"Más garotas também merecem recompensas."
— Anne Costa.
30 minutos antes…
“— Nossa, achou tão difícil assim?”
“ — Certo então, vou ver se consigo que meu tio me leve aí agora para te ajudar. Talvez eu até durma ai, se puder.”
“— OK então, assim que ele chegar vou ver se posso ir, beijos!”
Os três áudios enviados pela colega de faculdade apenas fizeram Gabriele se mancar do estado deplorável e suado a qual se encontrava graças às atividades de mais cedo, e antes que Lilith chegasse para ajudá-la com as tarefas, resolveu tomar um banho. Desligou a luz da sala e da cozinha, deixando apenas o abajur do quarto e o banheiro com a lâmpada acesa.
Distraiu-se tanto porém com a música em seu celular no banho, que só ao ouvir a campainha tocar se tocou que Lilith chegara.
— Entra aí! – Gritou, desligando rapidamente o chuveiro e a música do celular. Enrolou seu corpo molhado rápido na toalha bordada e colorida em escarlate, e foi para a sala. Mesmo não sendo íntima de Lilith, não via problema em recepciona-la com toalha. Eram mulheres, afinal.
— Pensei que não ia mais vir, Lilith. – Mentiu para disfarçar que nem lembrava mais do evento marcado.
Ela só deveria ter aberto o seu WhatsApp, pois lá jazia uma única mensagem de Lilith:
“— Oi, então, ele não deixou, está bem tarde… Mas amanhã assim à tarde eu passo aí, pode ser?”E agora, para sua surpresa, estava literalmente – ou quase – nua na frente de Fábio e Ângelo, o que a fez quase desmaiar.
— Fábio… Ângelo. O que desejam? – Questionou, sentindo um certo medo da resposta, e por isso optou apenas olhar para Fábio, temendo o jeito predatório ao qual o irmão adotivo do mesmo à olhava.
— Você não tem noção… – Ângelo lentalizou a frase, deixando um duplo sentido nela. Fábio logo o olhou, mas ele nem se importou. — Queremos que você conte a verdade.
O rosto da garota se petrificou, e Fábio quis fuzilar o homem. Mas antes que pudesse falar qualquer coisa, Ângelo se adiantou em caminha até Gabi, que hesitou e recuou, como uma presa em perigo.
— Diga para o meu irmão o que você disse no confessionário. – Provocou, e Gabriele olhou dele para Fábio. Então era verdade, Ângelo não havia contado, e a constatação disso apenas a fez gelar.
— Fale a verdade, querida. Pessoas sinceras são recompensadas. – Disse com o semblante sério.
— Do que ele está falando, Gabi? – Foi a vez de Fábio se aproximar.
— E-eu não sei…– Recuou, sendo logo seguida por Ângelo e Fábio. Sem que percebesse, acabou se auto-encurralando no próprio quarto, e só perceber ao encostar a bunda na cômoda. – Eu nem lembro mais o que falei, para ser sincera. – Mentiu descaradamente.
Logo Ângelo a seguiu, o instinto dominando e aplicando a adrenalina do tesão às suas veias, e com um sorriso de canto segurou sua cintura, prendendo-a ali. Fábio pensou em interrompê-lo e mandá-lo soltar Gabriele, mas estava curioso demais para isso.
—Ah, esqueceu? Me deixe ver se eu me lembro… – Fingiu pensar enquanto brincava com os dedo na malha felpuda da toalha. — Ah sim, você me contou do tesão que tinha no padre, e no irmão dele. Que coincidência, não? Meu irmão também é padre.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pecadora
ActionÂngelo Cartucci, um homem sádico, irônico e totalmente irreverente no quesito sexual, completamente o oposto do seu irmão adotivo, Padre Fábio Cartucci, um homem de boa índole, gentil, e totalmente desviado dos caminhos mundanos. Ou quase totalmente...