta de ar, me sento tentando respirar.

-Grazy, está saindo sangue do seu nariz. -Jack diz me estendendo um lenço de papel.

-Obrigada. -Falo limpando e tentando ficar com os olhos abertos. -Preciso de água.

Digo me levantando e me escorando na mesa, Dean segura firme minha cintura.

-Aqui. -Sam me entrega a garrafa que abro e bebo de uma vez. -Mais devagar. -Fala quando pego outra.

-O que está acontecendo? -Jack pergunta para Cas.

-Fazer teletransportes tira muito dela, a desidrata e a faz ficar fraca.

-Precisa descansar. -Dean fala e eu concordo, me levanto.

-Você está rodando. -Digo o olhando. -Acho que vou desmaiar. -Falo e ele franze as sobrancelhas.

-Agora? -Pergunta e então não vejo mais nada.

Amo esse diálogo...

Supernatural - O retorno de Grazy NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora