9° Capítulo

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Minha cabeça dói e está latejando, ainda de olhos fechados coloco a mão em minha testa sentindo o sangue e depois em meu nariz, acho que bati a cabeça no chão, porque meu ouvido está doendo.

Abro os olhos devagar vendo tudo escuro, vejo Dean tentando acordar Sam e não vejo nenhum rastro de Jack.

-Merda! -Falo baixo quando sinto minha perna e minhas costas doerem, meu braço está deslocado. -Dean, você é um idiota!

-A culpa não é minha! -Diz tentando me levantar, mas reclamo me afastando, a dor é insuportável.

-É totalmente sua, eu estava o acalmando, sou a prima dele e ele deve confiar em mim.

-Vamos descobrir como mata-lo e depois faremos isso. -Diz e eu o olho seriamente. -Nem vem, eu estou falando sério, não confio nele.

-E em quem você confia? -Pergunto me levantando e recusando sua ajuda. -Não vou deixar o machucar.

-Você também estava atrás dele para matar, mudou de ideia porque?

-Porque ele é minha família, digamos que única. -Digo e ele olha para Sam e depois para mim. -Você entendeu, de sangue ele é o único, vocês são considerados.

-Somos sua família do mesmo jeito e primeiro que ele. -Fala e eu reviro os olhos.

-Precisamos o encontrar, está sozinho, nú e nunca esteve por aqui, ele acabou de nascer e nunca viu o mundo.

-Está muito grandinho para quem acabou de nascer. Nem sei como ele saiu pela... -Sam tampa sua boca com sua mão e eu me sento em uma cadeira.

-Vou colocar no lugar. -Fala se aproximando, fecho os olhos respirando fundo e ele sem hesitar o coloca no lugar, sinto a dor e ouço os ossos.

-Deveria ter contado. -Reclamo e ele dá de ombros. -Vamos, temos que saber onde ele está.

Saio da casa e vou andando pela rua, o Impala para ao meu lado quando paro de andar por causa da dor na perna.

-Tem que ir ao hospital. -Sam fala me olhando e eu nego continuando a andar.

-Entra no carro. -Dean pede e eu reviro os olhos. -Anda Grazy.

-Não, eu vou acha-lo sozinha e depois cuidar dele.

-Não quer matar? Ele é uma arma.

-Ele é minha família, achei que cuidasse da família.

-Ele não é minha família. -Dean fala me olhando e eu suspiro.

-Ele é da minha! -Volto a andar e ouço a porta do carro bater, ouço suas botas e então sou pega e colocada no ombro, reclamo, mas não posso me mover por causa das dores. -Dean, está doendo.

-Deveria ter entrado quando pedi. -Fala e me coloca no chão segurando meu braço que acabei de colocar no lugar, meus olhos enchem de lágrimas pela dor.

-Dean! -Sam alerta e Dean me joga dentro do carro.

-Vamos ao hospital e depois procurar por ele. -Fala fechando a porta enquanto tento segurar o nó que se formou em minha garganta.

-Não precisa ser assim, entenda que ele é parte da família dela. -Sam o repreende e Dean revira os olhos seguindo viagem para o hospital.

Não sei quando peguei no sono, acordo e olho para o teto branco em cima de mim, olho em volta e sei que estou no hospital.

Me sento e tiro as agulhas me levantando, estou com a camisola do hospital e vejo uma muda de roupa mais ao canto, me troco colocando a calça, camiseta regata e minhas botas, coloco a jaqueta e saio do quarto colocando meus documentos e me celular nos bolsos.

Passo por todos sem me importar com as enfermeiras me chamando, tenho que encontrar Jack antes de Dean e Sam.

***

Não sei para onde estou indo, estou em uma cidade e vim para o leste, andei durante alguns minutos e quando vejo a delegacia resolvo ir para lá.

Assim que entro vejo um caos, corro procurando as celas e vejo uma mulher e um homem brigando com Sam.

Estalo os dedos fazendo eles explodirem, mas assim que ando fico um pouco tonta. Vejo Jack de frente para Sam o ajudando a levantar, ele me olha e dou um sorriso.

-Oi, parece que atrai confusões. -Digo e ele sorri me olhando.

-Graziele, não é? -Pergunta e eu aceno abrindo a cela com apenas um puxão. -Sam falou de você.

-Espero que coisas boas. -Dou um sorriso e eles assentem. -Onde Dean está?

-Acho que falando com a delegada. -Sam fala e olha para a porta dos fundos. -Leva ele, fica com ele até eu convencer Dean.

-Obrigada. -Digo e Jack nos olha. -Vamos, te explico no caminho.

O seguro pela mão e o puxo seguindo para a porta e depois para um carro velho que está estacionado, o abro facilmente dizendo para Jack não fazer isso que é muito feio, ele dá de ombros entrando assim como eu e seguimos a caminho de um motel.

Ando de um lado para o outro tentando pensar no que fazer, Jack está no banheiro tomando banho e eu estou no corredor para não o assustar e para ele não saber que estou preocupada, preciso dos rapazes, mesmo tendo esses poderes eu preciso da ajuda deles, Lúcifer ainda está atrás de nós e os anjos também.

-Onde ele está? -Ouço a voz de Sam e o vejo junto com Dean que está com o maxilar travado.

-Banho. -Aponto e Sam entra me deixando sozinha com Dean. -Tudo bem?

-Espero que não esteja errando acreditando em vocês. Juro que se der tudo errado eu o mato.

-Não sabe como fazer isso. -Informo e ele revira os olhos, dou um sorriso me aproximando, ele me prensa na parede quando passo meus braços por seus ombros.

-Desculpa por mais cedo, fiquei preocupado quando te deixei no hospital e mais ainda quando não a vi quando voltei.

-Eu fugi. -Falo baixo como um segredo e ele dá risada baixo. -Mas não conta para ninguém, o médico não me deu alta ainda e acho que não sinto muitas dores por causa da morfina que deve estar no meu corpo ainda.

-Eu te amo. -Diz e me beija, dou um sorriso me separando e acariciando sua barba por fazer.

-Eu te amo mais. -Falo e o abraço, senti falta disso.

-Jack sumiu. -Olhamos para Sam e eu nego. -Merda! -Diz voltando para dentro e eu respiro fundo.

Mais que porra!

Quem o pegou?

Supernatural - O retorno de Grazy NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora