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Ooh love
No one's ever gonna hurt you, love
I'm gonna give you all of my love
Nobody matters like you

So, rockabye baby, rockabye
I'm gonna rock you
Rockabye baby, don't you cry
Somebody's got you


Música: Rockabye - Clean Bandit feat. Sean Paul & Anne Marie

Marinette voltou para casa com Hugo nos braços um dia depois. E dali a dois dias teria que passar no médico para ter certeza que não havia nada que precisasse de atenção para ela ou para o Hugo. As enfermeiras a ensinaram a amamentar, porém, definitivamente era outra coisa para a qual não estava preparada.

Seus mamilos estavam muito sensíveis e toda vez que Hugo encostava a boquinha ali, mesmo que a pega estivesse correta, ela via estrelas de dor. Mas tinha lido, relido e aprendido, seu leite era melhor para ele do que fórmulas. Tinha comprado uma bombinha para tirar o leite e poder deixar nas mamadeiras para poder continuar o curso na faculdade. Pois mesmo tendo direito à licença e com os professores pegando um pouco mais leve nas avaliações, se ficasse tantos meses fora perderia aquele ano.

E maldição! No começo penava para tirar poucos mililitros com a bendita bomba depois um de seus seios estava tão grande que doía! Seu sono ficava o caos, na primeira semana dormia com Hugo protegido em sua cama.

Gostaria que a mãe desse leite no copinho para Hugo, para que não fizesse “confusão de bicos” com o bico da mamadeira. Mas entendia que aquilo era extremamente trabalhoso e já estava sendo tudo tão difícil!

Mas se tinha uma coisa que compensava era que Hugo era um amor de bebê, ele mamava e dormia! Agradecia que não tinha cólicas ou ficariam todos loucos em casa! E ela tinha muita vontade de mandar aquele semestre do curso para o inferno só para ficar com ele!

— Marinette... Eu e sua mãe entendemos! De verdade, não foi só flores quando você nasceu. Mas se você desistir do curso agora, um dia poderá se ressentir com Hugo por isso. E não foi ele que te pediu filha. Seu futuro, o que você gosta de fazer não é mais só seu e você pode dizer o que quiser, a padaria não é seu sonho. Eu e sua mãe sabemos disso. Você tem que ir atrás do seu curso, por você e agora por ele.

Com aquela pausa mínima ela voltou a estudar. E tirava leite a noite e voltava na hora do almoço para poder amamentar. Por sorte  a faculdade era próxima e os horários permitiam. E a cada aula que não gostava prestava mais atenção para não ter que estudar novamente. Seu tempo agora era a coisa mais cara que tinha, cada minuto que passava lá era um minuto a menos com ele. E estava completamente apaixonada!

Até Manon o adorava. Nadja fazia visitas frequentes para levar ela. A garota ficava encantada com aquele bebê tão lindo, com seus cabelos negro-azulados como os da mãe, e olhos verdes intensos.

Ninguém precisava pensar muito pra imaginar que os olhos eram do pai. Embora Tom tivesse olhos verdes também, não era a mesma tonalidade.

E exatamente por isso, Alya começou a desconfiar — de novo — que o pai de Hugo poderia ser Adrien, mesmo ela insistindo no cara da boate.

Infelizmente, a única coisa que não conseguia ter tempo era pra ser Ladybug. Ela estava definitivamente aposentada. Não poderia correr qualquer tipo de risco, como os que insistiu em correr, saindo como Ladybug até as 14 semanas pra tentar localizar Chat Noir.

E isso trazia a tona o ressentimento cada vez mais crescente que sentia dele. Parte de si queria acreditar que ele devia ter bons motivos para ter sumido do mapa. Mas a outra parte (muito maior) se sentia usada. Às vezes se pegava imaginando o que faria se ele aparecesse na sua frente, naquele momento. Provavelmente o chutaria até acabar com todas as suas vidas de gato.

E então ria de si mesma: “Chat Noir nunca vai voltar, Marinette. Tudo não passou de ilusão.

Se recusava a chorar.

Ele não merecia suas lágrimas.

Então observava Hugo dormir, e sorria. Valia a pena todo o cuidado e exaustão, e também saber que jamais levaria na consciência um aborto por puro desespero.

— Ele é tão lindo, Marinette — Tikki falou, acariciando os cabelos negros de Hugo. — Se parece com você.

— Obrigada, Tikki — ela passou dedo sobre a sua cabecinha, e pegou a mãozinha de Hugo, que apertou seu dedo. — Eu vou fazer de tudo e o que for preciso por v ocê, Hugo. Você tem todo o meu amor.

𝔸𝕝𝕝 𝕄𝕪 𝕃𝕠𝕧𝕖Onde histórias criam vida. Descubra agora