15° Capítulo

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Me apoio no muro para não cair, parece que o meu plano de pular o muro sem fazer barulho não funcionou e trazer Jack em um caso com seres sobrenaturais que ouvem até mesmo quando ele espirra foi um erro.

-Grazy pula. -Dean grita e eu o olho.

-Não vou pular, irei quebrar a perna. -Digo e olho para além do muro. -Dean, os lobopiros estão se aproximando.

-Então pula, temos que encontrar Sam e Jack. -Que merda, porque minhas asas não aparecem?

-Ja disse que irei... -Segura minha mão me fazendo gritar e me soltar, caio de costas na calçada. -Ai.

-Está bem? -Pergunta me olhando e levanto o polegar, vejo o cara em cima do muro e pego minha pistola mirando e atirando duas vezes no peito dele.

Ele não para e pula em cima de mim, tento o afastar e então Dean arranca sua cabeça que agora está do meu lado.

-Vamos, Sam precisa de ajuda. -Diz pegando a cabeça e levando com ele, enrugo o nariz enquanto me levanto.

-Uma ajudinha seria bom. -Reclamo me sentando, para em minha frente e estende a mão, quando vou levantar meu ombro lateja. -Droga, desloquei.

-Quer que eu faça isso? -Pergunta e eu nego me levantando.

-Vamos ajudar o Sam, depois cuidamos do meu braço. -Falo e seguimos em direção a porta da frente, encontro Jack com os olhos dourados e vários lobopiros mortos. -Parece que não precisam de nossa ajuda.

-Eu tentei, Grazy juro que eu tentei me controlar.

-Ei, salvou a vida de Sam. Pensa nisso, você fez o bem, eles eram do mal.

-Eu fiz o certo, não é? -Aceno e o abraço.

-Você salvou nossas vidas. -Falo ignorando a dor terrível em meu ombro.

-Vamos, Grazy precisa colocar esse ombro no lugar. -Dean fala e eu concordo me encostando no carro, ele me olha e eu respiro fundo. -No três. Um... Dois... -Ouço o estralo e dou um grunhido de dor.

-Onde está o três? -Pergunto e ele sorri.

-Três -Reviro os olhos e entramos no carro para seguir direto ao motel.

São cinco horas quando Dean estaciona, estou sedada por causa dos remédios para dor e quando abrimos a porta caio na cama dormindo em seguida.

***

Acordo com pessoas falando, meu braço dói e quando abro os olhos vejo Dean e Jack conversando sobre alguma coisa.

-Onde está o meu remédio? -Me sento ganhando a atenção de todos.

-Eu cuido disso. -Ouço a voz de Castiel e então minha dor passa. -Olá Graziele. -Ele não tinha morrido?

-Iria estar feliz se eu estivesse com meus sentimentos. -Falo e ele sorri beijando minha testa. -Você não tinha morrido?

-Tinha e não sei porque voltei. -Diz se afastando.

-O que está acontecendo? -Percebo como Dean está nervoso.

-Pediram nossa ajuda. -Responde e eu fico o olhando. -Quando Sam voltar iremos nos encontrar com a pessoa que me ligou.

-É alguma coisa séria? -Ele assente e eu respiro fundo me levantando e pegando uma roupa, sigo para o banheiro onde tomo um banho e faço minha higiene matinal.

-Estão nos esperando. -Jack fala quando saio, coloco minhas botas e faço uma maquiagem leve.

Paramos de frente com uma floresta, não sei muito bem do porque estamos aqui, mas o mais estranho é que quando nos aproximamos portões aparecem e se abrem.

-Bruxaria? -Pergunto e Dean da de ombros.

Descemos do carro e seguimos pelo caminho de pétalas de flores, seria bem romântico se a coisa toda não fosse séria, tento ficar o mais longe possível de Dean.

-Sou Edmund, chefe da guarda de vossa majestade. -Estranho e ele nos acompanha até onde tem um trono e uma garota morena com algumas partes de sua pele brilhando.

-Irei falar apenas com a rainha do inferno. -Diz e eu a olho.

-Não sou mais a rainha do inferno, desde que Lúcifer voltou.

-Está enganada, mesmo ele estando de volta ainda é a rainha.

-Ok, porque exatamente estamos aqui? -Pergunto e ela se levanta.

-Preciso de ajuda para encontrar uma coisa. -Ergo a sobrancelha e olho para os rapazes que estão sendo paparicados por algumas garotas.

-Não seria mais fácil chamar a polícia? -Pergunto e ela sorri.

-Sou a mãe natureza, não irei chamar a polícia.

-O que roubaram de você? -Cruzo os braços.

-Meu coração. -Olho para onde ela aponta.

-Opa, virou Moana agora? -Debocho e ela suspira.

-Não sei quem foi, mas preciso do meu coração para que tudo fique certo.

-Sem ele o que vai acontecer? -Ela se senta novamente.

-Furacões, tsunamis, o clima vai ficar mais quente, árvores morrendo, tempestades e muitas outras coisas.

-Isso é ruim. -Falo para mim mesma. -Iremos tentar achar.

-Obrigada, se recuperar irei te realizar um pedido. -Ergo a sobrancelha. -Sou uma deusa também.

-Tá, vou ver o que podemos fazer. -Digo e ela sorri acenando com a cabeça. -Ei, vamos.

Chamo saindo e seguindo para o carro, Dean me joga a chave e entra no passageiro enquanto eu no motorista.

-Não sei o que aquelas Siles fizeram, mas eu não enxergo um palmo a minha frente.

-Tomaram alguma coisa? -Olho pelo retrovisor.

-Uma coisa dourada. -Sam responde deitando a cabeça no ombro de Jack, Castiel está dormindo.

-Deve ter sido uma poção, não se pode tomar tudo que dão para vocês.

-Shh, está falando de mais. -Jack reclama de olhos fechados.

***

Assim que chegamos no motel peço outro quarto para Castiel dormir com o Jack, mas quando abro a porta ele, Jack e até Sam entram e fecham a porta na minha cara, dou de ombros voltando para o quarto e quando fecho a porta sou surpreendida com as mãos de Dean em minha cintura me virando e me prensando na mesma.

-O que... -Antes que eu possa falar ele me beija, gemo com o contato de sua língua na minha e me entrego completamente.

Entrelaço minhas pernas em sua cintura e suas mãos apertam minha bunda enquanto puxo seus cabelos. Desce para meu pescoço e mordo o lábio para não gemer alto.

Ele me carrega até perto da cama e eu coloco meus pés no chão, tiro sua jaqueta e sua blusa, em seguida a camiseta vai para o chão.

-Quero tanto você. -Geme beijando meu pescoço e então um estrondo nos faz se olhar, olho para fora no momento em que o outro estrondo é ouvido, um raio atinge o chão e Dean segura minha cintura. -O que a mãe natureza queria?

-O coração dela foi roubado. -Falo baixo e o ouço suspirar.

-Vamos procurar então. -Diz isso e pega suas roupas as colocando e se sentando na cadeira. Bela hora mãe natureza!

Estavam quase...

Supernatural - O retorno de Grazy NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora