***NÃO REVISADO***
4 meses depois...
Finlândia
Christian
É estranho explicar como me sinto neste momento, eu cheguei até aqui com um coração partido, uma mente bagunçada e cheio de conflitos interiores, mas agora preciso me preparar psicologicamente para voltar para casa, nos Estados Unidos.
Casa, essa é a minha casa agora, a natureza e tudo que há de simples, eu considero meu lar agora.Essa experiência não está me servindo como uma lavagem cerebral, menos como uma poção mágica pra esquecer tudo o que vivi nos últimos anos, ela só está me ajudando a superar a dor, não que ela não exista mais em meu peito, a dor ainda existe sim, mas hoje me sinto forte o suficiente para entender e conviver com tudo o que aconteceu.
Não há um só dia que não pense em Ellie. Queria poder dizer que consegui esquecê-la, mas já me dei por vencido, isso é impossível!
Eu continuo amando-à mais que minha própria vida. Não vim até aqui para o fim da Finlândia, como Dereck mesmo descreveu essa fase, para dar fim aos sentimentos por ela, eu só espero dominá-los agora. A verdade é que acordo todos os dias sonhando que Ellie e Ivy estão aqui comigo.No começo foi bem difícil me adaptar, não pelas condições, mas pela solidão, mas é o que eu precisava. Aqui é tudo tão longe da cidade, quando disse que queria me isolar, realmente levei à sério, só precisava ir a cidade uma vez por semana, às vezes para comprar matimentos e na maioria das vezes para falar com Charlotte, eu não tinha eletricidade, ou rede telefônica mas pelo bem do meu trabalho à distância com Dereck e principalmente para ver minha filha por vídeos chamadas consegui resolver este problema.
Coisas como sair cedo para uma caminhada, ou mesmo uma corrida na floresta, e pescar se tornaram meus momentos de diversão preferidos, esta vida só se torna um grande pesadelo quando lembro que estou longe da minha filha Ivy. Isso tem me castigado e se tornou o meu único interesse para voltar, mas as vídeos chamadas que faço toda semana com Charlotte e Ivy nos braços já com um ano e me chamando de papai, já me enchem de alegria. Estou preparando uma viagem surpresa para vê-las mês que vem.
Sentei em frente ao notebook e esperei ansioso para Charlotte atender logo, estávamos nos falando quase todos os dias, mas nas quartas ela buscava Ivy e a levava até o escritório de casa para que eu pudesse a ver. Não demorou muito e Charlotte surgiu, desta vez sozinha.
-Onde estar minha princesa, Charlotte? -perguntei confuso.
-Não pude ir buscá-la hoje, tive alguns contra tempos, perdão filho. -ela estava bem distraída.
-Aconteceu alguma coisa? -estava começando a ficar preocupado.
-Claro que não querido. -ela aproximou o rosto da tela e sorriu. -São coisas de uma velha senhor, só tive que resolver algumas questões, mas prometo que assim que puder vou buscá-la para que você a veja. -disse simplesmente.
-Tudo bem. -a tensão que sentia diminuiu. -Como estão as coisas por ai? Tomando conta de tudo?
-Sim, claro. -sorri quando ela usou sua pose orgulhosa. -Eu sou muito boa no que faço e sei administrar uma casa como ninguém.
-Você tem toda razão! -isso é verdade, não sei como estaria tudo se não fosse por Charlotte e Dereck cuidando da empresa física, com certeza já teria voltado para casa.
-E então quando volta para casa? -choramingou. -Quando apoiei sua viagem foi só por um mês, não sabia que iria me abandonar assim. -não contive o riso, isso é verdade.
-Não estou pensando em voltar Charlotte, estou cogitando a idéia de ir buscar você para morar aqui comigo, tem espaço suficiente. -ela limpou as lágrimas e abriu um sorriso.
-Isso seria ótimo, porque não aguento mais de saudades do meu menino. -desta vez eu fiquei emocionado, é bom saber que causamos o sentimento de saudades em alguém.
-Também sinto muito sua falta...E de muitas outras coisas. -baixei a cabeça para disfarçar, mas sei que isso é impossível com Charlotte, ela sabia exatamente do que estava falando.
-Ah querido... -ela suspirou e sorriu ao contrário da vezes que tenta me dar uma palavra de consolo. -Um dia tudo isso terá valido a pena.
-É, vamos esperar assim. -passei as mãos pelo rosto, esta mania ainda não perdi. -Preciso desligar, já está bem tarde aqui e preciso acordar cedo amanhã.
-Tudo bem meu amor. -disse Charlotte rindo, ela sabia que eu estava fugindo do assunto. -Te amo e até logo.
-Até. -retribui seu aceno com a mão d desliguei o aparelho.
-Preciso de uma boa noite de sono! -me joguei na cama e apaguei.
Acordei bem cedo como todos os dias e saí para fazer uma corrida, estava bem frio ainda, o sol ainda surgia tímido, então coloquei um short e uma camisa moletom preta com capuz, apanhei os fones de ouvido e saí para quase quarenta minutos de corrida.
Apesar da velocidade que percorria não podia não notar a beleza de tudo isto, deve ser como o céu... Perfeito! Parei ofegante e joguei o capuz para trás, eu precisava olhar para aquele sol saindo e fazendo a água do lago brilhar, isso é o simples que me deixava apaixonado todos os dias.
Depois que assisti àquela obra de artes maravilhosa, tirei a camisa e voltei caminhando para casa.Eu não tinha o costume de fechar a porta com chaves, até porque não era necessário, mas eu percebi que havia algo de errado, alguém teria aberto a porta e a deixou apenas encostada, isso fez meu corpo entrar em sinal de alerta, isso é a coisa mais assustadora que aconteceu desde que cheguei aqui, um invasor na minha casa. -tentei olhar pela brecha que haviam deixado com a porta entreaberta, e meus ouvidos ficaram aguçados tentando ouvir algum ruído.
-Olá Christian.
Essa voz... -virei-me e quase tive um ataque do coração quando a vi.
Ellie?
~~~~~~~~~~~♡
Não consegui me conter... último capítulo para vocês 😍😓
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Posso Conseguir que me Ame LIVRO II❤
RomancePosso Conseguir que me Ame Segundo livro da duologia Posso Conseguir o que Desejo. ~Ellie finalmente conseguiria o recomeço que tanto buscava. Sua carreira estava a todo vapor como artista e sócia de uma galeria de artes, havia feito novos amigos...