Já fazia mais de dez meses que estavam casados e levando uma vida normal, sem usar métodos contraceptivos, mas por enquanto não havia gestação a vista. Nos primeiros meses, Marinette não parecia se importar, mas agora já parecia frustrada com a situação.
Adrien percebia algumas coisas que ela havia começado a fazer como controlar datas, tentar mais nos melhores dias. E se ela já começava a ficar ansiosa, ele estava mais porque ele sabia que o problema era com ele.
Marinette estava adormecida e Adrien se levantou da cama indo para a sala para ficar um pouco na sacada aqueles últimos dias tinham sido um pouco... Exaustivos. Uma coisa era fazer quando tinham vontade, outra era quando tinham um objetivo. E aquilo era uma das coisas mais broxantes que ele já tinha vivido, não conseguir dar a ela a única coisa que ela queria no momento.
Hugo já estava com sete quase oito anos, e às vezes perguntava por que não podia ter irmãozinhos. E eles não tinham contado para quase ninguém, na verdade exceto para Nino sabia por que em algum momento ele havia perguntando a Adrien por que não tinha voltado quando soube que a Marinette estava grávida. E talvez Nino tivesse comentando algo com a Alya, pois até onde Adrien sabia, ele não perguntava a Mari sobre irmãos para o Hugo. Nino e Alya estavam casados agora também, e Alya estava grávida, o que só parecia aumentar a dor silenciosa de Marinette
***
— Ah Mari você precisam vir mais aqui com o Hugo! Ele cresce tão rápido sentimos tanta falta dele! — Dizia Sabine. Adrien estava na sala com o Hugo jogando videogame, Hugo era fissurado em eletrônicos e adorava os jogos, lembrava a Tom de quando Marinette era pequena.
— Sim, Mari! E me conte, você e o Adrien já têm planos para irmãozinhos para ele? Já devem ter curtido bastante o comecinho da vida de casados... Não acha que seria uma boa hora?
— Ah! Sr. Tom Dupain! Você acha que o Hugo não nos dá trabalho o suficiente?! Estamos considerando, mas ainda não decidimos nada!
Era uma mentira? Claro! Mas para Marinette a situação já era dolorosa demais mesmo que os pais não soubessem. A última vez que seu ciclo tinha atrasado dois dias ficou tão feliz, chegou a comprar um teste na farmácia apenas para chegar em casa e descobrir no banheiro que seu período tinha vindo. Às vezes achava que enlouqueceria Adrien e ficaria doida junto com ele. Já tinha tentando medir a temperatura para descobrir seus dias férteis. Já havia comprado tirinhas de testes para saber a data da ovulação. Até as melhores posições. Não contava todos os detalhes a ele, pois parecia exagero até mesmo para ela! Adrien já tinha dito que se quisesse poderia contar aos pais, eles parariam de perguntar. Emilie nunca tocava no assunto, devia se lembrar da doença de Adrien.
Ela realmente não sabia se preferia que as pessoas não soubessem e perguntassem esporadicamente ou que soubessem e não perguntassem por pena deles, para não deixá-los constrangidos.
Intimamente agradecia que os pais só conversassem com ela sobre esse assunto. Tudo que ela menos queria eram mais pessoas cobrando Adrien.
***
Se Adrien imaginava que os pais dela perguntavam? Óbvio, ela ficava agitada várias vezes que os visitavam! E a preocupação dela com isso já começava a deixá-lo tenso demais e quanto mais preocupados ficassem menor a chance de qualquer coisa dar certo, precisavam conversar sobre isso antes que pirassem por esse motivo.
— Mari... Princesa, já tentamos por um bom tempo da forma natural. Você não quer ir comigo a uma clinica? Talvez... Talvez seja mais fácil assim. E se não der certo, podemos recorrer à doação de sêmen, você sabe...
Ela escutava, mas não queria realmente ouvir, um filho que não fosse dele? Não era... Não queria considerar isso ainda! Mas talvez tentar via inseminação artificial fosse algo talvez fosse realmente mais fácil.
Eles marcaram uma consulta em uma clinica de reprodução humana. Marinette já havia se informado sobre as possibilidades lendo várias coisas, mas Adrien foi pego um pouco de surpresa. E as primeiras possibilidades que poderiam tentar o deixavam mais desconfortável ainda. O problema era com ele, mas quem teria que fazer a maior parte dos procedimentos seria ela! A primeira possibilidade é que ela fizesse algo chamado “coito programado” que era uma versão aprimorada do que ela já tentava fazer, mas com medicações que a fizessem ovular em data conhecida e talvez mais de um óvulo. Outra possibilidade era inseminação artificial ela faria o mesmo tratamento ovulatório. Mas ele coletaria sêmen, porém, para isso precisariam no mínimo diminuir as tentativas naturais, a pausa era necessária para que as coletas tivesse qualidade suficiente para a inseminação. Era isso ou recorrer a um a um doador. E depois disso fariam a inseminação nela na clinica, fazendo intrauterino, aumentaria a chance de fecundação.
Saindo da clínica nenhum dos dois tinha decidido ainda o que fazer. Adrien se preocupava com ela, pois com a estimulação hormonal de ovulação a chance de gêmeos aumentavam e gestação gemelar era sempre mais complicada que uma gestação normal. E Marinette pensava o quão mais estressante seria ainda ele ter que coletar sêmen. Já não bastava que ela estava se comportando como doida varrida com termômetros e tirinhas querendo que estivesse com vontade em alguns dias e descansasse em outros. Agora ele teria que coletar? Mas que inferno, o que eles tinham feito para merecer algo assim?! E ela não queria pensar ainda em doação de sêmen! Mesmo que ele achasse que era o caminho mais simples!
— Princesa... Nós sabemos que o problema é comigo, por que não tentamos a doação? Você vai se entupir de hormônios, vamos fazer tentativas e depois podemos acabar da mesma forma, recorrendo a isso. Será que vale o estresse? Você está tão ansiosa, sinto que isso faz tão mal a você e me sinto responsável por isso! Lógico que eu amaria o bebê da mesma forma!..
— Eu... Vamos fazer assim. Mais dois meses, se não der certo voltamos à clínica para tentar algum procedimento, o que acha? Eu... Eu prometo que nesses dois meses vou encanar menos com isso! — Adrien olhou para ela ainda triste, lhe partia o coração saber que era o responsável por mais essa questão. Dois meses? A quem ela queria iludir? — Apenas dois meses, Adrien, depois voltamos a clínica e podemos tentar a inseminação, assim eu tenho tempo para assimilar a ideia de um doador.
— Tudo bem, Princesa, mas vou querer tirar alguns dias de folga nesses dois meses, para sairmos com o Hugo, quem sabe uma viagem curta. Por favor, sem cobranças, sem neuras, se você visse como isso te deixa...
Aparentemente, esse é o penúltimo capítulo. Mas ainda tem mais dois spin off adicionais, ok? Kissus ❤❤
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𝔸𝕝𝕝 𝕄𝕪 𝕃𝕠𝕧𝕖
Fiksi PenggemarMarinette não estava preparada pra passar por aquilo sozinha. Nunca esteve nos seus planos. Mas Hugo se tornou seu tesouro mais precioso, e ela faria qualquer coisa pra proteger o seu bebê. ℳℒℬ•ᗅႮ ℳᗅℛⅈℂℍᗅᝨ ᗅⅅℛⅈℕℰᝨᝨℰ