Capítulo 1~

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*** SEM REVISÃO***

Christian

O sinal ficou vermelho.

Stacy estava no banco do passageiro ao lado e falava sem parar. Confesso que minha atenção para o que ela dizia era mínima. Me distraí com a mulher na calçada logo a frente, ela estava de costas, me impossibilitando de ver seu rosto. Carregava um bebê em seus braços. Minha curiosidade estava aumentando ao ponto de querer descer do carro, ir até lá e vira-la para mim.

-Christian? -ouvi meu nome tão longe, mas não conseguia desviar meus olhos daquela mulher. -Querido? -uma mão passou rapidamente em frente ao meu rosto tentando chamar minha atenção. -O sinal abriu.
-consegui olhar para Stacy ao lado confusa. A enxurrada de buzinas atrás de mim cessou quando finalmente dei partida.

-Desculpe. -finalmente voltei a si. -Estou um pouco distraído hoje.

-Eu percebi. -ela riu. -O que houve?

-Tenho uma reunião muito importante daqui à trinta minutos. -não era mentira, a reunião que teria me deixou ansioso, mas minha cabeça estava perdido na mulher que acabará de ver.

-Não se preocupe. -Stacy segurou minha mão que estava sobre a marcha do carro. -Você é incrível com os negócios.

-Obrigado.

Não pode ser ela... Não mesmo! Até onde eu sei, na verdade até onde ouvi Charlotte mensionar seu nome, tinha algo haver com uma viagem para Paris, não sei se para morar, mas não me importa para o quê. Não permito que Charlotte diga seu nome dentro da minha casa, mas sinceramente àquela mulher com uma criança em seus braços parecia muito...
Será que conseguiu refazer sua vida assim?
Não importa!

-Então... -parei em frente ao prédio onde Stacy ficaria.
-Espero que não tenha esquecido que temos um compromisso hoje, porque ultimamente mal tenho tempo com meu namorado. -reclamou.

-Você sabe que os novos projetos tem me tomado muito tempo. -eu sei que foi uma desculpa horrível, mas foi a melhor que encontrei.

Quando me divorciei, Stacy ficou comigo o tempo todo, sinceramente ela é uma boa amiga, sempre foi, eu nunca consegui vê-la como uma pretendente para um relacionamento, mas depois de tudo o que passei... Do que o amor me valeria? Se todas as vezes que escutei o coração, ele foi partido. O amor é traiçoeiro, nos torna vulnerável, é uma droga!
Quando Stacy me pediu uma oportunidade, não pensei duas vezes, mas antes fui bem claro quanto aos meus sentimentos por ela e isso a fez persistir que ela poderia me fazer amá-la com o tempo, isso me deixa triste, porque mesmo depois de quase dois anos divorciado e com três meses com Stacy, eu continuo apenas a querendo como amiga.

-Ok. -Stacy se aproximou e beijei sua cabeça, ao contrário do que ela esperava. Suspirou.
-A exposição na galeria começa às sete.

-Tudo bem. -lhe ofereci um sorriso.

*

O dia foi longo, mas a reunião foi um sucesso. Isso me trouxe um bom humor como a muito tempo não sentia.

-Posso saber a que se deve esse sorriso tão largo? -perguntou Charlotte curiosa assim que entrei em casa.

-Fechei negócios com uma joalheria do Japão. -comecei a subir as escadas e ela me acompanhou. -As jóias continuam a atravessar continentes.

-Parabéns! -Charlotte me abraçou de lado e andamos assim até chegar ao meu quarto. -Fico muito feliz por você. Estou muito orgulhosa.

-Obrigado! -comecei a tirar o terno, a gravata... -A propósito não precisa servir o jantar, vou sair.

-Posso saber para onde?
-cruzou os braços mandona.

-Vou até a inauguração da galeria de Joe. Lembra do irmão da Stacy?

-Como posso esquecer? É o único simpático daquela família. -resmungou Charlotte. Apenas a repreendi com o olhar. -É verdade querido. Já disse que Stacy não é mulher para você.

-Charlotte preciso tomar banho. -ignorei o qua havia dito, já estava acostumado, havia me cansado de ouvir o quanto ela não aprova essa relação.
-Tchau! -fechei a porta do quarto quando ela saiu.

Depois de alguns minutos estava em frente ao espelho tentando ajeitar a gravata quando Charlotte entrou no closet.

-Sua namorada está lá embaixo esperando. -falou com desdém.

-Já estou indo.

-Bom, com licença! -saiu totalmente indiferente.
Tive que rir da situação, era incrível como Charlotte era atrevida. E eu amo isso nela, mesmo que não precise saber.

Stacy e eu chegamos na galeria cedo, mas no lugar já havia muitas pessoas, posso imaginar o porquê, o filho rebelde do governador provocava muita curiosidade, principalmente na imprensa, que estava presente em grande número.

-Seu pai irá comparecer?
-perguntei a Stacy enquanto entrávamos passando por uma enxurrada de flashes.

-Eu insisti, mas você sabe como o homem é teimoso. -ela disse discretamente.

-Entendo. -logo vi muitos sócios e conhecidos políticos, Joe também tinha sua influência, não somente por causa do pai, mas por si mesmo. Isso é admirável.

-Fiquei receiosa de vir. -ela me confessou. -Mas Joe está tentando se aproximar, resolvi dar-lhe uma oportunidade.

-Fez bem. -apertei sua mão como apoio.

-Se importa se eu for procurá-lo para nos falar sem ter que me preocupar com os abutres da imprensa? Não quero isso nos tablóides amanhã.

-Claro que não. -lhe assegurei.

-Obrigada. -ela me beijou os lábios rapidamente e saiu.

Comecei a andar pelo lugar que tinha um espaço grande e considerável. Havia vários quadros, mas também esculturas e peças plásticas, eu gosto. Encontrei com alguns conhecidos e conversei brevemente. Stacy havia sumido por algum tempo e comecei a procurá-la, será que havia discutido com o irmão?

Uma multidão se aglomerou em frente à uma exposição, o quadro era grande e parecia ser o destaque, o troféu da noite. Alguns fotógrafos disparavam em uma velocidade impressionante.
Avistei Stacy com uma expressão nada amigável encarando Joe em frente ao tal quadro, andei abrindo caminho até chegar ao lado dela.

-O que houve? -perguntei quando a ouvi ranger de raiva.

-Quero apresentar a minha artista estrela da noite...
-começou Joe, mas continuei encarando Stacy esperando uma resposta.

-Ellie Adams!

Os aplausos foi a última coisa que consegui ouvir, àquela sensação de câmera lenta e o silêncio ao redor tomou conta de mim, ou acho que ouvi completamente errado.
Minha cabeça girou lentamente até encontrar ela... Sorrindo confiante.

Isso só pode ser uma maldita brincadeira de mal gosto!

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