† Capítulo Dois

1.3K 98 15
                                    

"Seus gemidos são como hinos. Louve bastante para mim."

— Autor desconhecido do Tumblr


— Você viu a Gabi, Fábio? – O pai da garota pergunta, bebendo feliz como nunca sua... Água mineral? Bem, há gosto para tudo.

Fábio, que se via distraído conversando com Ângelo e preparando algumas carnes na churrasqueira, logo se vira, um tanto que preocupado.

— Não à vi não. Porquê? – Tenta transparecer o mais calmo possível, mas era quase impossível. Havia algumas noites que o corpo de Gabriele lhe tirava o sono, que muitas vezes era molhado graças á ela e seus grandes olhos negros de ninfeta.

— Não se preocupe, nada de mais, apenas queria saber dela, ela parece meio retraída ultimamente, seria bom passar esse tempo com a família. Imagino que esteja gostando de alguém, aliás. – O pai joga ao vento, conversas aleatórias como aquela, cujo assunto mudam bruscamente, eram comuns a ele.

— Uma péssima decisão. – Logo o Padre diz, virando com certa força a picanha. Ângelo, – Que do latim, Angelical, não tinha nada – todavia, se divertia com o assunto, bebericando o uísque em mãos, e sorrindo de forma maliciosa.

Pelo o que percebia, ele não era o único ali à ser taxado de pervertido.

— Se quiserem eu vou atrás dela. – O mesmo se oferece, causando um olhar quase que furioso do irmão adotivo para si.

— Não precisa. – Fábio responde, rápido e direto.

— Sério? Na verdade, está  entardecendo, e se algo aconteceu com ela? Nossa mundo é perigoso, maninho, todo cuidado é pouco, não concorda? – Ele diz, a malícia rondava à si, e pergunta ao pai de Gabriele, que logo assente, visivelmente preocupado graças a fala dele.

Com um último gole na bebida quente, Ângelo se afasta sorrindo, entrando na casa em busca da menina.
Algumas mulheres, em especiais as mais novas e mais velhas, o olhavam com desejo. Ele não era nenhum sobrenatural, mas ficava visível à cada passo elegante que dava, os olhares atrevidos.

Busca primeiro aos lugares mais comuns, sala, cozinha, quarto e por fim, verifica os dois banheiros da casa, já tendo em mente que o apocalipse ocorrera, e a única santa do lugar fora arrebatada. Suas teorias caem por terra porém ao ouvir um barulho baixo no banheiro.

Aquilo era um gemido? Com cuidado, aproximasse da porta, verificando que ninguém transitava no corredor naquele momento.

— Gabriele, está aí?

◈◈◈◈◈◈◈ ◈◈◈◈◈◈◈

Do outro lado da porta, apenas uma questão rondava a mente de Gabi. Ela estava ali? Talvez, a física dissesse que estava, mas apenas a luxúria sabia o quanto a voz de Ângelo era mais que combustível para que ela sumisse dali para as estrelas de vez.

— E-estou sim... – Responde, em tom alto, mas falho, deixando quase palpável sua confusão mental.

— Seus pais estão te procurando... Está tudo bem, garotinha? – Ângelo questiona, causando um arrepio imenso na menina com sua fala.

A mão da garotinha logo recomeça seu trabalho, ignorando o fato que Ângelo poderia a escutar se masturbando.
Aquela voz rouca, por Deus, diferente do timbre manso de Fábio, a voz de Ângelo exalava algo diferente, a fazia sentir algo diferente.

Algo esse que combinava muito bem com a masturbação frenética que ela dedicava à si no momento.

— Está sim, eu... Derrubei suco em mim, apenas. – Responde ofegante, fechando novamente os olhos.

Pecadora Onde histórias criam vida. Descubra agora